terça-feira, 18 de outubro de 2011

Orlando Silva vai também ao Senado esclarecer denúncias


A pedido do ministro do Esporte, Orlando Silva, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) solicitaram realização de audiência pública no Senado, que acontecerá nesta quarta-feira (19), um dia após a ida do ministro à Câmara dos Deputados, para prestar esclarecimentos sobre denúncias publicadas na revista Veja indicando irregularidades na sua pasta. Em discurso no plenário do Senado, Inácio defendeu o ministro.

"O ministro é pessoa honrada, honesta e não aceita calúnia; vamos reagir à altura dos caluniadores, podem esperar", afirmou o senador ao defender o ministro do Esporte, Orlando Silva, que participa, nesta terça-feira (18), de audiência pública na Câmara.

“Assim como pediu, de imediato, investigação da Polícia Federal (PF) sobre o caso, o ministro tem pressa em comparecer ao parlamento para dar os seus esclarecimentos. Achamos que isso pode ser feito numa única audiência com os deputados e senadores”, justificou a parlamentar. Ela diz que Orlando Silva tem respaldo político e vai exigir rigor na apresentação de provas por parte das pessoas que o acusam.

Inácio Arruda lembrou que o próprio Orlando Silva já havia pedido, em 2010, tomada de contas especial sobre os convênios, enviando o processo ao Tribunal de Contas da União (TCU), que exigiu, segundo o senador, a devolução de R$3,6 milhões atualizados. A iniciativa do ministro teria motivado o policial militar João Dias a fazer agora as denúncias de corrupção no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Inácio Arruda disse que o PCdoB tem todo o interesse em esclarecer a denúncia que atinge o ministro. "Estamos à disposição, mas calúnias, não aceitamos", disse o senador, ressaltando que o PCdoB é um partido antigo na política, que já enfrentou "todas as batalhas possíveis e calúnias".

“Mais uma vez, a calúnia brota das páginas da revista, costumeira em fazer e agir dessa maneira, causando estrago na imagem das pessoas que não tem reparação”, afirmou Inácio, insistindo que o ministro, ao encontrar irregularidades na pasta, pediu ressarcimento ao cofres públicos e por isso tem sido atacado.

“O partido é muito zeloso, determinados órgãos da mídia brasileira não são, não resistiriam a uma tomada de contas, se for feito vira fumaça, desaparece. Se há alguém interessado em apurar é o PCdoB, mas os responsáveis pelas calúnias também vão pagar, não ficarão impunes”, concluiu.

Inácio denunciou a cassação do mandato do senador Luiz Carlos Prestes, em 1948, lembrando que roubaram o mandato também dos deputados federais do Partido, na Câmara Federal, “em ato insano, recheado de calúnias”. E anunciou a restauração do mandato do senador comunista. “Deveremos brevemente fazê-lo, ao completar 90 anos de existência o nosso Partido”.


De Brasília
Márcia Xavier

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