Indignados com a entrevista do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Robert Noriega, concedida a revista Veja, esta semana e já nas bancas, os movimentos sociais brasileiros reunidos em caráter de urgência em Brasília-DF, nesta quarta feira 09, revoltados com as declarações do embaixador norte americano que agridem a soberania brasileira e ao povo sul americano decidiram por protestar levando ao conhecimento público o desrespeito para com o país e solicitarem ao Ministério das Relações Exteriores, a expulsão do diplomata norte americano do país.
Convidados pelo MDD, Movimento Democracia Direta, pela EPP, Escola de Formação Política Poder Popular, pelo JSF, Justiça Sem Fronteiras,e diversos sindicatos de trabalhadores, associações de moradores, grêmios estudantis, centros acadêmicos e DCEs, Diretórios Centrais de Estudantes e centrais sindicais, além de movimentos culturais e ambientalistas, LGBTs, além de intelectuais ligados a UNIPOP, Universidade de Políticas do Movimento Popular, foi elaborado um documento a ser encaminhado ao Itamaraty pedindo a expulsão do Embaixador, que na entrevista afirma que o Brasil dar cobertura e serve de base para o terrorismo internacional. Robert Noriega acusa o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez de permitir o uso do solo venezuelano para a prática do terrorismo contra os EUA e afirma que o Presidente Evo Morales em conjunto com o Irã estão treinando milícias terroristas para atacar os EUA. Critica também o Presidente do Equador, Rafael Correa e textualmente diz que o Brasil será alvo de atentados durante a Copa do Mundo.
Afirma que o Brasil tem que mudar sua política externa e expressa diversas opiniões onde interfere diretamente nos assuntos internos do país.
Segundo os participantes da reunião a entrevista é provocativa e quer levar pânico ao povo brasileiro.
Classificam as acusações do embaixador norte americano contra os Presidente Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Ahmednejad de fantasiosas e de querer envolver o Brasil numa armadilha contra aliados históricos e benfeitores da humanidade como os quatro chefes de estado citados. Um dos participantes da reunião, dirigente do MDD no DF, afirmou que com a entrevista o embaixador quis levar o pânico ao povo brasileiro para que se manipule a opinião pública contra a Venezuela, a Bolívia, o equador e o Irã. E que terrorista são os EUA e seu presidente Barack Obama e a Secretária de Estado Hillary Clinton, assassinos de crianças e mulheres indefesas como fazem no Iraque, Afeganistão e Líbia.
No documento, além de pedirem a expulsão do embaixador e admitirem a organização de protestos populares nos consulados norte americanos em todo o Brasil, por parte dos estudantes e trabalhadores, os manifestantes afirmam que os EUA com a entrevista do Embaixador querem preparar a opinião pública brasileira para um possível atentado que eventualmente possa acontecer, mas que segundo o documento se acontecer será perpetrado pelos EUA, através da CIA, Agência Central de Inteligência e de seus agentes infiltrados no Brasil. Classificam a CIA como uma organização paramilitar e terrorista. E em resposta a declaração do embaixador de que todas as embaixadas do Irã na América latina tem células terroristas, os líderes dos movimentos sociais afirmam que a maioria dos diplomatas norte americanos em território brasileiro é que são agentes terroristas treinados pela CIA para difundir boatos extremistas e ações terroristas contra países amigos como a Venezuela, Bolívia, Equador e Irã, países estes, todos os quatro acusados pelo embaixador como bases do terrorismo internacional com a conivência do Brasil.
No documento que está sendo enviados a mais de dois milhões de pessoas em todo o Brasil e na América Latina, através das redes sociais e dos Emails dos sindicatos e entidades dos movimentos populares do continente, centrais sindicais e organizações populares; onde o embaixador acusa o Brasil de ser complacente e apoiar o terrorismo na Tríplice Fronteira, os líderes dos movimentos sociais afirmam que existem evidencias de que o próprio EUA planejam um atentado para culparem o Irã, a Bolívia e a Venezuela, e que além do pedido de expulsão do diplomata os movimentos populares pedem publicamente que a Policia Federal brasileira e os serviços de inteligência e segurança do Brasil investiguem a ação dos agentes terroristas norte americanos que atuam na região.
No documento os manifestantes dizem ainda que todas as acusações com certeza serão respondidas pelo governo brasileiro, que tem o apoio dos movimentos sociais para continuar com a política externa que desenvolve. Que o embaixador fala pelas empresas que querem participar da Copa do Mundo no Brasil e que na área de segurança será um temeridade se alguma norte americana participar, pois através destas poderá haver infiltração e perigo da pratica de terrorismo por parte do governo dos EUA.
A Revista Veja também foi motivo de critica por parte dos manifestantes, uma vez que, ao que tudo indica com espaço comprado através de contrato de serviço da revista para com a embaixada norte americana no Brasil, existe uma suposta ligação com os serviços secretos norte americanos, como o que foi descoberto e denunciado pelo Wilkileakes envolvendo o Jornalista da Rede Globo, Willian Walker, como informante e o homem da CIA na Globo, a Revista Veja também está sob suspeita dos movimentos populares de colaboração com o governo dos EUA. Ontem, ao sair da reunião, na sede do MDD, os manifestantes queimaram diversas revistas na Rodoviária de Brasília, num gesto simbólico de protesto contra o que chamaram de promiscuidade entre a VEJA e os EUA. Outros levaram outros exemplares da revista para queimarem nas universidades.
Fonte: Midiacrucis's Blog
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