O título acima é uma postagem do blogueiro John
Cutrim comentando o resultado das eleições de 2008 para prefeitura de São Luís(http://blog.jornalpequeno.com.br/johncutrim/2008/10/21/sarneysista-e-ingrato/).
Lá está dito que Flávio Dino "mais uma vez negou inutilmente que tenha
o apoio da oligarquia Sarney" e que "o candidato dos
comunistas acabou também se revelando um ingrato, afinal, todos sabem que Dino
só se elegeu deputado federal por que teve o irrestrito apoio do então
libertador do Maranhão governador José Reinaldo Tavares (PSB), que ainda hoje é
seu principal conselheiro político". E conclui afirmando “não
seria melhor para Dino jogar a toalha, a ter que ficar falando um rosário de
asneiras que podem até comprometer uma promissora carreira política?"
Mais do que um panfleto pago, a conclusão
expressava a tentativa de enquadramento de Flávio Dino (PCdoB) dentro das
estreitas amarras da luta intra-oligárquica maranhense. O "jogar a
toalha" é aceitar que para participar da política tem que se colocar a
serviço de uma ou outra oligarquia que se sucedem na governança do Maranhão.
Não é de hoje que o arqui-reacionário prefeito João
Castelo (PSDB) e sua corja de fâmulos atacam seus adversários políticos
xingando-os de "sarneístas". Essa velha e surrada tática direitista
está circunscrita na lógica da disputa intra-oligárquica como já apontei em
outro artigo (http://www.pneuma-apeiron.blogspot.com.br/2009/04/o-terceiro-excluido-i-parte.html ).
Agora, mais uma vez, a ladainha do anti-sarneísmo
volta à tona, tentando criar uma falsa condição política que mantenha sobrevida
à múmia castelista. O argumento é primário: Castelo é o único que seria o
legítimo opositor do oligarca-mor José Sarney, logo, merece estender por mais
quatro anos o comando político da capital...
Não entrarei na lógica de afirmar que Castelo é
tão anti-serneísta quanto seus interesses políticos e financeiros assim o
permitirem (que diga os gestos do prefeito de São Luís nas eleições de 2010 para
governador!). Prefiro sair dessa lógica intra-oligárquica que só serviu até
hoje para afundar o Maranhão na maior de todas as suas misérias: a miséria
política! Prefiro mostrar que esse mesmo discurso já foi usado contra o povo de
São Luís há aproximadamente quatro anos, quando das eleições municipais
passadas.
Nessa época, o sarneísta de plantão era o Flávio
Dino. Fofocas, intrigas, fuxicos, invenções, falsas testemunhas oculares,
cartazes e panfletos apócrifos, etc., tudo foi usado para "provar"
que o então candidato Flávio Dino era "sarneysista" - como preferem
os escribas pagos à soldo da prefeitura de São Luís -, além disso, Flávio Dino
também era "ateu", "batia no pai" e "homossexual"!!!
Edivaldo Holanda (PTC) também demonizava Flávio Dino pelas igrejas em que
pregava.
Esse é o nível do discurso daqueles que acreditam
que por se dizerem anti-sarneístas, já expiaram todos os seus pecados e estão
salvos somente por emitirem esse mantra. Tanto é assim, que o próprio John
Cutrim anunciou a vitória de Castelo em 2008 como sendo "derrota de Sarney”
(http://blog.jornalpequeno.com.br/johncutrim/2008/10/27/derrota-de-sarney-joao-castelo-vence-em-sao-luis/).
Agora, mais uma vez, estamos assistindo a
repetição (ou seria farsa?) desse enrredo reacionário e de baixo nível. Mais
uma vez está em jogo o futuro de São Luís e a possibilidade de começar
a superar essa política miserável, expressão maior do domínio oligárquico, que
pretende arrastar a tudo e a todos para o esgoto das ações...
Preparem-se, o velho Castelo, seus aliados e seus fãmulos estão de volta para perpetuar o
atraso de São Luís.
Fonte: Blog Pneuma Apeiron
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