terça-feira, 31 de maio de 2011

Apoio ao PLS 372/08

Lula em 2010 visitou acampamento dos anistiados em Brasília
De 1990 a 1992, o ex-presidente Collor de Melo, naquele governo, implementou Reforma Administrativa e demitiu, sem justa causa, mais de 130.000 trabalhadores em todo o país. Somente no Rio de Janeiro foram 40% deste contingente, ou seja, 52.000 trabalhadores e trabalhadoras. Após o Impeachment do Collor, o ex-presidente Itamar Franco, sanciona a Lei 8878/94, fruto de nossa luta no Congresso Nacional. Mas isto ainda não fora suficiente, pois o seu sucessor Fernando Henrique Cardoso, através de um Decreto Lei, cassa todas as Anistias concedidas anteriormente, isso nos anos de 1995 até 2000. Em 2004, já no governo Lula, o DL 5115/04, abre os prazos para quem tivera suas Anistias cassadas pelo o então FHC. Em 2009 a  Anistia é restaurada e de milhares de companheiros e companheiras de todo país. Mesmo assim, ainda temos em torno de 15.000 trabalhadores que não retornaram ao serviço público por terem Perdido os Prazos da Lei e do DL. Tramita neste momento na CCJ do Senado Federal o PLS 372/08. Este PLS irá abrir os prazos para os Demitidos Collor. Também o pessoal da Liquidação, aqueles que ficaram no processo de extinção das empresas naquele período terão direito ao retorno. E os processos Arquivados sem julgamento de mérito.
Peço a vocês para que nos ajudem a trazer de volta estes trabalhadores demitidos, assinando nosso Abaixo-Assinado. Obrigado.  

 
PRESIDENTA DA REPÚBLICA DILMA ROUSSEFF
Nós, DEMITIDOS NO GOVERNO COLLOR e amparados pela
Lei 8878/94, de 16 de março de 1990 à 30 de setembro de 1992,
vimos por este instrumento, pedir sua assinatura neste 
abaixo-assinado, para que o governo da Presidente Dilma Rousseff,
cumpra uns dos acordos de sua campanha para Presidenta da República, e peça ao Presidente da CCJ, no Senado Federal, para que aquela casa vote o PLS 372/08 (PL 5030/09 - CÂMARA DOS DEPUTADOS), e aprove o Parecer favorável com retorno dos trabalhadores que foram
DEMITIDOS na era Collor e os que ficaram em processo de
Liquidação das empresas extintas, abrindo os prazos por
180 dias para que todos enviem ao Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão seus Requerimentos para análise de retorno
ao serviço público. Ousar Lutar, Ousar Vencer! 
ANADEMA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DEMITIDOS E ANISTIADOS
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=ANADEMA

segunda-feira, 30 de maio de 2011

“Casa de ferreiro, espeto de pau”, abuso ou não?


O Tribunal de Justiça do nosso estado está novamente na mídia, depois que durante o movimento grevista dos rodoviários tomou medidas de desqualificá-los, impondo que 80% de funcionamento da frota de ônibus devia ser garantida nas ruas e se não bastasse empunhou uma multa extraordinária de R$ 50.000,00 diários ao Sindicato da classe trabalhadora e como não bastasse julgou a greve abusiva e deixou os mesmos em estado de vulnerabilidade com ameaças de demissão pelos aos empresários com conivência da Prefeitura.
Agora na realização das provas de seu concurso público, deflagra uma discriminação imperdoável contra deficientes visuais, não dando condições de acesso e rasgando a Carta dos Direitos Humanos.
A desculpa TJ é que o edital do concurso não garantia os pedidos dos concorrentes com deficiências visuais envolvidos e logo foram indeferidos, no caso 02 inscritos (este blog vai preservar os seus nomes).
Observando o edital 002/20011 no seu item 03 sobre as inscrições, precisamente no subitem 3.15.5 que garante provas ampliadas com fonte 24, umas das reivindicações dos postulantes.
Mesmo que no edital tenha em seu conteúdo a não garantia do “Ledor”(subitem 3.15.3) e os pedidos dos deficientes só serão atendidos de acordo com a razoabilidade e disponibilidade (3.15.6), o órgão que representa o  justiça ao cidadão, pisou novamente feio na bola. Esse caso fica para os defensores dos direitos humanos aprofundarem o debate.

sábado, 28 de maio de 2011

Liderança assassinada em Rondônia pertencia ao PCdoB


Dinho: Lider Comunista assassinado
Postado do Portal Vermelho

"Desde 2009 que Ramos denunciava à ouvidoria agrária nacional ameaças de morte que ele e outros lutadores estavam sofrendo por exigir a criação de um assentamento agrário em seu estado. Esta morte – assim como outras que vêm acontecendo pelos mesmos motivos – devem ser imediatamente investigadas e esclarecidas, além de que sejam tomadas providências para que não mais ocorram. A luta pela reforma agrária em nosso país é uma exigência nacional. "conclui a mensagem, assinada por Renato Rabelo, Presidente do Partido Comunista do Brasil, em telegrama do PCdoB nacional para a famíla de Adelino Ramos.

O PCdoB de Rondônia, por meio do seu vice-presidente regional, Francisco Batista da Silva, também divulgou nota lamentando o assassinato de Dinho. "Em 27 de maio de 2011, foi ceifada a vida do líder sindical camponês Adelino Ramos (Dinho) militante da causa pela reforma agrária em Rondônia e conhecido nacionalmente pela luta e contra a violência no campo", diz a nota, publicada nesta sexta-feira (27).

"Dinho, como era conhecido, dedicou toda a sua vida a causa dos camponeses. Recentemente vinha trabalhando em um assentamento no sul do Amazonas, em uma região conhecido como Ponta do Abunã. Era um homem marcado para morrer há cerca de dois anos, vinha sendo ameaçado constantemente e assim perdeu sua vida", prossegue.

"O Partido Comunista do Brasil, que ao longo de 90 anos sempre esteve na luta pela reforma agrária em nosso país repudia a violência no campo, que tem aumentado na região norte do país, onde em apenas uma semana três lideres foram executados, e ao mesmo tempo solicita às autoridades estaduais e federais a apuração imediata e punição aos responsáveis por tais tragédias. Adelino Ramos era um dos militantes do partido em Rondônia.

Ramos filiou-se ao PCdoB em 22 de setembro 2007, junto com mais outras 150 membros do Movimento Camponês Corumbiara (MCC), de Rondônia. O movimento congrega cerca de 600 famílias e foi fundado em 1995.

Na ocasião de sua filiação, Ramos disse que o movimento se fortalecia ainda mais. “O PCdoB está ligado à luta dos trabalhadores. É um partido forte que sempre lutou pela reforma agrária no País”, destacou. Eron Bezerra, então Deputado Estadual do Amazonas, abonou as fichas dos novos filiados.

Amigo pessoal de Dinho, Bezerra explica que a região é conflituosa. “São madeireiros que atuam de forma irregular que não querem organização e nem a presença do Estado. Para eles não interessa. Significa ameaça. Dinho foi mais uma vítima dessas pessoas”, declarou.

Bezerra acionou novamente a Secretaria de Segurança Pública para evitar novas mortes no local. O secretário Zulmar Pimentel comprometeu-se em averiguar o caso.

Campanha" São Luís 400 anos em 2012: Procura-se um Prefeito"

João Buracon

Vai acontecer no dia 03 de Julho (domingo) o ato público, pacífico, para protestar contra os buracos de São Luis. Vai acontecer um pseudo-concurso para as pessoas que enviarem a melhor foto de um buraco em são luis. O vencedor será premiado, no dia, com um saco de cimento e duas latas de areia. Q tal? Topa participar. O evento chamado: "MOVIMENTO SÃO LUIS SAINDO DO BURACO", não tem conotação político-partidária.. são apenas cidadãos protestando pacificamente. Afinal, não basta reclamar, tem que participar. A ideia inicial é participar com muito humor e irreverência. Esperamos ideias. Abraços. O local é na Av. litorãnea, em frente ao Corpo de Bombeiros apartir das 08 horas.

 

Carta aberta à Presidenta Dilma do Coordenador Nacional do Setorial LGBT – PT


Presidenta
Nós, do Setorial Nacional LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) do Partido dos Trabalhadores, instância formal que organiza a intervenção da militância petista na luta anti-homofóbica, queremos dialogar publicamente com a senhora, nossa companheira na construção de um Brasil mais justo.
Gostaríamos de conversar a respeito da polêmica envolvendo os materiais educativos do projeto Escola Sem Homofobia, do MEC (apelidado de “Kit gay”, por conservadores).

Ficamos perplexos com as notícias veiculadas ontem, 25 de maio, informando que a senhora teria, em reunião com a “bancada evangélica”, decidido suspender a disponibilização dos materiais que estão sendo preparados pelo MEC, no contexto das políticas públicas de promoção do respeito à diversidade nas escolas brasileiras.

Admiramos sua vocação democrática, sua competência e seriedade. Sabemos que é preciso ouvir todos os segmentos da sociedade brasileira, buscando composições e sínteses, implementando as políticas públicas com eficácia, pautadas em critérios técnicos.

Nosso Partido é pioneiro no combate à discriminação contra homossexuais e nos orgulhamos do discurso do ex-presidente Lula, já em 1981, repudiando o preconceito. Somos vanguarda na luta pela afirmação da igualdade – criamos, já em1992, o primeiro núcleo LGBT em um partido político no país. Estamos juntos ao movimento social LGBT brasileiro, há anos batalhando contra a discriminação.
A maioria das leis e projetos de leis garantindo direitos à população LGBT, em todo o Brasil, são de iniciativa de parlamentares petistas. Marta Suplicy, já em 1995, propôs projeto de lei que estabelecia a união civil homossexual. Várias resoluções de Encontros Nacionais e Congressos do PT – e também nosso estatuto – ratificam esse compromisso com de combate ao preconceito e a discriminação em geral, e à homofobia em particular.

O ex-presidente Lula fez história, ao criar, em 2004, o primeiro programa governamental – Brasil Sem Homofobia – destinado a promover a igualdade entre todas as pessoas, de qualquer orientação sexual ou identidade de gênero.

Em 2008, o Governo Federal promoveu a 1ª Conferência LGBT, pioneira no mundo. No ano seguinte, foi criado o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos LGBT – depois uma Coordenadoria e, posteriormente, um Conselho Nacional.

A maioria do movimento LGBT organizado e dos ativistas de Direitos Humanos fizeram campanha e votaram Dilma, trabalhando dia e noite pela sua eleição. Acreditamos no aprofundamento das políticas cidadãs iniciadas no governo do ex-presidente Lula.

Contudo, temos de reafirmar: o ESTADO BRASILEIRO É LAICO. Nossa Constituição traz entre seus princípios fundamentais, o combate a toda forma de discriminação, a dignidade humana e o pluralismo.
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal, igualando as uniões estáveis homossexuais à heterossexuais reafirmou esses princípios básicos da Constituição Federal, assegurando a laicidade do Estado. Uma vitória da democracia brasileira.
Nessa mesma direção, enfatizamos a necessidade de aprofundar as políticas públicas que promovam a diversidade e o respeito às pessoas. Não concordamos, em nenhuma hipótese, com a possibilidade dos materiais elaborados pelo projeto Escola sem Homofobia não chegarem a seus destinatários.
Presidenta:

Um governo progressista, protagonizado por um partido de esquerda, dirigido por uma militante com a sua biografia, não pode transigir com princípios fundamentais da democracia.

A senhora tem deixado muito claro, em diversas ocasiões, que não transigirá na Defesa dos Direitos humanos. Pois bem, é disso que se trata. Não se trata de “costumes”, como foi mencionado, mas de direitos civis e políticos, do combate ao preconceito, de políticas pública de promoção da cidadania.

Ficamos muito satisfeitos com o fato de a senhora ter convocado há poucos dias, junto com a companheira Maria do Rosário, a 2ª Conferência Nacional LGBT, uma inequívoca demonstração de continuidade das políticas iniciadas no governo Lula, reafirmando assim o compromisso desse governo com o enfrentamento da homofobia.

O chamado “kit gay” é apenas um singelo material didático, elaborado por especialistas, referendado por entidades como a UNESCO, o Conselho Federal de Psicologia, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a UNE, a UBES entre outras.

Esse “kit” foi objeto de uma sórdida campanha, cheia de mentiras e distorções, que criou um sentimento de pânico moral em setores da nossa sociedade. A maior parte das pessoas que o repudiam não conhece seu conteúdo. Não há nada de inadequado, qualquer conteúdo sexual, nenhum beijo, nada, absolutamente nada que poderia atentar contra a qualidade educativa do material.
O objetivo do MEC com esse programa é apenas combater o bullying, que causa tanto sofrimento a milhões de “brasileirinhos”, em nossas escolas, fazendo com que muitos se evadam, perdendo o direito humano que têm à educação. O bullying é algo perverso, provoca discriminação, dor, exclusão e até suicídios - pode provocar tragédias.

O Brasil não cederá à chantagem de religiosos homofóbicos, que confundem templo com parlamento, que ignoram a laicidade, o pluralismo e a dignidade humana.

A opinião de alguns deputados fundamentalistas cristãos NÃO É a opinião da maioria do Congresso Nacional, muito menos da maioria da sociedade brasileira. No Congresso, por exemplo, há uma Frente Parlamentar que defende a cidadania LGBT com 175 deputados e senadores.
Presidenta Dilma:

Nós, seus companheiros de Partido e de jornada, ajudamos a elegê-la e também somos responsáveis pelo seu governo. Temos certeza que as políticas de promoção à cidadania LGBT não serão interrompidas.
A democracia brasileira não será chantageada por obscurantistas de plantão. Acreditamos no seu compromisso inabalável com os Direitos Humanos e com a cidadania plena. Seu governo construirá um Brasil melhor para todas e todos.

Apoiamos a continuidade das ações do projetodisponibilização do “kit” para as escolas brasileiras.

Não basta combater a pobreza se junto não erradicarmos a violência do preconceito e da discriminação que está ao seu redor. Estarmos certos de contar com sua determinação.

Julian Rodrigues

Coordenador Nacional do Setorial LGBT – PT

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Da Polônia à Espanha



João Paulo II e Walesa pacto pelo poder e contra o regime
Laurindo Lalo Leal Filho, do site Carta Maior:
Anuncia-se a vinda de Lech Walesa ao Brasil. Fará uma palestra em São Paulo no dia 9 de agosto dentro do ciclo “Fronteiras do Pensamento”, promovido por uma entidade chamada Casa do Saber.
O ex-lider sindical e ex-presidente da Polônia foi comparado nos anos 1980 ao então sindicalista Luis Inácio Lula da Silva. Tanto o aproximaram que o brasileiro chegou a visitá-lo na época. Lembro da decepção de Lula ao comentar, na volta, as limitações políticas do polonês, nada mais do que um anti-comunista católico extremado.

Walesa fez dobradinha com João Paulo II ajudando a derrubar o regime na Polônia para depois se tornar, em 1990, seu presidente, eleito pelo voto direto. Em 1995 perdeu a reeleição por muito pouco mas, em 2000, foi derrotado fragorosamente, não obtendo nem 1% dos votos.

No apogeu, Walesa fundou o Solidarnosc (Solidariedade), uma coalizão sindical com força de partido político. No Brasil era comum vermos carros com adesivos da agremiação tida para certos setores da esquerda como referência de luta.

Muitos dos integrantes desses grupos podem ser vistos hoje em programas de televisão ou assinando colunas na mídia comercial defendendo, convictamente, posições conservadoras.

A estridência com que se manifestavam em épocas passadas não cessou. Continuam enfáticos, só que agora na defesa dos interesses daqueles que lhes pagam para exercer esse papel.

Situações críticas, econômicas e políticas, são o caldo de cultura ideal para o alastramento das chamadas “posições libertárias” que, no fundo, nada mais são do que representações simbólicas do individualismo absoluto, tão ao gosto dos neoliberais.

Governos levados ao poder por esperanças de dias melhores para grandes massas, ao traí-las abrem caminho para o ceticismo. Mas como poder não deixa vácuo, seu espaço é logo preenchido por forças opostas àquelas cujas bandeiras tornaram-se desacreditadas.

Basta ver os resultados das eleições regionais realizadas na Espanha em meio às manifestações de rua. A vitória do Partido Popular era mais do que previsível diante do descrédito a que chegou o PSOE e a falta de alternativas orgânicas mais à esquerda.

O grito ouvido nas praças espanholas “Que no, que no, que no nos representam” dirigido aos políticos e aos partidos pode sintetizar o ânimo dos que estão por lá. Mas proporcionalmente são poucos em relação a todos que votam. A maioria acaba fazendo uma escolha, no caso a mais conservadora. O grito libertário, como se vê, acaba levando água para o moinho da reação.

No entanto, não é necessário ser sempre assim. Outros gritos ouvidos na Argentina nos anos 2001/2002 para “Que se vayan todos”, não eram muito diferentes dos entoados agora na Espanha.

Ainda que a duras penas, depois de presidentes que mal esquentavam a cadeira principal da Casa Rosada, os argentinos perceberam que fora de algum tipo de marco institucional não haveria saída.

Desse beco é que surgiu o governo de Nestor Kirchner com respaldo popular para reestruturar a dívida externa, enfrentar a crise e sair dela com sucesso suficiente para eleger sua sucessora.

Se caminho semelhante não for vislumbrado pelas forças de esquerda na Espanha as manifestações de hoje servirão apenas para aprofundar ainda mais as políticas neoliberais desenvolvidas pelo PSOE ao arrepio de suas origens socialistas.

Os limites impostos pelos bancos e pelas organizações financeiras multilaterais aos Estados nacionais são estreitos. Se politicamente é necessário um forte apoio político-partidário, ou seja uma via institucional, do ponto de vista econômico rupturas são imprescindíveis.

A melhor hipótese seria a canalização da energia das praças espanholas para a sustentação de uma política capaz de enfrentar a tirania rentista, preservando o que ainda resta do Estado de Bem-Estar Social.

A refundação do PSOE ou o fortalecimento das organizações mais à esquerda são as únicas alternativas capazes de dar à voz das ruas alguma conseqüência efetivamente transformadora.

Caso contrário reviveremos a história polonesa, com a entrega do Estado aos conservadores, apoiados por muitos dos que hoje gritam contra tudo e contra todos nas praças espanholas.
 
*Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial). Twitter: @lalolealfilho.

AS NOVAS SANDÁLIAS HAVAIANAS

A desmoralização do prefeito João Castelo (PSDB) ganha mais força nas redes sociais. A ironia da vez foi a criativa adaptação das tradicionais sandálias havaianas para a cidade de São Luís. Veja:


Ufma solta nota repudiando a Globo

A BEM DA VERDADE, consideramos nossa responsabilidade social esclarecer a comunidade acadêmica e a sociedade brasileira acerca do que foi veiculado na matéria jornalística apresentada pela Rede Globo de Televisão, no último dia 24 de maio, em sua edição do Jornal da Globo, e reprisada no Jornal Hoje, em sua edição de 25 de maio. A matéria nos causa perplexidade e indignação e repudiamos veementemente seu teor e substância, como um exemplo de jornalismo que não reflete os avanços e a qualidade da imprensa brasileira.
A Rede Globo distorceu e retirou de contexto as falas do Reitor da Universidade e mostrou imagens da entrada de um depósito de materiais inservíveis, que no passado funcionou como laboratório farmacêutico. Mostrou também algumas salas do Palácio das Lágrimas (prédio tombado pelo IPHAN), já desativado em grande parte, e onde ainda funcionam apenas poucas atividades do Curso de Farmácia.
Estranhamos o fato do repórter não ter procurado a Assessoria de Comunicação da Universidade para solicitar quaisquer informações ou agendar entrevista com o Reitor ou qualquer outro gestor ou docente da UFMA. Mesmo assim, a ASCOM enviou, em 12 de abril deste ano, informações oficiais com textos e links em vídeo à jornalista Cíntia Borsato, editora da Globo, responsável pela reportagem, não contempladas na matéria.
O QUE A GLOBO NÃO DISSE:
1. O prédio onde funcionou o Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, fechado há quinze anos, tem reforma prevista para 2012;
2. A maioria das atividades do Curso de Farmácia já não é desenvolvida no Palácio das Lágrimas há mais de cinco anos. No local será instalado um museu histórico e cultural e um centro de ciências da Universidade. Em virtude disso, o funcionamento do Curso de Farmácia foi transferido para a unidade central do campus sede (Bacanga);
3. O atual prédio do Curso de Farmácia no campus do Bacanga atende satisfatoriamente às demandas acadêmicas e pedagógicas do Curso. Está prevista ainda, para o segundo semestre de 2011, a ampliação de espaços deste prédio, para atendimento da graduação e pós-graduação.
4. AO CONTRÁRIO DO QUE A REPORTAGEM TENTOU MOSTRAR, não houve prejuízo às atividades acadêmicas e pedagógicas do Curso de Farmácia causado por omissão ou descaso da atual gestão da Universidade.
5. Consideramos que a reportagem da TV Globo de São Paulo, veiculada poucos dias antes das eleições para reitor e vice-reitor da Universidade, evidencia também cores políticas, por meio de uma “série jornalística” contra as IFES, e alimenta, oportunisticamente, a pauta de alguns agentes locais.
São Luís, 25 de maio de 2011
ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFMA

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Assine o Abaixo-assinado dos demitidos do Collor

No site do "Petição Pública" assine o Abaixo-assinado para ser encaminhado a Presidente Dilma. Essa luta já dura 20 anos pra cerca de 15 mil servidores públicos que foram demitidos injustamente no famigerado Governo Collor. Acesse ao link abaixo e assine.

Obrigado!

Abaixo-assinado APOIO AO PLS 372/08 (PL 5030/09) DEMITIDOS COLLOR.

Campanha" São Luís 400 anos em 2012: Procura-se um Prefeito"


Desgovernança e 400 anos de São Luis
 
Reviver precisa de vida

No limite dos 400 anos São Luis, a única capital fundada por franceses, cidade dos azulejos imperiais portugueses, patrimônio cultural da humanidade, terra de “lendas e mistérios”, fontes e sobrados, do bumba-meu-boi e todo um berço de poemas e romances, ou seja, “Atenas brasileira”. Terra aguerrida onde expulsou franceses e holandeses, terra da primeira insurreição contra a Coroa portuguesa, enfim muitas e muitas “glórias do passado”.
Infelizmente todo esse elenco de caracteristicas e especificidades estejam perdendo seu encanto e suas belezas. O povo alegre e vibrante anda lívido, apático, desolado, “olhando para o lado e para chão”. Razões para tal conduta, não é preciso muito esforço para se saber, só uma breve folheada no catalogo da cidade e a notoriedade da paisagem se desnuda em sua volta.
A antropofagia nas ruas e avenidas de São Luis é real e concreta. O círculo do pânico em São Luis. A maneira agressiva dos condutores se expressa em atitudes irracionais dentro do trânsito: caminhões e ônibus contra automóveis, e todos eles contra motocicletas. Estas, normalmente indutoras de irritação face ao comportamento irresponsável. As crianças são encarceradas, pois ruas outrora tranqüilas dos bairros surgem agora um destrutivo transito que transforma o dia a dia de moradores em reais calvários. Sem falar nas restrições ao se andar a pé e de bicicleta de maneira segura por medo do trânsito. A loucura da guerra ronda as ruas da cidade.
Na saúde, os Socorrões parecem hospitais militares haitiano. Faltam materiais básicos, remédios, além das instalações físicas em ruínas. As escolas são piores que as de Oliver Twist. A estrutura urbanística o cenário é apocalíptico, o arruamentos chega a padrões de áreas bombardeadas em Cabul. Aglomerados comercias, complexos residenciais surgem da noite para o dia, sem apreciação do plano diretor e dentro ou não de APP’s. Nos Integrações quando chega um ônibus, é similar um caminhão da ONU em  Mogadíscio. Bancarrota!
Cada vez mais, a cidade é um lugar hostil e insalubre. Tem ainda miseráveis e bárbaros que usam as "privadas voadoras", ou seja, sacolas de plástico em que as pessoas fazem suas necessidades para em seguida atirá-las na rua. Não sabe o que é um sanitário, uma latrina, uma fossa séptica. E a Prefeitura de João Castelo justifica com áreas deficientes de saneamento básico. Verdadeiros campos de concentração em céu aberto.
Hoje em São Luis temos muitos mais 1 milhões de habitantes, 600 mil passageiros por dia. A frota de veículos em 300 mil. "Cracolândias" surgindo por todo lugar. 70% dos jovens desempregados. Milhares de pessoas sofrendo por falta d'água. A fome e a miséria são tratadas como eventos perenes e normais, ou seja, é a naturalização da pobreza. A cada esquina de São Luis, a perversidade do excluído é latente. Marginais e come-cola a torta e a direito. Corrupções em licitações (seu doutorado). É o pior exemplo de postergação pela comunidade que pode oferecer o João Castelo.
A política urbana da PMSL é tão idiota que se resume à realização de médios e megaeventos e pela realização de investimentos de renovação de áreas urbanas degradadas. A explicação mais plausível para tais tragédias que assola a nossa improvisada cidade é o padrão catastrófico de gestão urbana capitaneada por Castelo que reproduz a precariedade e a pobreza urbana. Mas, minha irresignação maior é que ninguém quer governar de São Luis.
São Luis sofre com a desgovernança, ou seja, políticos de todos os cunhos ideológicos, partidos políticos, movimentos sociais, sindicatos, entidades de classes e uniões de moradores, ninguém quer discutir, debater, decidir, saber as causas dos problemas, ou seja, se conformaram com o estado de doença terminal infecciosa. É a velha máxima “foi sempre assim, é sempre assim e vai ser assim. Com essa quadra João Castelo deita e rola, está do jeito que gosta estado que foi criado, de laissez-faire.
Ainda ninguém se pronunciou. Nem a Direita e nem a Esquerda. Até os idiotas falastrões metidos os intelectuais de esquerda, que a Ufma está cheia. Parece-me que paira uma nuvem negra sobre o horizonte da cidade. O que vejo ridículos projetos de aridez atacamiana de “São Luis 400 anos" deve ter uns cem, com visão "romântica francesa". Não sei se isso representa uma situação de atraso ou um prenúncio do futuro.
Como Geógrafo Urbano, sei que não há receita de bolo para tais dilemas. Entrementes os conhecidos e terríveis problemas da nossa cidade precisam ser entendidos como partes fundamentais de uma questão nacional.  É mister um Novo Projeto de Desenvolvimento de envergadura de “Grande Metrópole” .Concomitante de um novo modal de governança municipal exercido pelo poder público e pelos atores sociais reconfigurando os mecanismos e os processos de tomada de decisões, o que faz emergir um novo regime de ação pública, descentralizado, no qual são criadas novas formas de interação entre prefeitura e sociedade.
Para isso ocorrer deve-se fazer uma verdadeira limpeza nas veias e artérias do aparelho municipal de administração. Eliminar todas, sem exceções, as teias de aranhas e obsoletas mentes cancerígenas que corroem nossa cidade.
Por fim, 2012 teremos a oportunidade de eleger uma nova administração em São Luis quatrocentona. Onde seu capitão possa além de novo rosário de idéias progressistas e revolucionárias. Olhar São Luis como cidade nacional, metropolizada, integrada na rede urbana mundial, de progresso e futuro. Ter o compromisso e a altivez de uma gestão em paradigmas de governança democrática lastreada por 3 fundamentos nodais que julgo ser essenciais: maior responsabilidade do governo municipal em relação às políticas sociais e às demandas dos seus cidadãos; o reconhecimento de direitos sociais a todos os cidadãos; a abertura de canais para a ampla participação cívica da sociedade.


Roberto César Cunha
Geógrafo Urbano pela UFMA
robertoujsma@hotmail.com

Campanha por São Luís


São Luís - centro histórico - Patrimônio da Humanidade
Bom dia amigos e amigas,

A partir de hoje este blog começa uma grande campanha:

“São Luís 400 anos em 2012: Procura-se um Prefeito.”

Receberemos artigos de opiniões, indicações e comentários sobre esse tema. O objetivo é tentar resgatar a dignidade de uma cidade que agoniza nas mãos de velhacos pervertidos da política.
Participe dando a sua opinião!