terça-feira, 31 de maio de 2022

Marcha em Brasília de servidores anuncia indicativo de greve para junho

(Foto: Reprodução do Twitter)

Sem diálogo com o governo Bolsonaro, os servidores públicos federais realizaram nesta terça-feira (31) uma marcha em Brasília e já anunciam greve da categoria caso não seja enviada ao Congresso uma proposta de reajuste dos salários. Eles reivindicam aumento linear para todo o serviço público de 19,99%.

Antes de um ato em frente ao Congresso, os trabalhadores estiveram concentrados desde 9h no Espaço do Servidor, entre os blocos C e D, da Esplanada dos Ministérios. Ainda nesta terça, eles participam de outra manifestação no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

O coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), David Lobão, lembrou que a greve já está sendo construída no ensino básico federal e tecnológico em 11 institutos federais de educação. Além disso, todos os demais servidores estão sendo chamados a se mobilizarem.

“Desde dia 18 de janeiro a gente encaminhou a pauta de reivindicação e a solicitação de reajuste emergencial dos salários. Pedimos que o governo abra uma mesa de negociação, mas até hoje o governo não respondeu o nosso ofício e nem fez qualquer direcionamento em abrir uma mesa de negociação. Nós fizemos em fevereiro uma vigília na porta do Ministério da Economia para ser recebido, mas o governo nunca negociou conosco”, disse David lobão ao Portal Vermelho.


De acordo com ele, o governo Bolsonaro tem tratado o sindicato dos trabalhadores sem nenhuma consideração e respeito. O exemplo disso é o “boato” de que prepara projeto de lei para dar um reajuste de 5% para algumas categorias. “Não podemos aceitar isso pacificamente, por isso, o Sinasefe deliberou greve no mês de junho para todo o Brasil”, protestou o sindicalista.

Sobre o corte de quase R$ 14 bilhões no orçamento para fornecer o reajuste, que vai atingir as áreas de Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia, Lobão diz que isso é uma forma de fazer chantagem com os servidores. “Ele não cortou nada do pagamento da dívida pública e no orçamento secreto do Congresso. Não dá para confiar neste governo, quando ele diz isso é pra jogar pra grande imprensa que dá reajuste para os servidores e cortar políticas públicas. É mentira!”, reagiu.

Com base nos dados da Auditória da Dívida Pública, o coordenador do Sinasefe diz que o governo tem R$ 5 trilhões nos cofres que poderiam ser usados nos reajustes sem mexer com o orçamento da educação, saúde e ciência e tecnologia. “Vamos mexer no pagamento da dívida pública, no orçamento secreto e naquilo que não atinge os trabalhadores”, cobrou.

David Lobão discursa no ato em frente ao Congresso (Foto: Reprodução do Instagram)

Apoio

Os estudantes também participaram da marcha em apoio aos servidores. O vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) no DF, Rafael Lucas de Souza Ribeiro, disse que os estudantes sempre estiveram ao lado dos trabalhadores. “O movimento estudantil junto com os trabalhadores foi responsável pela redemocratização do Brasil”, lembrou.

De acordo com ele, o Brasil vive um sistema capitalista que prioriza o lucro dos grandes empregadores. “Não é um sistema que prioriza a educação, o serviço público e nem o povo. Então, entendemos que os estudantes organizados é que vai derrotar Bolsonaro e esse projeto de desmonte da educação, do serviço público e todo esse projeto de negação da ciência que Bolsonaro tenta introduzir no Brasil”, disse ele ao Portal Vermelho.

Brasil tem maior média de casos de Covid desde o fim de março

© Getty Images

O Brasil registrou, nesta segunda-feira (30), a maior média móvel de casos de Covid desde o fim de março, 24.993 infecções por dia, um crescimento de 31% em relação ao dado de duas semanas atrás.

É o maior valor desde 31 de março, quando a média era de 25.910 casos diários.

A nova média de infecções foi alcançada com os 26.496 casos registrados nesta segunda. Além deles, 72 mortes por Covid foram documentadas.

Os novos óbitos registrados levaram a média móvel de mortes para 120 por dia.

Com isso, o país chega a 666.568 vidas perdidas e a 30.974.868 infecções pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Em relação à vacinação, o Brasil registrou 669.755 doses de vacinas contra Covid-19 nesta segunda. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 50.068 primeiras doses e 138.908 segundas doses. Também foram registradas 810 doses únicas e 479.969 doses de reforço.

Alguns estados tiveram registros negativos. A Bahia teve registro de -3.131 primeiras doses. O Rio Grande do Sul teve registro de -404 doses únicas. Por fim, o Maranhão registrou -75.988 doses de reforço.

Ao todo, 178.436.283 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -161.217.105 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 166.024.071 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 83,06% da população com a 1ª dose e 77,28% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Até o momento, 92.451.203 pessoas já tomaram dose de reforço, o que representa 43,03% da população brasileira. Outros 3.275.547 tomaram a quarta dose da vacina.

O consórcio reúne também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 60,56%, totalizando 12.415.240. Na mesma faixa etária, 32,38% (6.637.000) recebeu a segunda dose ou a dose única.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​


segunda-feira, 30 de maio de 2022

CONIF divulga Nota Oficial contra Bloqueio de 14,5% do orçamento da Rede Federal de ensino.


O Conif – Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica -, vem por meio deste expressar seu posicionamento contrário ao bloqueio linear de 14,5% de seu orçamento, anunciado ontem (27/5) pelo Governo Federal e imediatamente percebido nos sistemas orçamentários usados pelas instituições.

A Rede Federal já vivencia os desafios da retomada presencial e os prejuízos advindos da pandemia e agora terá que dividir seus esforços para lidar com esse bloqueio. Realizado de forma unilateral e intempestiva, sem diálogo com os gestores das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, o bloqueio – estimado em R$ 350 milhões para a Rede e um montante de mais de R$1 bilhão, se somado com as universidades federais – comprometerá as atividades dos 38 institutos federais, dos dois cefets e do Colégio Pedro II, que já sofrem com orçamento insuficiente.

A situação é grave, pois o bloqueio ocorre nos recursos destinados à manutenção das instituições. Ou seja, atividades essenciais de ensino, pesquisa e extensão, visitas técnicas e insumos de laboratórios serão cortadas dos estudantes. Serviços de limpeza e segurança também deverão ser afetados, acarretando em demissões e, consequentemente, em desemprego, em um momento de tentativa de aquecimento econômico pós-pandemia.

Em 2022, todos os campi da Rede Federal voltaram a ter estudantes presenciais, que retornaram ávidos por conhecimento e socialização. Os eventos científicos, culturais e esportivos entraram em nosso planejamento e, algumas instituições com licitações em andamento ou contratos assinados. O ano que devia propiciar uma volta à normalidade, pode se tornar um pesadelo. Mais do que nunca, nossos estudantes precisam de uma escola que ofereça condições mínimas para o seu desenvolvimento e para recuperação da aprendizagem.

A maior preocupação do Conselho e dos dirigentes da Rede Federal sempre foi e sempre será com seus estudantes. Com mais de um milhão de estudantes, dos quais aproximadamente 70% estão em situação de vulnerabilidade social, com renda familiar de até 1,5 salários mínimos, uma restrição orçamentária dessa magnitude afetará, principalmente, a qualidade do ensino ofertado para os estudantes da Rede Federal, aumentando ainda mais as desigualdades entre aqueles que têm condição de pagar uma mensalidade e aqueles que não têm.

Diante de um cenário repleto de incertezas, o Conif reitera seu compromisso com a educação pública, gratuita e socialmente referenciada e espera que o Governo Federal revise sua postura de bloqueio orçamentário do Ministério da Educação e de suas autarquias, levando em consideração o acima exposto e os efeitos danosos que tal medida irá provocar.

Brasília, 28 de maio de 2022.

Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica

sexta-feira, 27 de maio de 2022

SINDICANALCOOL é destaque na EXPO 2022

Presidente do Sindcanalcool, Milton Campelo
explanando aos ilustres visitantes

A EXPO 2022, teve sua abertura na noite de ontem. O Espaço “Sindicanalcool Bioenergia” recebeu várias visitas. Iniciamos registrando a honrosa e longa presença do Desembargador Paulo Sérgio Vélten Pereira, Presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (2022-2024), acompanhado de sua esposa.

Na oportunidade o Presidente do Tribunal de Justiça maranhense manifestou entusiasmo acerca dos avanços do setor sucroenergético.

Fundado em 08 de maio de 2000, o SINDICANALCOOL – Sindicato dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Maranhão e do Para, nasceu da necessidade de fortalecer o SETOR SUCROALCOOLEIRO nos Estados do Maranhão e do Pará.

Buscando lutar mais pelos interesses do SETOR SUCROALCOOLEIRO, ocupa vários assentos junto a FIEMA – Federação das Indústrias do Maranhão, tais como: COPIN – Conselho Temático Permanente de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico, Conselho Temático de Assuntos Legislativos, CONERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos, CONSEMA – Conselho Estadual de Maio Ambiente e nossa Presidente, também faz parte do grupo de vice presidentes da FIEMA.

Sua diretoria atual é composta por:

PRESIDENTE: Milton Santos Campelo da Silva

VICE PRESIDENTE: Fernão Villela Zancaner

DIRETOR FINANCEIRO: Antonio Celso Izar

DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Cintia Cristina Ticianeli


E seu conselho fiscal com:

Akira Honda

Luís Antonio Luizete

Eduardo Serra


FONTE: Site do SINDICANALCOOL

 

Lula bate 54% nos votos válidos e venceria já no 1° turno, mostra Datafolha

Crédito: Ricardo Sturckert

Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha na noite desta quinta-feira (26) mostrou que o ex-presidente Lula (PT) atingiu 54% dos votos válidos entre os eleitores ouvidos pelo instituto, o que lhe garantiria a vitória na corrida presidencial já no primeiro turno. Nos votos totais, o petista obteve 48% das intenções de voto, contra 27% de Jair Bolsonaro, o que mostra uma ampla vantagem de 21% do antigo mandatário.

Ciro Gomes (PDT) aparece em 3° lugar, com 7% dos votos, à frente de um pelotão de dez candidatos que não atingem mais do que 2% da preferência do eleitorado. A pesquisa é a primeira que mostra uma vitória de Lula no primeiro turno fora da margem de erro, o que representa um sinal claro de ascensão do líder de esquerda no cenário que definirá o próximo presidente do país. O levantamento é o primeiro também sem o nome de João Doria (PSDB), que desistiu da candidatura na última semana.

A pesquisa Datafolha foi realizada entre quarta (25) e quinta-feira (26), ouvindo 2.556 eleitores acima de 16 anos em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Professor do IFMA vai lançar livro “Memórias de um Polo Norte: nos caminhos da metalurgia”

Raimundo Barroso é professor aposentado do Campus São Luís-Monte Castelo

O professor do IFMA Raimundo Barroso vai lançar, no próximo dia 31, o livro “Memórias de um Polo Norte: nos caminhos da metalurgia”, em evento a ser realizado a partir das 19h, no Auditório Florise Pérola, no Campus São Luís-Monte Castelo. Entre lembranças, cultura e histórias, o autor rememora o desenvolvimento da economia e das políticas sócio educacionais ligadas ao setor da metalurgia no país, principalmente na região que engloba o Maranhão e o norte do Brasil.

Em seu livro, Raimundo Barroso trata desde a descoberta das reservas de minerais de Carajás, da implantação da extração de minério, da instalação de ferrovias, estradas e porto, dos primeiros cursos voltados a profissões na área de metalurgia, até as primeiras grandes empresas do setor instaladas no país e o sucesso e fracasso de alguns projetos econômicos ligados ao campo. “Em 1973, eu estava na graduação de Engenharia Civil, no Maranhão, quando os alunos a partir do 5º período foram convidados a transferir para o curso de Engenharia Metalúrgica, que estava sendo implantado no país, em Minas Gerais. Daí começou minha trajetória no setor, no qual fiz muitos amigos, desde a faculdade até o exercício da profissão”, contou o autor. E foram justamente essas amizades que mais marcaram a memória do engenheiro metalúrgico, fazendo preservar nas lembranças uma série de dados e análises sobre os caminhos da metalurgia no país.

Entre a história e a crítica política, educacional e econômica, a obra traz, por exemplo, algumas produções do grupo culturais do qual fez parte, apelidado de Polo Norte, formado por maranhenses e paraenses que foram estudar com ele em Minas Gerais. São dez faixas musicais que podem ser escutadas em mídia eletrônica com acesso por meio de QR-Code. “Ao todo, o livro traz meio século de lembranças. Foi um momento marcante para muitos estudantes. Éramos também muito ligados à cultura, ao folclore de nossos estados. Fazíamos roda de samba, bumba-meu-boi, promovíamos encontros de comida típica, artesanato. E esperávamos um futuro. Então nos dispersamos em busca da profissão. Muitos foram para o exterior, pois o mercado brasileiro ainda era insuficiente. É um livro que também fala de realidades e perspectivas”, comentou Raimundo Barroso, que é doutor em Ciências Pedagógicas pelo ICCP Havana/Cuba, com título revalidado pela UFSC/Brasil, e pós-doutor em Educação pela Universidade de Aveiro (UA)/Portugal.

A obra é publicada com apoio da Lei Aldir Blanc. Ela também foi selecionada pelo edital do programa Conexão Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (SECMA) e Governo do Estado. A publicação teve ainda o suporte ainda do Instituto Simplício Oliveira e do Instituto Daniel de La Touche.