sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

“Não é cabelo de crente”: Pastor recusa batizar adolescente por causa do cabelo crespo


Pastor José Azevedo teria humilhado uma jovem fiel
Foto do Blog do PauLopes
Um pastor da igreja evangélica “Assembleia de Deus” impediu uma adolescente negra de 16 anos de ser batizada por causa do cabelo crespo. O caso aconteceu no centro da cidade de Jacobina, no norte da Bahia, no dia 11 de dezembro.
A jovem participava de uma palestra em um curso sobre as funções dos ministérios da igreja. Na ocasião, uma palestrante elogiou o cabelo da adolescente e foi repreendida pelo pastor. “Ele pegou o microfone e disse que eu não seria batizada porque meu cabelo não servia para ficar na igreja”, conta.
Inconformados com a atitude do pastor, um grupo de amigos negros e de cabelos crespos da adolescente realizaram um protesto pacífico. Eles visitaram à igreja no culto do domingo (15).
Segundo a estudante e amiga da vítima, Martha Miranda, de 24 anos, a igreja estava lotada no momento em que o pastor fez a declaração racista. “Tinham várias testemunhas e, no domingo, quando eu e outros amigos fomos visitar a igreja para fazer o protesto, todas as pessoas perceberam o motivo da nossa presença”, relembra.
Amigos de Rebeca fizeram uma manifestação silenciosa
 no culto do pastor acusado
de racismo
Martha acrescenta que, após a repercussão do caso, o pastor chamou a adolescente para conversar. “Ele a chamou para uma reunião e disse que ela poderia assinar o formulário de batismo. A situação foi humilhante e em nenhum momento ele pediu desculpas. O pastor ainda disse para ela mudar o cabelo pois, segundo ele, cabelo crespo não é cabelo de crente. Isso a deixou ainda mais chateada e ela deixou de frequentar a igreja”, relata.
O que diz a “Assembleia de Deus”?
A reportagem do Alma Preta entrou em contato com a Convenção Estadual das Assembleias de Deus na Bahia (CEADEB) para saber o posicionamento da igreja diante do ocorrido. Em nota, a CEADEB disse que desconhece o caso, mas que repudia qualquer atitude discriminatória. A convenção também ressaltou que racismo é crime. Não há informações se o caso será apurado e se o pastor citado na reportagem receberá alguma medida disciplinar. Confira a resposta na íntegra: 
“Quanto aos questionamentos elencados por vocês, a primeira coisa é que a igreja Assembleia de Deus e podemos falar isso não só na Bahia, mas de forma geral, nunca a discriminação e não digo apenas racial mas falamos em todo tipo de discriminação seja por raça, seja questão social poder aquisitivo ou até mesmo questão sexual, será apoiada.
Outra questão é que os nossos pastores eles são ensinados pela bíblia e eles sabem que Jesus nunca fez acepção de pessoas ou apoiou a discriminação. Pelo contrário, em suas palavras ele diz o seguinte 'Vinde a mim todos que estais cansados', então o evangelho é para todos, independente de cor, de raça, poder aquisitivo ou até mesmo opção sexual. A igreja é a instituição de maior Inclusão social, pois a bíblia ensina isso.
Outro ponto é que Racismo é crime, então qualquer pessoa que se sentir descriminalizada ou até mesmo com um tipo de comportamento de exclusão social deve procurar as autoridades competentes.

Quanto ao episódio, não podemos falar a respeito pois não chegou ao nosso conhecimento tal fato. Mas, caso tenha ocorrido deixamos nossa nota de repúdio à qualquer atitude como esta, seja em nossas igrejas ou em outra denominação. Informamos ainda que possuímos uma secretaria que recebe qualquer denúncia desde que fundamentada pelo autor e assinadas por testemunhas.”

Empresas estrangeiras ‘desovam’ no Brasil agrotóxico proibido em seus próprios países

Agrotóxicos proibidos estão afetando também animais silvestres - Foto: Vegnutri
“Ele começou com febre e coceira. Depois ficou suando frio, teve diarréia, a pressão caiu. Corremos pro hospital. A pele dele então ficou toda queimada e foi soltando do corpo. Mal consigo lembrar”, conta emocionado o produtor de leite paranaense José Quintino sobre o filho Júlio, que morreu em 2016 em Cascavel (PR) quando tinha 22 anos. “Veio médico de tudo que é parte, mas já não tinha jeito. Aos poucos, ele parou de respirar. Falaram que o pulmão dele tava inteiro queimado.”

Confirmada como causa da morte, a insuficiência pulmonar foi provocada por intoxicação aguda por agrotóxico. “O paraquate queimou o pulmão dele. Foi queimando a pele, as mucosas orais e nasais, indo até os alvéolos [pulmonares]. Esse é um agrotóxico de ação secante, seca e queima as folhas, faz o mesmo com a pele, as mucosas, o pulmão”, afirmou a médica epidemiologista Lilimar Mori, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Paraná e uma das responsáveis por confirmar que o agrotóxico foi a causa da morte de Júlio, contaminado ao descarregar cascas de soja com paraquate.

Foi por causa dos riscos de intoxicação aguda do produto que envenenou Júlio, assim como sua relação com doenças como Parkinson, mutações genéticas e depressão, que a Anvisa decidiu em 2017 banir o paraquate, usado na dessecação de plantações para antecipar a colheita. A partir de setembro de 2020, nenhum litro do agrotóxico deve ser usado em solo brasileiro.

Apesar das evidências dos riscos, a resolução da Anvisa não fixou metas de redução de uso, de finalização de estoques e nem de importação do paraquate até sua completa suspensão. Sem esse limite, o ritmo de importação do agrotóxico só aumentou desde o início do processo de banimento, conforme apuraram Repórter Brasil e Agência Pública.E essa brecha abriu espaço para um processo que os pesquisadores chamam de “desova”, porque quase que a totalidade do paraquate usado aqui vem de países onde seu uso está proibido.

“O ideal é que, iniciado o processo de banimento, seja proibida a importação. Como isso não foi feito, as empresas acabam ‘desovando’ o material no Brasil porque, normalmente, o que está sendo banido aqui já foi proibido no seu país de origem”, afirma o pesquisador da Fiocruz, Luiz Cláudio Meirelles, que já foi coordenador geral de toxicologia da Anvisa.

É o caso da gigante suíça Syngenta (recentemente comprada pela ChemChina), uma das maiores produtoras do paraquate no mundo, da alemã Helm do Brasil e das chinesas Sinon do Brasil e Rainbow Defensivos. A Suíça retirou o paraquate das prateleiras nos anos 80. Na Inglaterra (onde é fabricado o Gramoxone, o paraquate da Syngenta) e no restante da União Europeia, ele foi banido em 2007. A China, que costuma ter uma legislação ambiental mais permissiva, autoriza a produção mas somente para exportação, já que seu uso é vetado por lá há quatro anos.

O fenômeno da “desova” pode ser observado pelos dados de importação do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços no portal Comex Stat. Em 2017, 35,3 mil toneladas do herbicida (paraquate ou dicloreto de paraquate) chegaram ao Brasil. No ano seguinte, essa quantia aumentou em para 50,8 mil e continuou em curva ascendente em 2019 quando, até novembro, já haviam sido importados 65,3 mil toneladas de paraquate.

“Essa é uma atitude típica, que já vimos em outros casos: o país não quer mais, e as empresas precisam desovar seus estoques e aproveitam para fazer isso em países que estabeleceram um período de transição até a proibição completa”, explica o professor de Economia da Universidade Federal do Paraná e engenheiro de alimentos, Victor Manoel Pelaez Alvarez.

“Desde que se acumularam evidências dos problemas causados pelo paraquate, o consumo continuou crescendo mesmo depois da proibição de uso. O correto seria importação zero em 2019”, explica o engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia na região sul. Para ele, “o crescimento das importações sugere que talvez as empresas tenham aproveitado a tolerância brasileira para transferir para nosso território parte de seus estoques globais”.

Essa tendência é apontada também pelos dados de comercialização do Ibama. Em 2017, quando se iniciou o processo de banimento, o paraquate ocupava a oitava posição na lista dos dez ingredientes ativos mais vendidos no Brasil, com mais de 11 mil toneladas vendidas. Já no boletim referente a 2018, o pesticida subiu de posição e passou a ocupar o sexto lugar com mais de 13 mil toneladas vendidas em todo território nacional.

Na outra ponta desse mercado ainda lucrativo do paraquate está o produtor rural. “Como não houve imposição de limite para importação, ele pode estocar o produto até, por exemplo, 2023 e não vai chegar fiscalização”, afirma Meirelles, da Fiocruz. Os riscos para os trabalhadores rurais podem, na prática, também perdurarem até 2023 ou até acabarem os estoques.

Por meio da assessoria de imprensa da Syngenta, a empresa e outras 10 que comercializam paraquate no Brasil (que formam a chamada “Força-Tarefa paraquate”) afirmaram entender que “a saída de paraquate do mercado causaria impactos significativos na sustentabilidade da agricultura e na economia brasileira”. Leia a resposta na íntegra. Sobre o aumento das vendas visto como desova pelos pesquisadores, o grupo afirmou que “o abastecimento e comercialização de produtos à base de paraquate – como qualquer outro – é determinado pela demanda dos agricultores e sanidade de suas lavouras”. As empresas se recusaram a fornecer dados sobre vendas no mercado brasileiro ou mundial.

A Anvisa afirmou, por e-mail, que não vê contradição no aumento da venda de paraquate durante a transição, já que “a resolução não fixa um percentual de redução ou uma tendência esperada de queda durante os três anos”. Leia a nota na íntegra.

O aumento da venda de paraquate segue a tendência de crescimento do mercado de pesticidas no Brasil. De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), o setor dos agrotóxicos movimentou equivalente a US$ 10,5 bilhões em 2018, um aumento de 18% em relação a 2017. No topo de vendas aparecem os herbicidas (32,48%), categoria a qual pertence o paraquate. Questionada sobre o paraquate, a entidade afirmou que não divulga dados de comercialização referentes a ingredientes ativos específicos.



Afrouxamento

As discussões que levaram ao banimento do produto em 2020 começaram a se intensificar na Anvisa em 2008, quando o uso do paraquate passou a ser questionado após a divulgação de estudos indicando que o contato com o agrotóxico estaria associado à doença de Parkinson, além de ser potencialmente fatal quando há intoxicação, inclusive quando o trabalhador é envenenado sem estar aplicando o produto, como no caso de Júlio.

O paraquate também está associado a casos de suicídio e até mesmo à depressão. Tanto que a Coreia do Sul baniu o herbicida em 2011, após constatar que ele era responsável pela maioria das mortes desse tipo. A medida derrubou pela metade os índices de suicídios via intoxicação por pesticidas no país.

Diante desse cenário, a primeira resolução (RDC Nº 177) da Anvisa foi publicada em 22 de setembro de 2017, com o argumento de que existiam “evidências suficientes” da relação entre o agrotóxico e a doença de Parkinson.

Essa resolução definiu “medidas transitórias” pelos três anos seguintes até a proibição total em 2020. Entre elas, a proibição do uso do paraquate para fins dessecantes (seu principal uso no Brasil). Na ocasião, segundo a Anvisa, essa restrição serviria para proteger os trabalhadores que têm contato com o paraquate.

A Anvisa, no entanto, recuou apenas dois meses depois — e, em uma nova resolução (RDC 190) liberou o paraquate para ser usado como dessecante. A mudança ocorreu sob forte pressão de empresários do setor de agrotóxicos.

Cinco dias após a primeira resolução ser publicada, o alto escalão da Syngenta no Brasil e na América Latina se reuniu com a diretoria da Anvisa – em encontros que se repetiram outras vezes ao longo dos meses seguintes para tratar justamente do veto ao paraquate, como mostrava a agenda pública do órgão, revelada pelo The Intercept Brasil. Foi então criada uma força-tarefa das empresas produtoras e associações de produtores, que solicitaram à Anvisa a revisão de sua posição, conforme informado pelo próprio Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

Para Meirelles, da Fiocruz, essa permissão é um “comportamento bem ruim” para quem deseja banir o paraquate já que, na prática, é como “manter a liberação do produto”. No Brasil, cerca de 60% do manejo da substância é empregada na dessecação e está liberada para as culturas do algodão, arroz, batata, cana-de-açúcar, milho e soja, alguns dos principais produtos cultivados no Brasil.

A Anvisa não deixou claro o porquê do recuou do veto sobre o uso como dessecante, apenas informou que foram mantidas na segunda resolução as proibições imediatas, “responsáveis por garantir a redução das exposição aos trabalhadores”, como a proibição de produtos formulados em embalagens de volume inferior a 5 litros – que, segundo o órgão, evitaria o uso do produto por pequenos produtores. Assim, as embalagens de mais de 5 litros continuaram liberados.

'Pressão da ‘força-tarefa do paraquate'

Uma pessoa ligada ao setor de agrotóxicos afirmou à Repórter Brasil e à Pública que a “força-tarefa paraquate” continua trabalhando para que o banimento do agrotóxico seja revertido. “Apresentamos várias pesquisas e buscamos meio jurídicos para conseguir isso [o não banimento]”, afirmou.

A Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Paraná confirmou que Júlio morreu em decorrência da intoxicação causada por contato com agrotóxico.

As ações em curso para minar a suspensão foram confirmadas também por um funcionário de um órgão público que não quis ser identificado. Ele ressaltou que o contexto do governo atual seria um terreno favorável para tentar derrubar a resolução. “As empresas estão se reunindo para apresentar novos estudos e podem conseguir isso. Confesso que fico bastante preocupado”, disse.

A Anvisa afirmou que o processo está mantido e que, até o momento, não recebeu nenhum novo estudo questionando o banimento. A Syngenta e as outras empresas da força-tarefa não quiserem comentar sobre as reuniões com a diretoria da Anvisa.

Em um contexto em que há uma aprovação recorde de produtos agrotóxicos, a disputa contra as grandes produtoras vem deixando a esfera federal e passando para a municipal e a estadual.

É o caso do Rio Grande do Sul, o único estado no território brasileiro que tentou banir o paraquate. A iniciativa partiu da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), vinculada à Secretaria do Meio Ambiente. Em 2012, a fundação entrou na Justiça pedindo o banimento do paraquate no estado gaúcho. Na época, 14 marcas de agrotóxicos tinham autorização para comercialização no local. A decisão logo foi revertida judicialmente e, hoje, somente dois produtos (paraquate Alta 200 SL e Tocha) permanecem proibidos no estado.

‘Esse paraquate é mais que um veneno, é uma bomba atômica’

Outra dificuldade é a responsabilização em casos de contaminação. Um exemplo é o caso de uma escola no município Espigão Alto do Iguaçu (PR), a 356 quilômetros de Curitiba. Em novembro de 2018 quase 100 pessoas foram intoxicadas, no caso com mais vítimas na história recente do estado, conforme revelaram Agência Pública e Repórter Brasil.

A médica explica que apesar de a intoxicação ter sido bem menor do que no caso de Julio, a gravidade do caso está no fato de que, entre os afetados, havia 52 crianças. A maioria delas estudava em uma escola rural que funciona colada à área agrícola onde o veneno estava sendo aplicado. Quem entrou em contato com a nuvem de paraquate sofreu sintomas como fortes dores de cabeça, estômago e barriga, tonturas e vômitos – todos condizentes com os de intoxicação aguda pelo agrotóxico. O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar o caso, mas ninguém ainda foi indiciado.

No caso de Júlio, sua filha, que tinha 3 anos quando o pai morreu, recebe uma pensão do INSS pela morte dele. Mas o pai da vítima, José, lembra que até hoje não conseguiu nada da cooperativa onde ele comprou a soja com paraquate que matou seu filho. A investigação mostrou que após a soja com o agrotóxico foi colhida antes do período estipulado para dissipar melhor o produto. Assim, Júlio foi contaminado ao tocar na soja com paraquate e ao aspirar a poeira produzida ao descarregá-la.

“Uma indenização não vai pagar pela vida dele, claro. Mas é muita revolta. Esse paraquate é mais que um veneno, é uma bomba atômica. Tem mais gente que morreu aqui por causa dele. É muito difícil ver seu filho ir desse jeito…. Nossa vida desabou. A gente arrumou força com os amigos e pela minha netinha. Ele (Júlio) era quem fazia a mamadeira dela toda a noite.”

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Agrotóxicos proibidos no Brasil contaminam antas e alertam para perigo


terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Sobram os buracos para o sistema Mirante.



O PIG (Partido da Imprensa Golpista)  maranhense comandado pelo Sistema Mirante ainda teima em querer mostrar a população maranhense um Maranhão do caos sem escolas dignas, estradas pavimentadas e programas sociais.

Esse PIG não consegue sair do jornalismo vingativo, desde o início da derrocada da carcomida oligarquia Sarney. Propagandeando Fake News da desordem, marasmo, ódio e abandono dirigido ao atual governo estadual.

Os ataques exacerbados têm ainda tentáculos  no parlamento nacional, estadual e municipal, através dos representantes lambe botas da família oligarca, pelos jornalistas satélites do Sistema Mirante que tentam desmoralizar e desqualificar numa onda de difamação ao Governo Estadual atual e de sua equipe nas redes sociais.


Esse sistema vive pregando a mesma forma antiga do “quanto pior melhor”, totalmente fora do contexto conjuntural atual, repetidas nas décadas 80, 90 e até a primeira década dos anos 2.000. Quando seus inimigos eram desqualificados e afastados da luta eleitoral contra a oligarquia e aqueles que a enfrentavam, sofriam com armações difamatórias orquestradas pelo PIG central oligárquica.

Veja também:

Envergonhada, TV de Sarney volta atrás e suprime mentira dita ao vivo no Bom Dia Mirante


Hoje, o Governo de Flávio Dino consegue se desvencilhar dos ataques diários dessa turma, colocando a população a comparação de governos, com bastante lucidez e controle das suas contas, investindo em escolas dignas, hospitais, infraestrutura e programas sociais.

Com isso, na maioria das vezes o sistema Mirante nos seus programas locais juntamente com seus satélites, fica meio que tontos e como a ordem é para que não falem a realidade que passa no Maranhão, como obras, salários em dias, ficam a procurar de buracos pela Capital e nas cidades onde as administrações apoiam o governo de Flavio Dino.


Veja aqui o que o governo tá fazendo, acessando o link abaixo:


Vai chegar um momento que nem os buracos eles vão achar e se continuar desse jeito poderá fechar e deixar os seus puxa sacos sem pai sem mãe no meio da rua.

Artigo: Nota sobre Geoeconomia Verde.



Por Roberto César Cunha* e Carlos José Espíndola*

A segunda revolução industrial no século XIX, via a emersão da eletricidade, da química e do motor a combustão como novas trajetórias tecnológicas, direcionava o foco dos sistemas produtivos para a combinação do aumento da produção e da produtividade. Na agropecuária soma-se a revolução verde que foi responsável pela multiplicação de alimentos, “em proporções talvez equivalente ao do milagre da multiplicação dos peixes” (BUAINAIN, 2014). Entretanto, o progresso nos diferentes sistemas industriais e agroindustriais se fez em parte com o enorme esgotamento dos recursos naturais, que tiveram efeito sobre o meio ambiente e a sociedade. Nesse processo houve um desbalanceamento entre as três mais importantes esferas: econômica; social e ambiental - com o surgimento de doenças, alterações na qualidade da água, nas mudanças no clima regional, entre muitos outros. Hoje as políticas de desenvolvimento econômico devem levar em consideração a questão ambiental. Assim sendo, o capital natural é uma condição sine qua non nas agendas econômicas de diferentes países.

A inserção do meio ambiente na economia tem sua origem nos anos de 1970 devido à três fatores básicos: aumento da poluição em países desenvolvidos, principalmente, nos Estados Unidos da América e Japão; associação ao aumento no valor do petróleo entre os anos 1973 a 1979, o que instigou um debate sobre a viabilidade permanente dos recursos naturais não renováveis; e o relatório denominado “Os Limites do Crescimento”, que enfatizava se o crescimento da população e da economia se mantivessem, o meio ecológico não teria condições de continuar a suprir tamanha demanda de produção e consumo.

Esses três fatos contribuíram para que o sistema econômico começasse a levar em consideração a relação econômica com natureza. Com isso, surgiram conceitos como: economia ecológica e economia ambiental. Muitos anos mais tarde, destacou-se também, a economia verde. No entanto, alguns questionamentos permeiam estes conceitos: o que é economia ecológica, ambiental e verde? Quais as suas principais características? Existem diferenças entre elas? Quais são as diferenças? Há semelhanças? Quais? Que contribuição cada um destes conceitos pode trazer para o meio ambiente?

Dessa forma, em condensação, economia ecológica: tem suas motivações advindas da década de 1960, que por sua vez, foi a época em que a problemática ambiental começou a ganhar notoriedade no mundo. Compreende que a economia é apenas um subsistema dentro de outro sistema maior, que é a natureza, em palavras mais claras, determinismo ambiental com características indutivista. Uma linhagem teórica malthusiana, com perspectiva naturalista, santuarista e conservacionista. O progresso técnico é o responsável pelo desequilíbrio ambiental, especialmente, a grande indústria e a maquinaria, uma vez que, são os motores da degradação. Com isso, o aumento da produtividade geral dos fatores provoca desastres ambientais. Como saída, somente pelo decrescimento econômico e economia estacionária.

A Economia ambiental, surgida nos anos de 1970, se caracteriza, de modo geral, apenas pela ótica monetária. Vendo a economia um sistema superior, ou seja, possui forte inclinação a um determinismo econômico, com método dedutivo arcabouçado por modelagem matemática com objetivo de atribuir valores monetários aos recursos naturais. É embasada em teorias de economistas neoclássicos, tendo prisma naturalista, porém, preservacionista. O desenvolvimento tecnológico é um agente passivo na degradação da natureza, contudo, só é possível ter crescimento econômico e economia dinâmica através a valoração e preservação dos ativos ambientais.


A partir dos anos 1990, o conceito de economia verde foi lançado e propõe que o crescimento de emprego e renda deve ser impulsionado por: investimentos públicos e privados que reduzam as emissões de carbono e a poluição; uso de mecanismos que  aumentem a eficiência energética e  que impeçam a perda da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. Para isso realizar-se, depende de três dimensões: (1) diminuição do uso de energia advindo de combustíveis fósseis e aumento do uso de energia provindo de fontes renováveis; (2) promoção do uso de produtos e serviços que provém da biodiversidade, dando enfoque para que sejam criadas escalas de valor direcionados aos produtos florestais e serviços ecossistêmicos; (3) incitação de técnicas e tecnologias capazes de diminuir as poluições e resíduos provenientes do processo produtivo, sobretudo, inovações tecnológicas de caráter comunitários para inclusão de populações tradicionais. Porém, tem especificidade do multiculturalismo, do pós-modernismo, desenvolvimento social local e da economia solidária. Menos mitigação e mais adaptação às condições sociais.

Como visto, esses três conceitos, são passíveis de críticas, entre elas: mantém a natureza como base da sociedade e assim apresenta um determinismo ambiental; estabelecem a superioridade da sociedade, o que isso reduz ao reducionismo ambiental; e/ou uma visão paroquial, escala “glocal”, ou seja, sem noção de conjunto e perda da escala nacional.

Diante disso, uma abordagem nova na qual, de forma propedêutica, chama-se de "Geoeconomia Verde", se forja em aproximações sucessivas por meio de mais de trinta anos de estudos geoeconômicos. E três fatores, dentre outros, são fundamentais para atender as transformações econômicas, sociais, geopolíticas e ambientais do mundo na alvorada do século XXI: o desenvolvimento tecnológico - que por sua natureza e ritmo gera; o resgate central da Geografia como necessidade para entender: as relações (sociais e institucionais) multifacetadas dos sistemas produtivos.

Desta forma, o desenvolvimento tecnológico, com seus paradigmas e trajetórias, uma vez que, trazem uma relação de incerteza, leva, sobretudo, o conhecimento impreterível dos territórios. E em virtude disso, os sistemas produtivos se forjam com produtividades altíssimas, porém não similares. E esses três fatores permitem um outro não menos importante: informacionalidade das coisas / comunicabilidade das coisas.

Contudo, a perspectiva maior nessa abordagem é entender as peculiaridades do ser humano a partir de suas atividades produtivas e do seu modo de fruição. Assim, sem a fé filosófica no poder que os conceitos têm de criar e destruir o mundo, ao aniquilar conceitos, aniquila-se a “cisão da vida”, acredita-se que só é possível ser conquistada uma geoeconomia verde através do mundo real, pelo emprego de meios reais. Ela não será um ato do pensamento e sim um fato histórico, condicionado por condições históricas, pelas condições da indústria, da agricultura, do comércio e serviços.

*Roberto César Cunha - Geógrafo, doutorando em Geografia







 *Carlos José Espíndola - Geógrafo, doutor em Geografia






FONTE: Geógrafo Roberto César Cunha

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Durante o Prêmio Mochel, Raul Carrion lança o seu livro.

Raul Carrion na mesa do Prémio Mochel, lança seu livro.

Nesta sexta-feira, 13 de dezembro, às 19:00, no Hotel Veleiros, em São Luiz do Maranhão, realizou-se a 12a edição do Prêmio Mochel, entregue anualmente a homens e mulheres que dedicam a sua vida a causas sociais e humanitárias, na luta pela construção de "um outro mundo possível" mais justo e fraterno!

José Augusto Mochel - que dá o nome ao Prêmio - foi um destacado dirigente comunista, no Maranhão, precocemente falecido.

No evento, o Historiador e Presidente da FMG-RS, o ex-deputado pelo PCdoB no Rio Grande do Sul, Raul Carrion, fez o lançamento no Maranhão do seu livro "RAUL CARRION - A LUTA VALE À PENA".

A mesa dos trabalhos foi composta pelo deputado federal do PCdoB Márcio Jerry, pelo Prefeito de São Luiz (em exercício) Júlio Pinheiro, por Elba Mochel - viúva de José Augusto Mochel -, pelo Presidente da FMG-MA Fábio Palácio, pela Presidente UNEGRO-MA Rodivania Frazão e por Raul Carrion. 

O deputado Márcio Jerry abriu os trabalhos, ocorrendo após as falas de Fábio Palácio e Raul Carrion, que apresentou o seu livro.

Em seguida, o Prêmio Mochel foi entregue a diversas lideranças presentes.
Mais de 100 pessoas prestigiaram o evento, que ainda teve a presença dos deputados estaduais Rafael Leitoa e Duarte Junior; do vereador Marcelo Poeta; dos ex-deputados Professor Lima e Chico Leitoa; do ex-vereador Geraldo Castro; dos secretários estaduais Clayton Noleto, Flávia Alexandrina, Tatiana Pereira, Chico Gonçalves e Julio Mendonça; além da Diretora da Casa da Mulher Brasileira Susan Lucena, do Diretor da Escola de Governo Odair José e do Reitor da UFMA Roberto Brandão.

Foto da capa do livro

Os livros levados por Carrion esgotaram-se rapidamente, tendo este se comprometido em enviar para o Maranhão um número maior de exemplares.
Raul Carrion - que no último dia 11.12 concedeu uma entrevista de mais de 1h à Radio Timbiras - terá nesta segunda-feira, 16.12, às 10h, outra entrevista sobre o seu livro, na Rádio da Universidade Federal do Maranhão que será exibida na terça(17.12) pela manhã.


Fonte: Texto de Raul Carrion e título nosso.

PCdoB Maranhão cria coletivo de evangélicos

Comissão Política Estadual do PCdoB

O PCdoB do Maranhão anunciou, nesta sexta-feira (13), a criação de um coletivo de evangélicos que atuará na direção partidária coordenando a participação do segmento religioso.
Com previsão para ser composto e oficialmente instituído em janeiro do próximo ano, “o grupo será espaço de atuação dos evangélicos com fome e sede de justiça”, conforme explicou o presidente do partido, deputado federal Márcio Jerry.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

A oligarquia Sarney quer voltar ao poder, elegendo Eduardo Braide em São Luís!!

Foto: clodoaldoferreira.com.br

Com a filiação de Eduardo Braide no Partido Podemos o Consórcio Sarney, Murad e Roberto Rocha ganha mais um reforço na briga eleitoral de várias cidades no nosso estado, incluída a Capital que devem centrar apoio na pré-candidatura de Eduardo Braide a prefeito de São Luís.

O Pré-candidato Eduardo Braide que pousa de "bom moço", ex-PMN, cada vez mais vai parecendo com os representantes da velha política oligárquica, essa reinou por quase 50 anos no nosso estado.

Foto: maranhãodagente.com
De discurso fácil, reciclado da família Braide, tal o Adriano do Sarney, agora assume de vez ser a melhor opção dos sarneyzistas, grupo esse que vislumbra voltar ao poder pela capital, tendo no comando "um jovem" aventureiro que faz questão de se mostrar igual ao Bolsonaro, apolítico, homem de bem e o baluarte do moralismo.

Na oposição ao Governo Flávio Dino, dissemina sua insensatez e ódio, nas lacunas de mazelas ainda existente, herdadas pelo grupo que lhe apoia, numa forma de rebaixar o governo Dino, na tentativa de manter-se bem nas pesquisas, se colocando como "salvador da pátria" e que resolverá tudo e que todos os nossos problema serão resolvidos.

Qual a fórmula mágica desse "bom moço"?

Enfrentando os desmandos do Governo Bolsonaro ou se aliando a ele?

Foto: imirante.com
Ser representante fiel dos Sarneys, Murads e Roberto Rocha?

Ser o representante no Maranhão do Senador Álvaro Dias, acusado de vários crimes, poupado pela Lava Jato por ser amigo do Moro?

Qual será mesmo o futuro da nossa cidade, tendo como prefeito, um político marionete da derrotada oligarquia e oriundo de família latifundiária da região do Pindaré?

Ou basta ser oposição ao Governo Flávio Dino e as forças progressistas?

As eleições estão chegando, vamos refletir e debater para entender quem representa quem nesse processo.

Brasil tem 11 milhões de jovens que não estudam nem trabalham

No Brasil, quase 11 milhões de jovens de 15 a 29 anos não estão ocupados no mercado de trabalho e nem estudando ou se qualificando, de acordo com a Pnad Contínua, suplemento Educação, realizada pelo IBGE. Esse grupo, que representa 23% da população do país nessa faixa etária, ficou conhecido como “nem-nem” – um termo que se tornou controverso e, por isso, seu uso vem sendo evitado.

Segundo Joana Costa, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o termo “nem-nem” é a variação da sigla Neet (Not in Education, Employment, or Training – algo como “fora da educação, do emprego e da qualificação profissional”). A expressão surgiu na Inglaterra, nos anos 1990, durante as primeiras discussões sobre os jovens que não trabalhavam nem estudavam.

Mas, para a economista, diferentemente da sigla inglesa – que usa termos técnicos e mais formais –, a expressão em português acabou ganhando um tom pejorativo, por passar a ideia de que esses jovens são ociosos e que estão nessa situação, simplesmente, por vontade própria. “O termo tanto em português (nem-nem) quanto em espanhol (nini) são ruins porque dão a ideia de que o problema é do jovem, como se ele não quisesse trabalhar ou estudar”, afirma.

“É como se você estivesse culpando o jovem pela situação, sem olhar para as barreiras que ele está encontrando”, destaca a economista. Joana é uma das autoras do capítulo brasileiro da pesquisa internacional Millennials na América Latina e no Caribe: Trabalhar ou Estudar?.

Barreiras

Confirme a analista da pesquisa do IBGE Marina Águas, afazeres domésticos e cuidados de pessoas estão entre as principais barreiras enfrentadas pelos jovens para continuar os estudos ou arrumar um trabalho remunerado. Essa questão atinge principalmente as mulheres, que são maioria nessa situação. “Ainda existe todo o estigma do que é o afazer doméstico. Como ele não é valorado como trabalho, parece que a pessoa fica em casa sem fazer nada. Mas isso pode ser muito custoso para a vida dela”, comenta.

A analista cita um exemplo para ilustrar o dilema dessa juventude sem oportunidades. “Imagina: a pessoa tem que arrumar a casa, fazer comida para a família, botar a marmita do marido, cuidar dos filhos... Bota tudo isso no papel. Imagina o salário que ela precisaria ter para colocar outra pessoa fazendo as mesmas tarefas e, ainda, valer a pena ir para o mercado de trabalho”.

É o caso da carioca Luiza Perminio, de 27 anos. Em 2017, uma gravidez não planejada fez a jovem largar a faculdade. Desde que seu filho nasceu, ela passou a se dedicar integralmente à criança e à casa. Luiza explica que, para conseguir trabalhar ou estudar, precisaria matricular o filho em uma creche e ainda contratar alguém para ficar com ele no restante do tempo. “Seria só para dizer que eu estou trabalhando, pois basicamente pagaria para trabalhar. E ainda seria um serviço que a pessoa não faria da mesma forma que eu faço”, destaca.

Expectativas para o futuro

Joana Costa afirma que tanto o desejo de voltar aos estudos e ao mercado de trabalho quanto a descrença de que vai conseguir estão presentes na maioria desses jovens. E nnão só no Brasil, como nos demais países analisados na pesquisa de que participou. “Eles têm expectativas baixas em relação aos outros jovens, pois acreditam que exercem menos poder sobre os acontecimentos da vida deles e que têm menor capacidade em resolver problemas, em alcançar objetivos de longo prazo”, explica.

De acordo com Joana, não é possível definir se a situação que esses jovens vivem é causa ou consequência da baixa expectativa. Mas, para a economista, essa não é a questão mais importante para ser resolvida. “Seja um, seja outro, isso pode ser uma barreira para esses jovens saírem dessa condição. Então as políticas educacionais têm que ser pensadas para ajudá-los a superá-las”, aponta.
Com informações da Revista Retratos (IBGE)