Lendo
atentamente uma postagem bastante informativa do meu companheiro e blogueiro Ed
Wilson, pude observar que as investidas do governo de Roseana em querer fazer na
marra uma avenida para os ricos de forma não respeitosa e os pobres que estão na
luta em defesa do seu território é um grande exemplo da “luta de classes”, no
confronto legítimo entre os opressores representados pela oligarquia contra os
oprimidos representados pelos moradores e os defensores dos direitos humanos.
Essa luta
corresponde nada mais nada menos que a luta pelo poder nos terrenos econômico,
ideológico e político.
A
comunidade do Vinhas Velho composta por poucas casas e poucas famílias e com uma
área que representa um dos principais patrimônios
da história de São Luís com grande potencial turístico e isso não representa nada
a elite conservadora e oligarca do nosso estado.
Vale
lembrar que toda nossa cidade São Luís de 400 anos é Patrimônio Cultural da
Humanidade, não se restringe só a área do reviver.
“Antigo
território dos índios tupinambás, no Vinhais Velho foi edificada, desde 1612, a
igreja de São João Batista. Na vila foi instalada a primeira missão jesuítica
do Maranhão. O local é também um sítio arqueológico e Patrimônio Cultural
Brasileiro”, pontuou Ed Wilson.
Segue uma
parte do texto do blogueiro Ed Wilson onde com mais clareza, você consegue
observar uma verdadeira luta de classes:
Se quisesse fazer obras estruturantes para atenuar o
problemático trânsito de São Luís, a governadora Roseana Sarney (PMDB) deveria
priorizar os locais de fluxo intenso, como os retornos do aeroporto, São
Cristóvão e Forquilha, onde é urgente a construção dos elevados.
Mas, em
vez disso, o governo toca uma obra de luxo – a Via Expressa – cujo principal
objetivo é interligar os shoppings da cidade e estimular a especulação
imobiliária no entorno da avenida.
O(a)
leitor(a) sabe quem serão os principais beneficiários desses empreendimentos.
As elites
retrógradas que dominam o Maranhão anularam os espaços públicos de convivência
para obrigar a população a freqüentar os shoppings e enriquecer ainda
mais seus donos – sócios dos grandes negócios políticos no estado.
Destruíram
as praças e seus sentidos como centros informais de convenções, lugares de
encontro das pessoas, das trocas simbólicas, do trânsito humano, da vivência
comunitária; enfim, da política.
Os
territórios da urbanidade, as áreas verdes, os ambientes da humanização, dos
encontros interpessoais e das formas de vida que produzem a política cotidiana
foram dizimados em São Luís.
E uma
etapa mais agressiva está em curso – a inviabilidade das praias da ilha toda –
por uma ação agressiva da Caema, na gestão de Ricardo Murad, cunhado de Roseana
Sarney.
Sem áreas
de convivência nos bairros e no centro, com as praças destruídas, os terrenos
baldios transformados em lixões e as praias poluídas, o morador de São Luís é
coagido a freqüentar os shoppings e deglutir fast food nas praças
de alimentação.
E qual a
principal utilidade da Via Expressa? Ligar os shoppings Tropical,
Jaracaty e da Ilha.
É por
isso que o governo Roseana Sarney mandou a tropa de choque da Polícia Militar
destruir a barricada dos moradores do Vinhais Velho.
No velho
Maranhão, o poder público garante os interesses privados da oligarquia.