quinta-feira, 27 de junho de 2019

Aprovado PL que beneficia vítimas de Brumadinho, partidos Novo e maioria do PSL de Bolsonaro, votaram contra.

Foto: Ricardo Stuckert
Foi aprovado em Plenário na noite dessa terça-feira (25) o projeto de lei (PL 2788/2019) que estabelece as regras de responsabilidade social do empreendedor.
O PL foi fruto da Comissão Externa de Brumadinho, criada em fevereiro deste ano e que durante três meses realizou inspeções locais e ouviu dezenas de autoridades, especialistas, vítimas e testemunhas do desastre da Vale do Rio Doce em Brumadinho, Minas Gerais, que matou mais de 240 pessoas.
A proposta se aplica aos casos de licenciamento ambiental de barragens e de emergências (leia-se desastres) decorrentes de vazamentos ou rompimentos, ocorridos ou iminentes, dessas estruturas.
Estabelece os direitos das populações afetadas e a obrigatoriedade e critérios de reparação por meio de indenização e compensação social equivalente e o reassentamento coletivo obrigatório.
Neste breve artigo não examinamos o conteúdo da proposta mas interessa verificar como votaram os partidos em relação a essa matéria no Plenário da Câmara.
No caso particular desta lei, temos fatores interessantes que influenciaram no resultado. Obviamente que a comoção nacional em torno das mais de 240 mortes do acidente da Vale falou alto no Plenário.
Além disso, a proposta não cria nenhum tipo de constrangimento ou responsabilidade ambiental para as atividades agropecuárias diretamente, até porque elas não têm responsabilidade nesse tipo de atividade.
Ao contrário, no caso de acidentes que possam comprometer (poluir e degradar) áreas rurais cria direitos de indenização da comunidade, sobretudo proprietários rurais afetados.
O projeto de lei, que tramitou em tempo recorde (menos de quatro meses na Câmara), foi aprovado por ampla maioria de votos. Apenas dois partidos foram total ou majoritariamente contrários à proposta.
O NOVO, mais uma vez se destacou como o único partido que votou 100% contra o PL. O mesmo ocorreu na aprovação da MP 867 (Código florestal). O PSL também foi o único partido que votou majoritariamente contra a proposta.
Destacamos, entretanto, que no PSL todos os deputados de MG votaram favoravelmente ao PL. Isso é um indício de que a proposta é necessária e importante para as vítimas do desastre ambiental.
Mas ainda assim, em lugar de haver solidariedade para com a bancada mineira, o partido encaminhou voto contrário, ou seja, votou favoráveis às empresas criminosas e irresponsáveis. É de merecer registro que o líder do Governo da Câmara, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), votou a favor do projeto.
Obviamente não se trata de um projeto de lei de natureza ambiental comum. Sobre ele recai a pressão popular da comoção em torno das centenas de mortes recentes e da magnitude do desastre ambiental da Vale que comprometeu todo o Rio Doce, parte da Bacia Hidrográfica do Vale do São Francisco e inclusive áreas marinhas no litoral da Bahia e Espírito Santo.
Ainda assim, o resultado dessa votação constitui um interessante material de análise de comportamento desta nova Legislatura, e das bancadas partidárias no tema ambiental. Neste caso, não houve influência ou aderência da bancada ruralista à posição da extrema direita. O que mostra que quando a bancada ruralista não é contra, é possível aprovação de medidas socioambientais positivas.
Houve sim, neste caso, um alinhamento dos liberais de extrema direita (PSL e Novo) a favor das empresas de mineração, sendo que a própria bancada do agronegócio não atuou com a bancada do governo (PSL). O quórum registrado foi de 392 deputados (mais de 75% do total).
O resultado foi de 328 votos FAVORÁVEIS ao PL (84% dos presentes), 62 CONTRÁRIOS (16% dos presentes) e 1 Abstenção. Dos votos contrários, 32, ou seja, mais de 50% foram do PSL, e 8 do Novo (100% dos seus deputados).
Quanto ao Novo, começa a se consolidar o que se escuta nos corredores da Câmara a seu respeito de que ele nada mais é do que um PSL Personnalité (um puxadinho chique do PSL).
Veja como votaram os partidos:
Avante
TOTAL 4:  3 SIM, 1 NÃO (votou contra o PL o deputado Tito, da Bahia) e 3 AUSÊNCIAS

Cidadania
TOTAL 7:  6 SIM, 1 NÃO (votou contra o PL o deputado Arnaldo Jardim, de São Paulo), 1 AUSÊNCIA

DEM
TOTAL 25: 23 SIM, 2 NÃO (votaram contra o PL os deputados Kim Kataguiri, de São Paulo, e Carlos Henrique Gaguim, de Tocantins), 2 ausências mais o presidente Rodrigo Maia, que não vota (art. 17 do regimento).

MDB
TOTAL 25: 22 SIM, 3 NÃO (votaram contra o PL Celso Maldaner, de Santa Catarina, Darcísio Perondi, do Rio Grande do Sul, e Rogério Peninha, de Santa Catarina), 9 ausências.

Novo
TOTAL 8: 8 NÃO (TODOS os deputados do Novo votaram contra: Adriana Ventura, de São Paulo; Alexis Fonteyne, de São Paulo; Gilson Marques, de Santa Catarina; Lucas Gonzales, de Minas Gerais; Marcel Van Hatem, do Rio Grande do Sul; Paulo Ganime, do Rio de Janeiro; Tiago Mitraud, de Minas Gerais; e Vinicius Poit, de São Paulo).

Patriota
TOTAL 5: 3 SIM, 2 NÃO (votaram contra o PL os deputados Alcides Rodrigues, de Goiás, e Pastor Eurico, de Pernambuco).

PCdoB
TOTAL 7: 7 SIM e 1 ausência.

PDT
Total 7: 7 SIM e (curiosamente, 20 ausências).

PL
TOTAL 31: 31 SIM e 7 ausências.

PMN
TOTAL 2: 2 SIM.

Podemos
TOTAL 9: 8 SIM, 1 NÃO (votou contra o deputado José Medeiros, de Mato Grosso) e 2 ausências.

PP
TOTAL 29: 28 SIM, 1 NÃO (votou contra o PL o deputado Fausto Pinato, de São Paulo, e 10 ausências.

PRB
TOTAL 24: 21 SIM, 3 NÃO (votaram contra o PL os deputados Cap. Alberto Neto, do Amazonas, Severino Pessoa, de Alagoas, e Vavá Martins, do Pará, e 7 ausências.

Pros
TOTAL 10: 9 SIM E 1 NÃO (votou contra o PL o deputado Eros Biondini, de Minas Gerais).

PSB
TOTAL 29: 29 SIM e 3 ausências.

PSC
TOTAL 4: 2 SIM, 2 NÃO (votaram contra o PL os deputados Glaustin Fokus, de Goiás, e Paulo Eduardo Martins, do PR), 1 ausência.

PSD
TOTAL 28: 24 SIM, 4 NÃO (votaram contra o PL os deputados Joaquim Passarinho, do Pará; Reinhold Stephanes Jr., do Paraná; Sidney Leite, do Amazonas, e Wladimir Garotinho, do Rio de Janeiro) e 8 ausências.

PSDB
TOTAL 21: 20 SIM, 1 NÃO (votou contra o PL o deputado Eduardo Cury, de São Paulo) e 8 ausências.

PSL
TOTAL 40:  7 SIM (votaram A FAVOR DO PL no PSL os seguintes deputados Alê Silva, de Minas Gerais; Charlles Evangelista, de Minas Gerais; Delegado Marcelo Freitas, de Minas Gerais; Dr. Luiz Ovando, de Mato Grosso do Sul; Eneias Reis, de Minas Gerais; Léo Motta, de Minas Gerais, e Major Vitor Hugo, de Goiás).

Todos os demais do PSL ou votaram contra (32) ou estavam ausentes (14), e 1 abstenção (delegado Antonio Furtado, do Rio de Janeiro). Destacamos aqui que todos os deputados do PSL de Minas Gerais votaram a favor do PL.
Psol
9 SIM e 1 ausência.

PT
45 SIM e 9 ausências.

PTB
8 SIM e 4 ausências.

PV
3 SIM e 1 ausência.

Rede
1 SIM.

Solidariedade
9 SIM e 5 ausências.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Artigo do Governador Flávio Dino: "Governo feito por todos"

Flávio Dino

Desde que o povo do Maranhão decidiu tomar nas mãos as rédeas de seu destino, a história do nosso estado tem sido traçada por ele mesmo – o povo -, de próprio punho.

É o que estamos vendo acontecer desde 2015, com o Orçamento Participativo. Em um processo aberto, os cidadãos são chamados a propor quais eles acham que devem ser prioridades para os gastos do governo na sua região.

Este ano, estamos realizando 35 audiências públicas. Nesses encontros, as pessoas podem propor quais obras e serviços consideram essenciais. Depois de apresentadas, as prioridades passam por votação presencial, durante as audiências, e pelo site participa.ma.gov.br.

É com esse formato de participação popular ativa que temos construído o orçamento de cada ano. E não só. Também assim são definidos os principais instrumentos de planejamento governamental: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e, neste ano, o Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020-2023.

Desde 2015, já registramos mais de 15 mil participantes nas audiências e cerca de 100 mil pessoas votaram para seleção das ações prioritárias. Ao final, tudo é consolidado e inserido nos projetos de lei enviados à Assembleia Legislativa, a quem cabe deliberar definitivamente.

A partir de escolhas do Orçamento Participativo, já foram construídas ou reformadas centenas de escolas, como o Centro de Ensino Amaral Raposo, em Imperatriz. Também foi atendendo às demandas da população no Orçamento Participativo que fizemos os IEMAs de Cururupu e Santa Inês, bem como o novo campus da UEMA em São Bento, e abrimos vários hospitais regionais.

São obras levantadas com recursos públicos para servir ao povo. E que, por isso mesmo, pelo próprio povo devem ser escolhidas. O Maranhão tem um governo que é feito por todos e para todos. Como disse em meu discurso de posse lá em 2015, os Leões do Palácio não iriam mais rugir para a população. E é verdade, pois agora é o povo que está ocupando o Palácio.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Veja quem votou contra e a favor do decreto das armas de Bolsonaro no Senado

Boneco com arma de brinquedo em São Paulo.  (AFP)
O Senado decidiu derrubar, na noite desta terça-feira (18), o decreto do governo Bolsonaro que facilita a aquisição e o porte de armas para várias categorias profissionais no país. Em uma sessão polarizada, o texto acabou derrotado por 47 votos a 28. A decisão segue para apreciação da Câmara dos Deputados.
Desde o início da semana, parlamentares projetavam uma votação apertada para qualquer um dos lados, o que acabou não ocorrendo. O voto "sim" (a favor do Projeto de Decreto Legislativo que derrubou o texto de Bolsonaro) triunfou com 19 votos de diferença. Confira quem votou de cada lado:
SIM (Contra o decreto das armas):
- Eliziane Gama (Cidadania-MA)
- Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
- Álvaro Dias (Podemos-PR)
- Eduardo Girão (Podemos-CE)
- Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
- Romário (Podemos-RJ)
- Rose de Freitas (Podemos-ES)
- Styvenson Valentim (Podemos-RN)
- Antonio Anastasia (PSDB-MG)
- Mara Gabrilli (PSDB-SP)
- José Serra (PSDB-SP)
- Plínio Valério (PSDB-AM)
- Rodrigo Cunha (PSDB-AL)
- Tasso Jereissati (PSDB-CE)
- Mecias de Jesus (PRB-RR)
- Cid Gomes (PDT-CE)
-Weverton (PDT-MA)
- Kátia Abreu (PDT-TO)
- Wellington Fagundes (PL-MT)
- Daniella Ribeiro (PP-PB)
- Esperidião Amin (PP-SC)
- Jorge Kajuru (PSB-GO)
- Leila Barros (PSB-DF)
- Veneziano (PSB-PB)
- Fabiano Contarato (Rede-ES)
- Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
- Flávio Arns (Rede-PR)
- Humberto Costa (PT-PE)
- Rogério Carvalho (PT-SE)
- Jaques Wagner (PT-BA)
- Jean Paul Prates (PT-RN)
- Paulo Paim (PT-RS)
- Paulo Rocha (PT-PA)
- Confúcio Moura (MDB-RO)
- Eduardo Braga (MDB-AM)
- Renan Calheiros (MDB-AL)
- Jarbas Vasconcelos (MDB-PE)
- José Maranhão (MDB-PB)
- Marcelo Castro (MDB-PI)
- Simone Tebet (MDB-MS)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Omar Aziz (PSD-AM)
- Jayme Campos (DEM-MT)
- Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
- Renilde Bulhões (Pros-AL)
- Zenaide Maia (Pros-RN)
- Reguffe (Sem partido-DF)

NÃO (a favor do decreto das armas):
- Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
- Major Olímpio (PSL-SP)
- Juíza Selma (PSL-MT)
- Soraya Thronycke (PSL-MS)
- Angelo Coronel (PSD-BA)
- Arolde de Oliveira (PSD-RJ)
- Lucas Barreto (PSD-AP)
- Carlos Viana (PSD-MG)
- Nelsinho Trad (PSD-MS)
- Chico Rodrigues (DEM-AP)
- Marcos Rogério (DEM-RO)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
-Vanderlan Cardoso (PP-GO)
- Mailza Gomes (PP-AC)
- Elmano Férrer (Podemos-PI)
- Lasier Martins (Podemos-RS)
- Izalci Lucas (PSDB-DF)
- Roberto Rocha (PSDB-MA)
- Jorginho Mello (PL-SC)
- Marcos do Val (Cidadania-ES)
- Telmário Mota (Pros-RR)
- Márcio Bittar (MDB-AC)
- Luiz do Carmo (MDB-GO)
- Dario Berger (MDB-SC)
- Eduardo Gomes (MDB-TO)
- Fernando Bezerra (MDB-PE)
- Zequinha Marinho (PSC-PA)

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Band/DAZN vai transmitir Série C do Brasileirão

Foto: iStock

A TV Bandeirantes anunciou nesta sexta-feira um acordo com o DAZN para exibir a Série C do Campeonato Brasileiro. Os jogos estarão disponíveis para o Norte e Nordeste do país, sempre aos sábados, às 17h (de Brasília), com narração de Matheus Sukar e comentários de Aderval Barros. A estreia será neste sábado (8), com o duelo entre Remo X Volta Redonda. 

"A parceira com o DAZN faz parte do projeto da Band de ter uma grade esportiva bem competitiva, atendendo uma demanda do público por uma programação com muito esporte", afirmou José Emílio Ambrósio, diretor de Esportes da emissora. 

Fonte: Uol Esporte

Estou vivo!

Deputado Federal Marcio Jerry
Ontem me mataram. Uma morte planejada, cheia de detalhes sofisticados, que incluía hora, registro do local, modelo e o prefixo do jatinho no qual eu supostamente estava, com os nomes dos pilotos que me conduziam de volta à minha capital, São Luís. Em ‘nota oficial’, divulgada no Portal do Governo do Estado, a notícia sobre o meu falecimento foi ilustrada com minha foto, sorridente, de modo a não deixar dúvidas sobre a minha identidade como vítima do acidente fatal. Profissionalmente redigida, seguindo o roteiro jornalístico, a reportagem também foi complementada por imagens dos destroços, cumprindo mais um preceito da profissão que é, por formação, a minha.
É certo que não morri. E hoje, mais vivo que nunca, somando-me à lista de figuras públicas que tiveram sua morte falsamente difundida pelas chamadas fake news, é que escrevo estas linhas sobre a realidade destes novos tempos, em que a cultura das falsas informações se alastra e avança, sem controle e em uma rapidez vertiginosa. Passado o susto e desfeito os contratempos gerados por aqueles que me “assassinaram”, tenho claro que meu caso não se trata de fato isolado. No contexto desse novo mundo distópico, os crimes cibernéticos têm se mostrado uma espécie de gigante que, muitos de nós, Davis, antes do combate, estudam a melhor estratégia sobre a melhor forma de detê-lo.
Agora, vivo, como primeiro-vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) e autor de requerimento para instalação de uma Subcomissão que tentará encontrar soluções legislativas sobre como enfrentar o fenômeno das fake news e os crimes cibernéticos, sinto, ironicamente, que me tornei objeto de minha própria análise. A experiência, no entanto, despertou ainda mais em mim a clareza de que estes novos tempos não fazem parte de um fenômeno transitório. São uma perfeita tempestade trazida pela tecnologia e que não se dissipará nos próximos anos. Urge, pois, que tratemos o problema como a prioridade que lhe é devida.
Mais do que repelir, repudiar e reprimir os crimes cibernéticos, é premente que se debata na sociedade, na Câmara dos Deputados e Senado, saídas para o fluxo de crueldades e mentiras, quebrando um ciclo previsto por muitos futurologistas. A consultoria de tecnologia Gartner, por exemplo, assegurou em um de seus relatórios (Previsões Tecnológicas 2018) que, em 2022, cidadãos de todo o mundo consumirão mais informações falsas do que verdadeiras.
Na nova economia de dados, e com a instalação de tecnologias como o 5G batendo à porta do Brasil, é preciso que estejamos atentos e preparados para a gestão de dados, controle de informações, amparados por um arcabouço mínimo que nos permita lidar com o assunto, em segurança. Diante deste paradigma que se impõe, as diferentes rupturas, muito além do plano pessoal, tem levado a um novo cenário político, condicionando a forma como vemos, reagimos e entendemos a realidade ao nosso redor.
Bombardeados por informações, não deciframos com a instantaneidade exigida o que é falso ou verdadeiro. Neste contexto de mentiras e de criação de novas verdades, é inadiável o debate sobre uso partidário de falsas mensagens.
As últimas eleições presidenciais estão aí para provar a força deste novo recurso e como isso pode afetar a realidade. A democracia brasileira sucumbiu às inverdades ao eleger para presidente um candidato que recorreu, sabidamente, à difusão de falsas informações para chegar ao mais alto posto da República. Isso mostra, também, como diante da tendência lançada pelo bolsonarismo, a ficção acaba se tornando, pela força da repetição, em realidade e esta, em “verdade compartilhada”. O esforço conjunto para combatê-las está nas mãos de todos nós.
*Márcio Jerry, deputado federal (PCdoB-MA)

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Ratinho garfa merchandising da Previdência


Por Altamiro Borges

Uma notinha minúscula no site da revista Época revela nesta segunda-feira (3) que “a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência desembolsou o valor de R$ 268.500 para a veiculação de merchandising a favor da reforma da Previdência no Programa do Ratinho, no SBT. Os valores foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. A ação foi realizada no âmbito da Campanha Nova Previdência, com veiculação de 20 de fevereiro a 31 de março. Neste ano, a Secom já gastou R$ 6,5 milhões com campanhas a favor da reforma”. 

O orçamento previsto para ludibriar a sociedade com anúncios favoráveis ao golpe na aposentadoria é de 40 milhões de reais. Além da publicidade escancarada nos horários comerciais das emissoras de rádio e tevê, nas páginas dos jornalões e revistonas e nos sites da mídia monopolista, a campanha inovou agora com as peças de merchandising – que são consideradas mais sutis e eficientes. Sem informar que se trata de anúncio pago, as celebridades midiáticas farão a campanha em defesa da “deforma”, enganando os midiotas desavisados. 



Além do falastrão Ratinho, outros “famosos” da TV já teriam sido contratados pelo laranjal de Jair Bolsonaro. Luciana Gimenez, que se separou recentemente de Marcelo de Carvalho, o dono trambiqueiro da RedeTV!, é outra figura exótica que teria sido seduzida. Fala-se também em Rodrigo Faro, Milton Neves, Ana Hickmann e José Luiz Datena. A Secom se recusa a divulgar os nomes dos vendidos. A Época informa que “perguntou se o órgão havia contratado, de maneira direta ou por meio de agências de publicidade, figuras públicas para a propaganda da reforma da Previdência. Apenas o merchandising no Programa do Ratinho foi mencionado”.


Ratinho deve R$ 76,4 milhões em impostos

O curioso nessa história é que as tais celebridades midiáticas são milionárias, não dependem da Previdência e, muitas delas, estão metidas em maracutaias. O repórter Igor Carvalho, do jornal Brasil de Fato, cita o caso emblemático do próprio bravateiro do SBT: 

“Contratado pelo governo federal para ser garoto-propaganda da Reforma da Previdência, o apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, deve R$ 76,4 milhões em impostos à União. Os débitos, quando isolados, revelam que do montante, R$ 38 mil são dívidas com a Previdência Social. Os dados estão disponíveis no banco de dados de dívidas ativas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, vinculada ao Ministério da Economia. As dívidas fiscais foram acumuladas por uma das empresas de Ratinho, a Agropastoril Café no Bule Ltda, com sede em Apucarana, no Paraná, e que é responsável por administrar as fazendas da família Massa”.

FONTE: Blog do Miro

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Deputada plagiadora, líder do governo Bolsonaro, veio ao Maranhão ganhar dinheiro e agredir o governo

Missão dada, missão cumprida (Foto: reprodução do Instagan)
A deputada Joice Hasselmann, líder do governo Bolsonaro no Congresso, continua com sua jornada de caça a níquéis nos finais de semana, agora foi a vez de São Luís, onde, segundo algumas fontes, cobrou 100 reais por cabeça em uma sala de um hotel da cidade, promovida pela Associação Comercial do Maranhão para palestrar sobre o tema da "nova previdência".

Acontece, pelo que está se observando essas viagens dessa deputada, o objetivo mesmo é ofender e jogar a população contra os gestores que não apoiam a política do desgoverno do seu patrão.

Aqui em São Luís, no sábado(01), não foi diferente.

Sobre a palestra da "nova previdência", como não tem como convencer, não é dado importância para a deputada, agora caluniar e agredir a gestão do governo do estado, ela foi muito incisiva, com ódio e sem informações sobre o Maranhão.

O governador Flávio Dino comentou nas redes sociais, sobre esse episódio de pura insanidade da deputada e seus organizadores, veja abaixo:

“Há uma nova moda na extrema-direita: figuras políticas de pouca expressão me agredindo com mentiras, termos chulos, baixarias. Não respondo a esse tipo de coisa. Tenho juízo, boa educação e mais o que fazer. Depois de 15 inaugurações em 15 dias, já temos mais nesta semana. Avante.”

Deputada procure legislar em favor do povo que é seu papel!

Cidadão de bem espanca a amante grávida e se mata. O Bozo lamenta a perda do herói

Hoje de manhã tuitei a notícia de que um tal de Tales Alves Fernandes, que se auto-intitulava Tales Volpi, mais conhecido como MC Reaça, havia se suicidado ontem. 

Tales fez jingles para Bolso no ano passado. O mais famoso era um que foi tocado num comício do fascista. A letra dizia: “dou para a CUT pão com mortadela e para as feministas ração na tigela. As minas de direita são as ‘top’ mais bela enquanto as de esquerda tem mais pelo que cadela”. Num momento em que mulheres de todo o país se uniam para gritar #EleNao, músicas comparando mulheres a cadelas animavam os comícios de Bolso.
Sinceramente, não dava pra dizer que Tales faria falta.
Mas a história não acaba aí. Bolsominions primeiro lançaram aquelas teorias da conspiração de sempre, alegando que Tales não havia se suicidado, e sim sido assassinado pela esquerda. Outros juravam que ele não morreu. Muitos pediam investigação e saudavam o funkeiro como herói.

Agora sabemos o que realmente aconteceu:
 
Tales era casado mas tinha uma amante, que estava grávida dele. Quando ela contou a ele da gravidez, ele tentou matá-la. Ela foi brutalmente espancada e está em estado grave num hospital em Indaiatuba. Depois de bater nela, Tales saiu de moto. Gravou dois áudios para a esposa (escute aqui), se desculpando e pedindo que ela ajudasse a cuidar do filho dele com a amante, caso o espancamento não tivesse provocado um aborto. Em seguida se enforcou numa árvore.

Um relato em vídeo conta que Tales ligou para o pai depois de ter batido na amante. O pai decidiu ficar do lado da moça e foi socorrê-la. Tales aindatentou simular um assalto para encobrir a tentativa de feminicídio. Ele supôs que havia matado a amante o filho.

Não sei se Bolso já sabia disso quando homenageou o ativista em seu twitter: 

"Tales Volpi, conhecido como Mc Reaça, nos deixou no dia de ontem. Tinha o sonho de mudar o país e apostou em meu nome por meio de seu grande talento. Será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil. Que Deus o conforte juntamente com seus familiares e amigos”. Nenhuma palavra de solidariedade à mulher que ele tentou matar.
Já Dudu Bolso escreveu que "fica a imagem de um homem alegre, trabalhador, gente fina e criativo. A sua força deu resultado!" 

No Facebook de Tales, alguém escreveu: "Venho aqui comunicar a partida de um Herói. Um cara grande demais para um mundo tão pequeno". 
Um herói talentoso e humilde, um cara incrível que queria mudar o Brasil. São esses os cidadãos de bem no Brasil fascista.
Vale lembrar que uma artista talentosa de verdade, Beth Carvalho, morreu esses dias. Sem merecer um tuíte do presidente dos ignorantes.