Após uma reunião com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, Jair Bolsonaro afirmou ter “certa afinidade com o príncipe”, que é suspeito de mandar assassinar o jornalista Jamal Khashoggi, morto no interior das dependências da embaixada da Arábia Saudita na Turquia.
Nesta segunda-feira (28), Bolsonaro participou de um jantar com o príncipe saudita e nesta terça-feira (29) deverá voltar a se encontrar com Salman para uma reunião de negócios. "Tenho uma certa afinidade com o príncipe. Em especial depois do encontro em Osaka”, disse Bolsonaro após o encontro.
Em um relatório datado de junho, a ONU diz existirem "provas confiáveis" da participação de Mohammed bin Salman na morte do jornalista.
Foi assim que @JairBolsonaro respondeu à pergunta de uma repórter sobre a pauta dos encontros dele com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, logo mais em Riade, Arábia Saudita. Leia:
Eduardo Bolsonaro correu feito um maluco em pleno congresso (Foto: Erick Mota)
Após lutar e conseguir destituir o líder do PSL na Câmara e assumir seu lugar, Eduardo Bolsonaro (SP) saiu correndo para fugir da imprensa. Ele apareceu no Plenário da Câmara de surpresa e fez uma fala breve contra o Foro de São Paulo. Quando a imprensa foi abordá-lo, ele correu, e muito, por três anexos do Congresso Nacional. O deputado esbarrou em pessoas. Seu segurança deixou um celular cair pelo caminho.
Antes de o filho do presidente da República deixar o Plenário, a deputada Caroline De Toni (PSL-SC) tentou despistar a imprensa e saiu pela entrada principal. Ao chegar no Salão Verde, ela também tentou correr. Ao perceber que a imprensa não estava atrás dela, parou e perguntou: "De quem vocês estão atrás?". Logo na frente estava Eduardo Bolsonaro, que começou a correr.
Os jornalistas foram atrás do deputado. Começou então uma correria na Câmara. No vídeo, é possível ver que o deputado só parou de correr ao descer as escadas que dão acesso ao Anexo 4.
Eduardo, assumiu a liderança do PSL na última segunda (21), após uma guerra de listas dos deputados da legenda para decidir quem ficaria com o cargo na Câmara.
De acordo com a sentença: “o réu praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, menor de 14 anos de idade, consistentes em retirar a roupa desta e esfregar o pênis na menina e em agarrá-la por trás e passar a mão em sua vagina”
O músico bolsonarista Fred Pontes, que também é presidente da Associação Nacional dos Conservadores (Acons), acaba de ser condenado em definitivo a 6 anos de reclusão por atentado violento ao pudor (hoje crime análogo à estupro de vulnerável).
A vítima, aluna do Colégio da Polícia Militar e que na época tinha dez anos, acusou Fred Pontes, que tinha 30 anos, de tê-la abordado com o intuito de que ela pegasse no seu órgão sexual. O crime aconteceu na casa de Fred. A menina era aluna de sua mãe.
Fred Pontes já havia recebido a sentença em outubro do ano passado. Recorreu, mas o Tribunal de Justiça da Bahia – por unanimidade – acaba de negar a apelação e manteve a decisão do juiz Paulo Ney de Araújo:
“Condenação confirmada porque a prova carreada aos autos demonstra, de forma segura e conclusiva, que o réu praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, menor de 14 anos de idade, consistentes em retirar a roupa desta e esfregar o pênis na menina e em agarrá-la por trás e passar a mão em sua vagina, condutas que caracterizaram os delitos de atentado violento contra o pudor com violência presumida pelos quais foi corretamente condenado.”
Encrenqueiro conhecido
Fred Pontes é um conhecido encrenqueiro em Juazeiro do Norte. Já foi acusado, entre outros casos, de agredir uma jovem pelas redes sociais. Alertado sobre o risco de responder a processo judicial, ele respondeu: “Vc sabe a qts eu respondo?” Uma jovem estudante de 18 anos, que mora em Juazeiro e estuda Artes Visuais na Univasf, manifestou sua opinião sobre aborto no Facebook, quando ele fez ataques, com termos chulos e agressivos.
Declarações de Bolsonaro sinalizam possível rompimento com Bivar e o PSL
A tentativa do presidente Jair Bolsonaro de se descolar do PSL se espalhou como um rastilho de pólvora dentro da bancada do partido, uma das mais belicosas do Congresso. A declaração dada nesta terça-feira (8) por Bolsonaro – de que o presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), está “queimado pra caramba” e que é melhor esquecer o PSL – deflagrou uma lista de apoio ao presidente, outra de solidariedade a Bivar, troca de acusações entre diferentes alas, briga por dinheiro e racha entre calouros e veteranos.
Em sua quinta legenda, Bolsonaro tem histórico de relações complexas com partidos políticos. Como vereador e deputado federal, construiu sua trajetória ignorando a orientação partidária em votações e atacando as agremiações em seus discursos. Nas vezes anteriores, porém, era mero coadjuvante.
Bolsonaro está cercado de um grupo de parlamentares que reivindica que Bivar abra mão da presidência do partido que criou há mais de duas décadas e a ceda a um homem de confiança do presidente, a exemplo do que ocorreu na campanha presidencial, quando Gustavo Bebbiano comandou o partido apenas no período eleitoral.
Aliados de Bolsonaro alegam que Bivar não está preocupado com o presidente, mas com o destino dos milionários fundos partidário e eleitoral a que o PSL terá acesso em função do número de vagas conquistadas na Câmara, ocupadas – lembram eles – graças à onda bolsonarista. Estima-se que o partido receberá, apenas em 2020, mais de R$ 300 milhões somados os recursos dos dois fundos.
Já a ala que defende Bivar vê o movimento de Bolsonaro como uma traição. Para eles, não há como admitir que o deputado pernambucano, que abriu as portas da legenda para Bolsonaro disputar as eleições, seja deposto por pessoas que ingressaram recentemente no partido.
Bivar queimado? Ala do PSL questiona decisão de Bolsonaro de manter ministro denunciado por candidatas laranjas
O grupo também não aceita perder o controle sobre recursos públicos para campanhas eleitorais. Alegam que os dois casos de corrupção que mais deixaram o partido “queimado” – palavra usada pelo presidente para se referir a Bivar – estão no quintal dele: as suspeitas de corrupção em torno do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Ambas tratadas com indiferença pelo presidente.
Confira, no vídeo, a declaração de Bolsonaro que causou toda a polêmica:
O deputado Junior Bozzella (PSL-SP) é o porta-voz do grupo que apoia Bivar. Ele diz que não há por que a legenda se opor a uma eventual saída de Bolsonaro da sigla. “Não consigo encontrar outro entendimento para Bolsonaro querer deixar o PSL que não seja essa questão que envolve o dinheiro do partido. O PSL defende 100% o governo nas votações, faz gestos financeiros e políticos através do Bivar. Essa questão de ter o controle do partido não vai levar a lugar algum. O presidente tem quatro anos pela frente, o PSL tem uma vida”, afirmou.
Bozzella: "Não consigo encontrar outro entendimento para Bolsonaro querer deixar o PSL que não seja essa questão que envolve o dinheiro do partido"
Bozzella diz que Bivar fez concessões aos diretórios paulista e fluminense do PSL, contrariando até mesmo o estatuto partidário, para atender a interesses paroquiais dos filhos do presidente, Flávio e o deputado Eduardo Bolsonaro (SP). “Bivar entregou a chave do PSL, do fundo e do controle partidário, e a segurança jurídica [da legenda] ao presidente. Fatalmente ele seria sabotado em outro partido”, defendeu o parlamentar, que ressalta que entrou no PSL quase dois anos antes do presidente.
Para o deputado paulista, Bolsonaro corre o risco de repetir um erro que o PT e os ex-presidentes Lula e Dilma cometeram. “Eles erraram quando confundiram o Palácio com o partido. O presidente não pode misturar as pautas. Ele tem de tocar o país”, disse.
“Ou entrega ou saímos”
O deputado Bibo Nunes (RS), que há meses expressa publicamente seu descontentamento com Bivar e o PSL, considera que só há duas alternativas em jogo. “Ou o Bivar entrega o partido para o Bolsonaro ou sairemos do PSL”, disse ao Congresso em Foco. “Não é Bolsonaro que está preso ao partido. É o partido que está preso a Bolsonaro. Trocar de partido não é coisa de outro mundo”, acrescentou.
Bibo, que flerta com o Patriota, afirma que, se resolver deixar o PSL, Bolsonaro será acompanhado por mais de 35 dos 53 deputados. Para o gaúcho, falta respeito por parte do comando da sigla em relação ao presidente. “Quem é do PSL e cobra o presidente tem é que se declarar oposição”, protestou. O Patriota é apontado por ele como um possível destino do presidente caso decida deixar o PSL. “Ele deu nome ao partido, antigo PEN, quando quase se filiou”, contou.
Ele acusa o grupo de Bivar de ter olhos apenas para os fundos partidário e eleitoral. “Eles abriram o partido para o Bolsonaro prometendo que agiriam diferente. Mas deram sala e cargos comissionados para o Alexandre Frota [que se filiou ao PSDB após ser expulso do PSL] atacar o presidente em plenário e em entrevistas. Isso é ser parceiro? Estão preocupados com dinheiro. Bolsonaro não é ‘dinheirista’”, atacou.
Deputados do PSL insatisfeitos com a atual direção ainda discutem uma estratégia em comum. Pela legislação eleitoral, o mandato deles pertence ao partido. Para não serem cassado por infidelidade partidária, eles precisam apresentar uma justa causa, como comprovar que são perseguidos politicamente ou que estão indo para uma nova legenda. Para muitos deles, esse é o caminho mais seguro para a manutenção de seus mandatos.
Veja a festa de filiação de Bolsonaro ao PSL:
“Mais sozinho”
Gustavo Bebbiano, que presidiu o PSL durante a campanha eleitoral, disse ao Congresso em Foco que não vê motivo para a ameaça de debandada de Bolsonaro. "Até onde sei, o Bivar cumpriu tudo o que combinou. O PSL acolheu o Jair e viabilizou a sua eleição. Não acho correto falar assim de um aliado. Não mesmo!", declarou. "O Jair parece fazer questão de ficar cada vez mais sozinho. Não é assim que se faz política", emendou o advogado, demitido da Secretaria-Geral da Presidência após se desentender com o presidente e um de seus filhos.
Os líderes do PSL na Câmara e no Senado também manifestara incredulidade com as declarações do presidente. O senador Major Olimpio (SP) disse ter ficado “perplexo” com os comentários de Bolsonaro. “Eu não vejo motivos, se tiver qualquer circunstância é mais fácil resolver qualquer circunstância ou desacordo do que ele sair”, declarou. “Pegou a todos de calças curtas”, acrescentou.
Líder da bancada na Câmara, Delegado Waldir(GO) foi duro ao rebater o comentário do presidente. “Como você fala do quintal alheio se o seu quintal está sujo? As candidaturas em Minas Gerais e Pernambuco estão sendo investigadas. Mas o filho do presidente também", declarou ao site da revista Época. "Bolsonaro não está algemado no PSL, não. Aqui não tem ninguém amarrado. Candidatos majoritários, como o presidente, governadores e senadores, têm liberdade para trocar de partido quando quiserem", destacou.