sábado, 30 de novembro de 2013

Pesquisa: Dilma deixa a oposição só na "carreira da poeira"

De junho para cá, os pré-candidatos a presidente fizeram o possível para recuperar a popularidade perdida por causa do abalo provocado pelas manifestações de rua em todo país. Por enquanto, só a presidente Dilma Rousseff segue em trajetória ascendente. A oposição oscila entre bons e maus momentos, e agora encolheu um pouco mais, segundo o Datafolha.

Dilma ou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, lideram a corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 --o Datafolha testou nove combinações de nomes.

A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.

O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Apesar do conforto momentâneo que oferecem a Dilma, os eleitores emitem um sinal contraditório para a petista. Dois terços dizem preferir que "a maior parte das ações do próximo presidente seja diferente" das adotadas por ela.

Entre todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo Campos (PSB). Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o socialista, 15%.

Nesse cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período. Ganharia no primeiro turno.

A presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça de chapa nas eleições do ano que vem.

Numa das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20% de Serra.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.

Diferentemente de Dilma, o ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno nos quatro cenários em que seu nome aparece --inclusive contra Marina e Serra.

Fonte: O Esquerdopata

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Secretários de Segurança e da Saúde do Governo de Roseana Sarney humilham médico estrangeiro.

Será racismo, xenofobia ou contra o programa mais médico?
 
Meus caros internautas, no Maranhão já chegamos ao cúmulo do absurdo. Para piorar mais a situação desse governo oligárquico, os auxiliares da governadora Roseana Sarney, Ricardo Murad [seu cunhado] e Aluízio Mendes, ambos secretários de saúde e segurança respectivamente, praticaram mais um crime em nosso estado. Além de cometerem crimes nessas duas importantes pastas, como descaso e umas das piores gestões, denunciaram e prenderam o médico nigeriano, o Dr. Kingsley Ify Umei-lechukwu, acusado por ser “falso médico”.
 
Essa ação policial aconteceu no último sábado, dia 23/11, em Bacuri, na região da Baixada Maranhense, o médico estava de serviço no hospital municipal daquele município.
 
Acontece que esses dois secretários da família Sarney, que hoje fazem dobradinha eleitoral, são pré-candidatos, o da saúde para federal e o da segurança para estadual, pegaram em “fio pelado”. O médico nigeriano Kingsley Ify Umei-lechukwu, depois de todo esse constrangimento e humilhação, ao ser solto, conseguiu provar que é formado em medicina pela Universidade de Lagos, na Nigéria e com diploma validado pela Universidade  Federal de Mato Grosso(vejam abaixo).
 
 
 
 
 
Uma lástima. É muito lamentável essa situação, vejam a que ponto esse governo oligárquico chegou, um tremendo erro de comportamento, uma imoralidade, mostrando sempre como essa turma dos Sarney, trata os indivíduos, independe quem for e de que forma.
Esses dois deveriam se informar antes, as secretarias que eles dirigem deve possuir no mínimo todas informações possíveis sobre o cadastro na área saúde e na segurança, antes de tudo, deveriam identificar primeiro a origem e como chegou no município o médico nigeriano, o Dr. Kingsley Ify Umei-lechukwu que deve entrar, através de seus advogados, com um processo contra o Estado por danos morais e impedimento de exercer a medicina.
Até agora a nossa equipe não foi informada se esses dois secretários tiveram pelo menos a hombridade de se retratarem publicamente ao estrangeiro, ou a ficha caiu? Mostrando que são racista e xenófobo? Ou estão esperando a presidenta Dilma pedir desculpas.

Estamos aguardando para divulgar as retratações!

 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sancionada lei que proíbe itens coletivos no material escolar



 
A presidenta Dilma Rousseff acaba de sancionar a Lei 12.886/2013, que proíbe as escolas de exigirem dos pais, nas listas de material escolar, itens de uso coletivo e produtos considerados abusivos. A lei, originária do projeto 126/2011, de autoria do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), entra em vigência já nesta quarta-feira, 27/11, data de sua publicação no Diário Oficial da União (bit.ly/1aXUFyu ), e proíbe a exigência de itens como papel ofício em grandes quantidades, papel higiênico, álcool, flanela e outros produtos administrativos, de consumo, de limpeza e higiene pessoal. As escolas também ficam impedidas de criar taxas de material escolar, para compensar os itens que não poderão mais fazer parte da lista de material.
 
Aprovado de forma terminativa pelo Congresso Nacional, no último mês de outubro, o projeto de lei que beneficia pais e estudantes em todo o País obteve grande repercussão nacional nos meios de comunicação. Para o deputado Chico Lopes, a sanção da lei, sem vetos, pela presidenta Dilma, confirma que os pais, que nesta época cuidam da matrícula dos filhos para 2014 e já se preparam para as despesas extra típicas do período, terão um grande alívio no bolso.
 
Caso itens abusivos e de uso coletivo constem da lista de material ou do contrato firmado entre a escola e os pais, a cláusula do contrato que dispõe sobre o material será considerada nula. As escolas também não poderão criar taxas específicas de material escolar, para “compensar” os itens que não poderão mais ser inclusos na lista, alerta o deputado Chico Lopes.
 
Pela lei, as escolas de todo o País estão proibidas de incluir, na lista de material escolar solicitada aos pais de alunos, itens de uso coletivo, como material de escritório e de limpeza e outros insumos utilizados para atividades administrativas, não para uso direto dos estudantes em atividades pedagógicas.
 
"A sanção da Lei 12.886, de 26 de novembro de 2013, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 27, é uma grande vitória dos consumidores", avalia Chico Lopes. "Ao longo desse tempo de tramitação, tivemos oportunidade de divulgar esse direito do consumidor, que também foi buscado por entidades como os Procons, através de portarias, por exemplo. Agora, com força de lei, a medida passará a ser respeitada em todo  o País e vamos conseguir aumentar o combate a essa prática abusiva, beneficiando os pais de alunos. Só temos a parabenizar e a agradecer à presidenta, pela sanção integral da lei, beneficiando os pais  em todo o Brasil".
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itens de responsabilidade das escolas
 
Caberá exclusivamente às escolas, e não aos pais de alunos, arcar com itens de uso coletivo, como papel ofício em grandes quantidades, papel higiênico, álcool, flanela e outros produtos de limpeza e escritório. O projeto proíbe que esses e outros itens - como fita adesiva, cartolina, estêncil, grampeador e grampos, papel para impressora, talheres e copos descartáveis, espoja para louça - sejam incluídos nas listas de material escolar.
 
Caso constem da lista ou do contrato firmado entre a escola e os pais, a cláusula do contrato que dispõe sobre o material será considerada nula, isentando os pais  da obrigação de fornecer os produtos, mesmo que tenham assinado o contrato.
 
Evitar abusos
 
"O projeto, que agora virou lei, com a sanção pela presidenta Dilma, tem o objetivo de evitar abusos nas listas de material escolar que são cobradas por muitos colégios. Apresentamos esse projeto após termos várias reclamações de pais, quanto à presença de itens como esses, de uso coletivo, nas listas de material cobradas pelas escolas", destaca o deputado federal Chico Lopes, membro da Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados.
 
O parlamentar ressalta que o projeto de lei contou, em sua justificativa, com informações de manifestações anteriores de Procons e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o tema, reforçando a importância de proteger o consumidor de eventuais abusos na lista de material escolar. "A obrigação de fornecer os meios para a prestação dos serviços educacionais é da escola, que cobra anuidade para isso. Então, ela não pode cobrar que o pai de aluno forneça itens que vão servir não ao estudante, mas à escola, às suas tarefas administrativas, de organização ou limpeza", enfatiza o deputado Chico Lopes.
 
Pastas, plástico para pastas classificadoras, cartuchos de impressão, apagadores e até medicamentos são outros itens citados na justificativa da nova legislação, que altera a lei 8.078/1990, inserindo no rol das cláusulas abusivas a exigência, na lista de material escolar, de fornecimento de itens de uso coletivo, ou seja, "que não fazem parte do uso individual do aluno".
 
Repercussão nacional
 
A aprovação do então projeto de lei 126/2011, pelo Congresso Nacional, teve grande destaque nos principais jornais, emissoras de rádio e TV e portais do País. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e várias entidades de proteção ao consumidor também destacaram a aprovação do projeto, importante para os pais de alunos e para o reforço das ações de defesa do consumidor.
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Homofobia e futebol: O tabu das arquibancadas

Por Ciro Barros e Giulia Afiune, na Agência Pública

O ano de 2013 foi expressivo para a discussão de dois grandes tabus do futebol brasileiro: a homossexualidade e a homofobia. Em 9 de abril, torcedores do Atlético-MG fundaram a Galo Queer, uma página no Facebook que reúne torcedores alvinegros com uma postura anti-homofobia e anti-sexismo. “Galo” é o apelido do clube de Minas Gerais e “Queer”, em inglês, significa gay. Em 15 dias, a página ganhou cinco mil fãs, e hoje conta com mais de 6.600.

O gesto da torcida atleticana motivou outras a fazerem o mesmo. Ao longo do mês de abril, surgiram páginas semelhantes de torcidas de todo o país: Cruzeiro, São Paulo, Náutico, Grêmio, Vitória, Bahia, Internacional, Palmeiras, Corinthians, Flamengo, entre outros. A lista é extensa e mostra que a discussão da homofobia no futebol, até então, ainda estava dentro do armário.

“O estádio é um ambiente super homofóbico. Lá não se vê nenhuma manifestação de diversidade afetiva”, diz o jornalista – e palmeirense – William de Lucca, colaborador da Folha de S. Paulo em João Pessoa, na Paraíba. Ele é homossexual assumido e se esforça para prestigiar os jogos do Palmeiras em cidades próximas, como Recife ou Natal. William já era militante LGBT e, assim que ouviu falar, aderiu à página anti-homofóbica “Palmeiras Livre”. “Em 2008, eu morei alguns meses em São Paulo e tinha um namorado que era palmeirense também. A gente foi até aconselhado por um amigo dele da torcida organizada a não ter nenhuma demonstração de afeto dentro do estádio, porque a gente poderia ser agredido”, lembra. “A gente sempre fica com medo. Em outros ambientes, sou muito seguro quanto a manifestar meu afeto: ando de mão dada e tal, inclusive na rua, mas acho que o estádio de futebol é mais hostil do que a própria rua, sabe? A homofobia é muito mais explícita”, conta.
 
“A gente só não tem mais relatos disso porque os homossexuais que torcem nos estádios não arriscam nenhum tipo de demonstração afetiva”, conclui William.

Dentro da Palmeiras Livre, assim como nas outras organizações, ainda se discute quais serão os próximos passos. Os integrantes querem ocupar as arquibancadas, mas temem agressões físicas, já que as verbais ocorrem diariamente. “Dia sim e outro também nós recebemos ameaças”, conta a fotógrafa e analista de mídias sociais Thaís Nozue, também integrante da Palmeiras Livre. “As pessoas vem ameaçando, dizendo que estão mexendo com o time errado, que eles vão descobrir quem é, que não sei o quê”. Por enquanto, a hostilidade está restrita a mensagens no Facebook como: “Vão morrer”, “Experimenta aparecer na torcida e vocês vão apanhar”, “A Mancha [maior organizada do Palmeiras] bate em polícia e não vai bater em um monte de bicha?” – o que não significa que a ameaça venha da Mancha, como explica Thaís.

Segundo ela, a causa da Palmeiras Livre também foi rechaçada pelas organizadas alviverdes. “A gente até tentou uma aproximação com as organizadas, mas elas deram um recado para a gente não se meter com elas. Às vezes aparecem pessoas se dizendo das organizadas nos ameaçando, mas a gente não tem como comprovar se são mesmo”, diz.

A homofobia veste verde?

Procurado pela Pública, Marcos Ferreira, o Marquinhos, presidente da Mancha Alviverde, não quis dar uma entrevista sobre a polêmica da homofobia e sobre um episódio envolvendo o volante e lateral Richarlyson, hoje no Atlético-MG e tido como homossexual, apesar de sempre se declarar heterossexual.
 
No início de 2012, o Verdão estudava a possibilidade de contratar Richarlyson. A Mancha Verde convocou um protesto no dia 4 de janeiro, na frente do Centro de Treinamento (CT) do Palmeiras, zona oeste de São Paulo. Segundo a torcida o motivo era uma rixa antiga com o jogador, que estava à beira de um acordo com o Alviverde, mas acabou indo jogar no rival São Paulo. Porém, uma grande faixa estendida por duas pessoas durante aquele ato dizia: “A homofobia veste verde”.

Ao telefone, Marquinhos negou repetidas vezes que a Mancha tenha algo a ver com a faixa – ela seria obra de duas pessoas desconhecidas da organizada que foram ao protesto. Mas ele disse que “não via nada de agressivo na faixa”. A Pública também tentou contato com Richarlyson, mas foi informada pelo seu empresário, Julio Fressato, que ele estava se recuperando de uma cirurgia.

O selinho de Sheik e o voto das gaivotas

Na esteira das iniciativas anti-homofóbicas, dois episódios jogaram o Corinthians no centro da discussão. O atacante Emerson Sheik, herói corintiano da inédita conquista da Libertadores em 2012, foi vítima de uma onda de ataques homofóbicos depois da vitória do Corinthians sobre o Curitiba por 1 a 0, no Pacaembu, no dia 18 de agosto. Para comemorar, Sheik postou uma foto em seu perfil oficial no Instagram em que aparecia dando um selinho em um amigo de longa data, o empresário Isaac Azar. “Tem que ser muito valente para celebrar a amizade sem medo do que os preconceituosos vão dizer. Tem que ser muito livre para comemorar uma vitória assim, de cara limpa, com um amigo que te apoia sempre”, escreveu.

No dia seguinte, cinco integrantes da Camisa 12, segunda maior torcida organizada do Corinthians, foram ao CT do clube protestar contra a atitude de Sheik, levando três faixas que diziam “Vai beijar a P.Q.P. Aqui é lugar de homem”, “Respeito é pra quem tem” e “Viado não”.

Dois meses depois, o jornalista e apresentador Luiz Felipe de Campos Mundin, que assina como Felipeh Campos, anunciou que faltava pouco para fundar a já polêmica Gaivotas Fiéis, primeira torcida organizada com conceito gay do Corinthians.

A Pública conseguiu entrevistar um personagem importante em ambos os episódios, Marco Antônio de Paula Rodrigues, de 34 anos. Conhecido pelo apelido “Capão”, por ter crescido no Capão Redondo, bairro periférico da zona sul de São Paulo, ele é presidente da Camisa 12, e foi um dos cinco que protestaram contra o selinho de Sheik. Ele revela ter sido o autor da faixa que dizia “Viado não” – a única, dentre as três, que considera agressiva. “Só essa foi um pouco mais forte, foi um excesso. Eu que risquei com o spray essa faixa, eu até pensei [que era agressiva], mas depois que nós já estávamos lá, a gente não podia voltar atrás”, diz. Trajado da cabeça aos pés com roupas da Camisa 12 (boné, camiseta, agasalho, bermuda e até meias da torcida), Capão é assertivo, olha nos olhos e tem a voz rouca. Aceitou falar durante uma hora e meia com a reportagem da Pública na sede da torcida, no bairro paulistano do Pari, região central, para “dar a explanação” sobre os dois episódios.

Sobre a iniciativa de Felipeh Campos, Capão vê a nova torcida gay como puro marketing. “Acredito que ele está pensando mais numa autopromoção do que numa torcida organizada. Porque para nós, uma torcida organizada começa como a gente sempre troca ideia nas torcidas: o cara vai para uma caravana, o cara participa de vários jogos do Corinthians na arquibancada e não na numerada, a pessoa participa de inúmeras manifestações corintianas que teve nesses últimos anos, tanto de protesto contra diretoria, contra jogador. Tem uma caminhada ideológica dentro de uma instituição para você fundar uma torcida organizada. Torcida organizada não é um comércio, mano”, argumenta.

“Tomei muita borrachada da polícia por aí, passei muita fome na estrada, nunca fomos pra qualquer lugar e fomos bem recebidos por qualquer órgão que cuida da organização do jogo no estádio, da segurança pública, nós sempre fomos maltratados por muitos deles, então a torcida organizada não é simplesmente chegar e falar: ‘Ó, vou criar uma torcida hoje. Vou criar uma camisa e vou pro estádio’”.
 
Para Capão, é “inaceitável” a escolha do nome da torcida gay e a corruptela do símbolo do Corinthians – no brasão da Gaivotas, além da nova ave, o símbolo tem como fundo um espelho de maquiagem com direito a pincel e lápis, e a bandeira do Estado de São Paulo foi pintada com as cores do arco-íris, ícone do movimento gay.
 
“Eu acho que o rapaz lá acaba beirando até o ridículo… Ele está transmutando as nossas coisas. Tanto pelo nome que ele coloca se referindo a uma torcida que tem uma puta tradição [Gaviões da Fiel, a maior organizada do Corinthians, fundada em 1969] quanto do nosso símbolo do Corinthians, ele colocar um espelho e uns negócios de maquiagem no símbolo… Numa entrevista que eu vi, perguntaram: ‘Mas por que isso daí?’ E ele: ‘Ah, porque na verdade o corintiano vai gostar de se pintar na arquibancada’. Meu, torcida do Coringão é 90 minutos, mano. A gente gosta é de cantar, de sofrer, de chorar pelo Coringão. Não é de se pintar. Com todo o respeito, nem as nossas mulheres fazem isso”, afirma Capão, que é contra a existência de uma torcida gay. “Já digo de pronto que eu não sou favorável a ter uma torcida gay, porque eu acho que os gays não precisam disso daí pra poder se achar numa sociedade que já está abrangendo todo mundo”.

Perguntado se existem gays na Camisa 12, Capão não hesita: “Nós não temos gays na torcida, mano. Pelo menos nunca soubemos, entendeu. Meu, se o cara tá lá, tá assistindo o jogo. Tudo bem, nós vamos respeitar, mas qualquer faixa assim, nós somo contra mano. Nós não queremos, de verdade mano, aqui dentro da 12. Pra nós é sério o estádio, não é só pra brincar”. Capão, explicando que, se “no meio de um gol os dois de repente se beijarem no meio da nossa torcida”, seria “ruim”: “O estádio pra nós é um templo”.

O lastro, para Capão – que não se considera homofóbico –, é sempre a tradição. “O cara ir pro jogo, se for um homem, de shortinho amarradinho, camisa amarradinha e todo pintado… Pra nós não rola meu, de verdade. Porque o nosso tradicionalismo, infelizmente, meio ogro, tá ligado, até beirando homem da caverna não permite isso daí, certo?”. Se a Camisa 12 fosse homofóbica, exemplifica Capão, “a gente juntava os associados da 12 e ia lá na passeata gay quebrar todo mundo. No entanto que ninguém tá muito se manifestando [sobre a Gaivotas Fiéis], certo? Por quê? Porque tudo que a gente fala, a mídia distorce”.

Sobre o episódio do selinho do Sheik, Capão diz que o problema foi o atacante ter declarado que o beijo era para comemorar a vitória do Corinthians. “Quando ele falou que ele estava fazendo aquilo pra comemorar o jogo ele já transferiu a responsa pro Corinthians”, afirma, explicando que, depois do episódio, onde quer que o Timão jogue é recebido com gritos de “beija, beija, beija” pelos torcedores rivais. “Estávamos ali [no protesto] representando muitos torcedores. Muitos pediram para que a gente tomasse a frente, tanto que eu recebi inúmeras congratulações depois”, diz.
 
Gaviões X Gaivotas

A Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians, fez uma denúncia de crime contra a propriedade industrial no 1º DP de Guarulhos, contestando a sátira à marca da torcida, que é registrada. A torcida reclama que a proximidade dos nomes e símbolos das duas pode induzir ao erro. “Eu não sei onde eles enxergaram plágio”, contesta Felipeh Campos, da Gaivotas. “A minha torcida chama Gaivotas Fiéis, não é gavioa. Já começa que Gaivota é feminino, não é masculino. Se eu tivesse colocado cílios e salto alto no gavião, aí eu até acredito que poderia ter sido uma questão de plágio. Porém eu não estou utilizando as peças do emblema para plagiar alguma coisa. Entendo isso como uma retaliação homofóbica”, diz.

Felipeh conta que vem sendo ameaçado nas redes sociais, e que foi agredido verbalmente na semana passada, na Avenida Paulista. “As ameaças são coisas do tipo ‘Cuidado, eu vou te matar’, ‘Você já tá jurado de morte’, ‘Abre teu olho’. Então você vê que são atitudes extremamente homofóbicas e preconceituosas, elas não têm outros motivos”, diz. Sobre a agressão ao vivo, ele conta que ocorreu na saída de seu trabalho, na sede da TV Gazeta, na avenida Paulista. “Eu estava com um amigo meu na Paulista e um cara passou, me esbarrou e começou a me xingar. E eu falei: ‘É comigo que você tá falando?’ E ele: ‘ Você acha que é com quem? Tá pensando que você e a sua turminha vai entrar em estádio? Não vai não, mano’. E eu falei: ‘Bom, vamos conversar, abaixa o tom de voz’. E aí ele continuou a gritar e eu falei: ‘Ótimo, a polícia está vindo ali, eu vou te incriminar agora em crime de homofobia e você vai sair daqui para a cadeia’. Aí na hora que ele viu que a polícia vinha vindo a pé, ele meio que saiu de canto e deu um pinote”, relata.

Felipeh Campos conta que desde pequeno frequenta estádios. “O futebol nas décadas de 70 e 80 era uma grande festa. Mas foi crescendo de uma forma tão grande que deixou de olhar para a questão democrática. Não está escrito na porta do estádio que só é permitida a entrada de homens, né? Eu acredito que não só os gays têm que frequentar os estádios, como a mulher, as crianças, entendeu? O futebol é pra todos”, diz. “Mas é claro que o conceito da torcida é gay e o meu objetivo maior é inserir o público gay no estádio de futebol. Eles [as organizadas] monopolizaram os estádios”, diz.

De fato, a divisão do estádio do Pacaembu é um dos argumentos de Capão para rejeitar a convivência com as Gaivotas. Por determinação da Federação Paulista de Futebol, as organizadas do Corinthians têm que ocupar as arquibancadas Verde e Amarela, atrás de um dos gols, nos jogos em que o clube é mandante. Se ficasse fora desse setor, a Gaivotas estaria violando a regra. “Mas dentro desse setor, nós já temos seis torcidas: temos a Gaviões da Fiel, temos a Camisa 12, a Pavilhão 9, a Estopim da Fiel, a Coringão Chopp e a Fiel Macabra. São seis torcidas que estão ali e todas elas obtiveram a caminhada. Ninguém chegou do nada não”, argumenta Capão.
 
Felipeh garante que o objetivo não é “fazer represália com qualquer tipo de segmento sexual”. Porém, sobre dividir espaço com as outras organizadas, ele é enfático. “Nem que eu tiver que pedir segurança para o exército. Mas que a minha torcida vai entrar nos estádios, isso vai, com certeza. Nem que a gente tenha que chegar de carro-forte, de tanque”. Ele ressalta que a sua torcida será profissional e que todo o corpo diretivo será remunerado, diferentemente das outras organizadas.

Procurado pela Pública, Jerry Xavier, diretor da Gaviões da Fiel, disse que a torcida não se pronuncia sobre esse tema. O Corinthians também afirmou, via assessoria, que não se manifesta a respeito de torcidas.

Homofobia bate recorde no Brasil

O Brasil, o país do futebol, vem sendo líder no ranking de mortes por homofobia. Segundo dados do relatório “Assassinatos de Homossexuais (LGBT) no Brasil”, de 2012, do Grupo Gay da Bahia, o Brasil concentra 44% do total de assassinatos por motivação homofóbica no mundo. Em 2012, foram registradas 3.084 denúncias de violações ligadas à homofobia e 310 homicídios por esse motivo.

Estádio: a terra no macho

“Por ser o estádio um ambiente que tem uma série de permissões nas relações masculinas – carinhos, afetos, às vezes até mesmo agressões – é necessário que esse ambiente seja considerado seguro para os homens. Para garantir essa suposta ‘segurança’, os torcedores precisam reforçar a sua masculinidade. E uma das coisas que melhor reforça a masculinidade na nossa cultura é a homofobia. Por isso ela aparece de forma tão gritante”, afirma o pedagogo e professor da UFRGS, Gustavo Andrada Bandeira, autor da tese de mestrado “‘Eu canto, bebo e brigo…alegria do meu coração’: currículo de masculinidades nos estádios de futebol”.

Para Bandeira, esse é o motivo da rejeição às torcidas gays: “Se a torcida do Corinthians, do Grêmio ou do Internacional for a primeira a levantar uma bandeira pró ações afirmativas, ela poderá ser chamada de a ‘torcida gay’, e as torcidas acham que isso é um problema”, diz.

Para Marco Antonio Bettine de Almeida, professor livre docente na Pós-graduação em Mudança Social e Participação Política da EACH-USP, a reação é “natural” num espaço que sempre foi dominado pelo masculino. “A partir do momento que as agendas de visibilidades desses grupos excluídos, que tiveram seus direitos cerceados, que são espancados, é natural, vendo a representação que o futebol tem no Brasil, começar toda essa movimentação de garantir uma representação nesse espaço eminentemente masculino, do macho, do falo”. Para ele, no entanto, há espaço para negociação entre os grupos LGBT e as organizadas. “Uma mulher no estádio é aceita, por exemplo, mas tem que representar os papéis dentro do estádio, que é torcer, xingar, participar. As torcidas gays ou não gays têm que incorporar um pouco da história desse espaço do torcer. E conhecer, minimamente, os códigos, senão vai gerar conflito. Porque o espaço é um espaço sagrado e tem uma carga cultural muito forte”.

Bandeira discorda. “Se é uma torcida gay, que ela tenha comportamentos diferentes das torcidas não gays. É sempre complicado quando a gente quer transgredir as regras de gênero sexual num ambiente muito marcado. Mas me parece que seria muito mais interessante se eles fizessem algo diferente”. Foi essa a aposta da Coligay, a primeira torcida homossexual do país, que em plena ditadura militar conquistou seu espaço dentre os torcedores do Grêmio (leia abaixo).

Uma inspiração para o caso brasileiro pode ser a GFSN (Gay Football Supporters Network, Rede de Torcedores de Futebol Gays, numa tradução livre). Fundada em 1989, a associação do Reino Unido tem diversas iniciativas para a inserção do público LGBT no futebol. “Estamos em contato permanente com muitos clubes para recomendar políticas anti-homofóbicas por parte deles”, afirma Simon Smith, do departamento de comunicação. “Ajudamos, por exemplo, a consolidar os Gay Gooners, a torcida LGBT do Arsenal e conseguimos o apoio formal de representantes do Liverpool e do Everton para a parada do orgulho LGBT da cidade de Liverpool. Dentro de campo, organizamos há dez anos campeonatos de futebol voltados ao público LGBT para a inclusão no esporte”, conta Smith.
 
A GFSN também registra com precisão britânica a ocorrência de gritos e cânticos homofóbicos nos estádios – e faz campanha permanente contra eles. “Na temporada passada, os torcedores do Brighton & Hove Albion FC sofreram com cantos homofóbicos em 72% dos jogos que disputaram. Nós documentamos isso e enviamos à FA (Football Association, a CBF inglesa), que ainda não tomou nenhuma atitude. Mas nós continuamos pressionando”, diz.

No próximo ano, a Copa do Mundo promete ser palco de discussão sobre homossexualidade – pelo menos em São Paulo, onde mais de 40 mil pessoas são esperadas para acompanhar a transmissão dos jogos nos telões da Fan Fest, no Vale do Anhangabaú, centro da cidade. Ali, a prefeitura planeja realizar uma intervenção para discutir homofobia, com direito a exibição de vídeos em telas e distribuição de folhetos sobre o tema. Outra ação que está sendo estudada é transmitir os jogos em telões no Largo do Arouche, um “point” LGBT da cidade, para esses torcedores.

Um pouco de história: em plena ditadura, nascia a Coligay

A tentativa de formar uma torcida organizada gay não é novidade no futebol brasileiro. Foi no dia 10 de abril de 1977, quando o Grêmio foi disputar uma partida pelo Campeonato Gaúcho contra o Santa Cruz (RS), que a novidade estampava as arquibancadas do estádio Olímpico: cerca de 60 torcedores homossexuais impressionaram os demais pela festa que faziam. Era a Coligay, a primeira torcida organizada assumidamente gay do Brasil. A Coligay foi fundada por Volmar Santos, que hoje é colunista social do jornal O Nacional, de Passo Fundo (RS).

Gremista fanático, Volmar nunca deixou de frequentar o Olímpico. “Eu ia aos jogos e achava as torcidas muito quietas, sem animação nenhuma. Foi quando eu resolvi formar uma torcida organizada. Aí me veio a ideia de fazer uma torcida gay”, conta. A ideia surgiu quando ele administrava a boate Coliseu, em Porto Alegre, voltada ao público gay, que não tinha muitas opções na capital gaúcha. O nome Coligay vem do nome da boate. “Foi aí que eu mandei fazer uns caftãs, uma espécie de túnica com as cores do Grêmio, e fomos torcer no estádio. A nossa marca era nunca deixar de cantar, fazer festa, apoiar sempre o nosso time. E a cada jogo a gente inventava coisas diferentes”, relembra. A torcida ganhou fama de pé quente: em 1977, com a Coligay nas arquibancadas, o Grêmio quebrou um jejum de oito anos sem títulos estaduais.

Naquele longínquo ano de 1977, o mesmo Corinthians chegou a convidar a torcida gay a prestigiar os seus jogos – e a Coligay esteve presente na quebra do jejum de 23 anos sem títulos do Timão. “Ganhamos fama de pé quente e o Vicente Matheus [ex-presidente do Corinthians] nos convidou. Assistimos o título do Corinthians contra a Ponte Preta de dentro do Morumbi, vestidos como gremistas”, recorda.

A Coligay durou cerca de seis anos, e acabou em 1983. “A torcida era muito centrada na figura do Volmar. Quando ele teve que ir para Passo Fundo, não teve uma liderança que conseguisse dar continuidade”, conta Leo Gerchmann, repórter especial do jornal Zero Hora, autor de um livro sobre a Coligay que deve ser lançado nos próximos meses.

Segundo Léo, a torcida enfrentou muita resistência por parte do Grêmio e da sua organizada Eurico Lara. “Temendo agressões, eu até coloquei o pessoal pra fazer karatê pra nos defendermos de possíveis ataques”, diz Volmar. Assim, na ocasião em que foram de fato atacados por torcedores do Gaúcho, clube de Passo Fundo, durante o Campeonato Gaúcho de 1977, a Coligay colocou os agressores para correr. “Com o tempo o clube e a própria torcida adotaram a Coligay. Alguns conselheiros gremistas até deram apoio financeiro à torcida. Acho uma página bonita da história do Grêmio, de aceitação da diferença”, diz Gerchmann. “Houve outras experiências de torcidas gays, coisas efêmeras no Cruzeiro, Fluminense e até no Internacional, que teve a Inter Flowers. E dois anos depois da Coligay, teve a Fla-Gay fundada pelo carnavalesco Clóvis Bornay, apesar dele ser vascaíno”.


Fonte: Vermelho
 
Fotos ilustrativas postadas pelo blog.  

domingo, 24 de novembro de 2013

"Boca de Rua – Vozes de uma Gente Invisível."

O nosso blog motivado com a sua a participação no Seminário de Comunicação e Mídias Livres, realizado neste sábado, dia 23 de Novembro de 2013, no Grand Hotel São Luís, com a presença, de jornalistas, radialistas, blogueiros, twitteiros e ativistas midiáticos, promovido pelo Instituto Barão de Itararé e pela Abraço, estará divulgando várias matérias sobre o ativismo social na idade mídia. 
Veja essa experiencia na cidade de Porto Alegre:
Documentário conta a história de jornal produzido por moradores de rua
A história de um jornal feito totalmente por moradores de rua da cidade de Porto Alegre (RS) é o tema do documentário Boca de Rua – Vozes de uma Gente Invisível. Lançado esta semana, o vídeo mostra como a publicação serve como forma de comunicação a quem vive em situação de invisibilidade social.

Com textos, fotos e ilustrações que revelam um pouco da realidade escondida nas grandes cidades, o veículo é fonte de renda para os participantes do projeto.

Atualmente o jornal tem 30 integrantes e circula a cada três meses na capital gaúcha. Cerca de 135 pessoas já passaram por sua redação e pelo menos 70 saíram das ruas depois da oportunidade de participar do projeto.

Em um dos trechos do documentário José Ramíres relata sua experiência no jornal.

“Antes de conhecer o jornal Boca de Rua, eu não sabia ler, não sabia escrever. Hoje, graças à Deus, eu escrevo, eu bato foto, eu entrevisto e isso pra mim foi uma grande coisa porque quando eu tô com o jornal me sinto uma pessoa totalmente diferente, entendeu?”

O diretor e roteirista do documentário é o jornalista Marcelo Andrighetti, que conheceu o jornal ao comprá-lo de um morador de rua em 2011. O título Vozes de uma Gente Invisível é uma menção à chamada de capa da primeira edição da publicação.

Fundado em 2001, o Boca de Rua foi idealizado pelas jornalistas Rosina Duarte e Clarinha Glock.

Veja o vídeo sobre o documentário:



Fonte: Rádioagência NP

Saiba: Portaria que fortalece rádios comunitárias sofre ataque da Abert

Uma portaria (nº 197/2013 ) do Ministério das Comunicações promete avanços para as rádios comunitárias do Brasil. Ela altera algumas regras do Serviço de Radiodifusão Comunitária e permite, por exemplo, que as emissoras comunitárias recebam patrocínio, sob a forma de apoio cultural, de poderes e órgãos públicos.
Um outro item da portaria que causa ainda mais polêmica é a permissão para que as emissoras comunitárias excedam o limite de transmissão de sinal. Até então,o alcance era de até um quilômetro de raio, dependendo das características geográficas e urbanísticas.
Para o coordenador do Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes) e membro da executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Pedro Ekman, as alterações feitas pelo Ministério da Comunicação significam avanços, mas segundo ele, ainda insuficientes para o setor.
“Hoje, as rádios comunitárias podem operar em no máximo 25 watts de potência. Mesmo com a ampliação a gente acha insuficiente. Se você somar as 4500 rádios comunitárias outorgadas hoje no Brasil, você vai ter aí uma potência operando em rádios comunitárias no Brasil de 112.500 watts. Uma única rádio comercial na Avenida Paulista opera em mais de 400.000 watts. Então você tem uma única rádio comercial tendo um alcance maior que todas as rádios comunitárias somadas no Brasil inteiro. Então, a gente acha um absurdo como é desequilibrado como a forma como a legislação brasileira trata à comunicação comunitária em relação à comunicação comercial. A gente entende a comunicação como um direito e não como um simples negócio”.
Ainda para Pedro Ekman é preciso que o país pense formas de financiamento às rádios comunitárias para garantir a comunicação como direito humano.
“Em relação às rádios poderem ser financiadas como um apoio cultural também é um passo importante, mas também é insuficiente. É importante que a comunicação comunitária possa se sustentar exista um fundo público. A lei hoje não dá nenhuma condição. Ela só dá proibições e criminalizações para aquelas pessoas que tentam se comunicar por uma forma que não seja a comercial”.
A medida ainda prevê que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) possa destinar canais em faixas de frequência diferentes a emissoras comunitárias situadas em localidades próximas. O objetivo é evitar interferências de sinais entre as próprias comunitárias.
As alterações na lei vieram após quase dois anos de negociações entre o governo e a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço).
A Abraço, em nota, diz que as rádios comunitárias brasileiras vivenciam um processo de perseguição institucionalizada durante as últimas décadas por defenderem a democratização da comunicação e a liberdade de expressão.
Nas negociações, a Abraço acordou com o Ministério das Comunicações um decreto que possibilitaria a suspensão do limite de 1 km de raio de abrangência; o apoio cultural somente com a restrição de preços e condições de pagamentos; e a possibilidade de apoio dos órgãos públicos e aviso de habilitação para todo o município.
No comunicado, a Abraço rebateu os ataques da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que faz campanha pela revogação da portaria. A organização afirma que “esta é uma atitude que explicita a ganância da Abert de oligopolizar os meios de comunicação, atentando contra o direito humano fundamental da liberdade de expressão e contra a Constituição Federal”.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Máfia dos ingressos: Suspeita-se que vem de dentro!

Depois de várias constatações e informações, o nosso blog apurou que o esquema dos ingressos estarem todos os jogos nas mãos de cambistas, começa por dentro da organização dos postos de venda e por falta de fiscalização das entidades que representam os que têm direito a meia-entrada.

Segundo depoimentos, apuração e informações passadas ao nosso blog, o foco da máfia são os ingressos de meia- entrada, logo os que foram conquistados pelos movimentos sociais, neles tem direito os estudantes e os idosos.

COMO FUNCIONA O ESQUEMA:

Os ingressos são confeccionados normalmente, a federação, a segurança e o clube decidem pela quantidade de ingressos por setor, cada setor tem direito a meia- entrada. No jogo passado [Sampaio 2 x 1 Vila Nova], foi estipulado um pouco mais de 30% para cada quantidade de ingressos por setor.  Veja o que foi estipulada de meia-entrada, inteira e total dos ingressos a venda, segundo o seu borderô (veja aqui no blog do Edivan Fonseca), divulgado 03 dias após a partida:

SETOR
A VENDA
INTEIRA
MEIA-ENTRADA
Cadeira coberta
4.316
3.000
1.316
Setor 04
3.987
2.687
1.300
Setor 1,2,3,5,6
30.480
21.500
8.980
TOTAL
38.783
27.187
11.596
                              
Até aí tudo certo, acontece que no dia da venda das meia-entradas [era sempre na sexta] do jogo do Sampaio x Santa Cruz começou na quarta (20/11), logo no meio dia não havia mais nenhum ingresso para estudantes e idosos nas bilheterias dos postos de venda, automaticamente estes apareceram nas mãos de cambista, sendo vendidos 100% mais caros [ preço normal é R$ 15,00].

Há Informações que a maioria dos ingressos dos estudantes e idosos é retida pela pessoas ligadas a organização de distribuição e venda, para serem vendidos para cambistas em troca de 2 a 5 reais por ingresso. Dessa forma tirando os direitos de duas classes sociais que historicamente, com muita luta, conquistaram o direito de meia-entrada. Ainda tem um detalhe, o clube não tem prejuízo nenhum, todos os ingressos de meia-entrada são vendidos. Cabe as autoridades investigar e desvendar essa quadrilha que está se dando de bem com os direitos dos outros.

CADÊ AS ENTIDADES REPRESENTATIVAS?

Até no ano passado as entidades representativas fiscalizavam e vendiam os ingressos há que os estudantes têm o direito, com acompanhamento nas filas, verificação se o torcedor possuía carteira estudantil, venda limitada e checagem no sistema on line de cadastro.

Hoje não vimos mais esse movimento, as entidades não estão cumprindo o seu papel, ou seja, estão ajudando assim a ação dos criminosos agirem à vontade, burlando a lei e desmoralizando o nosso estado perante outras praças desportivas.

Em Recife, temos informação que o valor do ingresso do estudante, já é creditado no sistema de créditos das carteiras. O estudante compra o ingresso, onde ele obtém créditos para a passagem. No estádio é descontado no crédito,  onde existem catracas eletrônicas interligadas com o sistema matriz, sendo assim uma grande ferramenta contra os usurpadores dos direitos.


Esperamos que a Prefeitura, Governo do Estado, Ministério Público, Entidades Representativas, Clubes, Torcidas Organizadas se unam e trabalhem para que situação como essa não venham mais acontecer e que sejam restabelecidas as normas em prol da nossa população.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Definida a lista das seleções para Copa 2014


Definida a lista das 32 seleções que estarão na Copa do Mundo do Brasil 2014, que terá pela primeira vez as oito campeãs do mundo.

Brasil (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002)
Itália (1934, 1938, 1982 e 2006),
Alemanha (1954, 1974 e 1990),
Argentina (1978 e 1986),
Uruguai (1930 e 1950),
França (1998),
Espanha (2010) e
Inglaterra (1966).

Confira a lista completa dos países que estarão presentes na Copa de 2014 no Brasil:

Alemanha
Argélia
Argentina
Austrália
Bélgica
Bósnia
Brasil
Camarões
Chile
Colômbia
Coreia do Sul
Costa do Marfim
Costa Rica
Croácia
Equador
Espanha
Estados Unidos
França
Gana
Grécia
Holanda
Honduras
Inglaterra
Irã
Itália
Japão
México
Nigéria
Portugal
Rússia
Suíça
Uruguai


O sorteio final dos grupos da Copa do Mundo será no dia 6 de dezembro de 2013, na Costa do Sauípe, na Bahia, às 13h. A Copa de 2014 será disputada entre 12 de junho e 13 de julho de 2014.