O amigo eleitor que se que pega
indignado porque pra hospital, pra escola, pra saneamento nunca tem
dinheiro, mas pra obras inúteis as verbas jorram, mais uma boa notícia,
que em verdade, nem é nova. Mas sempre vale a relembrança. Pra
marketeiro de eleição, também não falta grana.
Quanto custa uma campanha eleitoral, caro amigo pagador de impostos?
Uma fábula, ingênuo contribuinte
surrupiado. Daria pra construir "algumas" casas populares, algumas
redes de esgoto, algumas escolas. Eu fico imaginando quanta gente
abnegada vai contribuir para as campanhas "grandes" deste ano.
É triste constatar que numa capital com mais de 1 milhão de habitantes e com mais de 3 bilhões de orçamento, a propaganda impera e a cidade, emperra.
Haja grana pública estadual pra gastar
Mas você, prezado colega que não
aguenta mais o tráfego congestionado de São Luís, os assaltos e os
assassinatos pipocantes a cada dia, a falta de estrutura e a rifas
periódicas dos bens públicos, pode ir se acostumando. A julgar pelo
histórico do último ano, até o final de 2012 não restará pedra sobre
pedra na capital do Estado. A ordem é fazer pilhagem.
Só que como ninguém é de ferro, que tal tentar uma reeleição? Vai que cola e o povo engole?
Se colar aí vai um quiz.
Quais agências ou publicitários costumam ganhar as licitações para tocar
as propagandas oficiais depois de escolhido o Prefeito? As que estavam
com o candidato na corrida eleitoral ou alguma outra desconhecida?
Dirigentes partidários não querem largar as tetas de Castelo
Antes de tudo é importante saber o que é o Fisiologismo aplicado no governo municipal de Castelo:
Fisilogismo é um tipo de relação de poder político em que ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais, em detrimento do bem comum É um fenômeno que ocorre freqüentemente em parlamentos, mas também no poder executivo, estreitamente associado à corrupção política.
Os partidos políticos podem ser considerados fisiologistas quando
apoiam qualquer governo independente da coerência entre as ideologias ou
planos programáticos.
A proposta de mudança e a
renovação política administrativa na nossa cidade São Luís que tem no comando a
candidatura a prefeito de Edvaldo Holanda Jr. do PTC, juntamente com o PCdoB de
Flávio Dino e Julião Amim do PDT sofre um revés com a ainda indefinição da
decisão do PSB dos Zés (Reinaldo e Antonio), de Ribão e Roberto Rocha, esse último cotado para ser o vice do petecista.
Esta decisão do PSB que estava
prevista para acontecer ontem (29/06) na Assembléia Legislativa durante a sua convenção,
não aconteceu por falta de quórum, ficando agora a responsabilidade da deliberação com a
executiva nacional.
Na verdade, o que está pesando nesse
movimento de indecisão de alguns partidos como PPS, PSB e parte do PDT têm como
viés, contracheques gordos e magros de “militantes” cooptados e inseridos na
máquina da prefeitura de Castelo pela política fisiologista. Acordos pré-
estabelecidos no decorrer do seu mandato atual com os dirigentes e vereadores
representantes dessas agremiações partidárias.
Podemos dizer que é muito
contraditório o que prega os dirigentes desses partidos nos seus programas,
entrevistas e nos horários gratuitos nos órgãos de comunicação: “Fortalecer a democrática
através da política”. Puro blefe.
A maioria deles usa a máscara como
“democratas”, “socialista” e “bons cristãos” mais na “hora h” da decisão pela
renovação e mudança da política pra melhoria da cidade, eles não querem largar
o “osso” em prol da população. São de vigias de repartição públicas a
secretários de governo. Vale ressaltar e lembrá-los que a má gestão desse que ta
sendo o pior governo que São Luís já conheceu, essa turma faz parte, ou seja, também não passam de incompetentes
e não estão nem aí com a população.
A população esclarecida espera as
definições e participará ativamente nesse processo de renovação no comando prefeitura
desse famigerado governo tucano castelista, bem como na renovação da câmara de
vereadores, local esses que estão cheios de ratos.
1-
as cotas ferem o princípio da igualdade, tal como definido no artigo 5º
da Constituição, pelo qual “todos são iguais perante a lei sem
distinção de qualquer natureza”. São, portanto, inconstitucionais.
Na
visão, entre outros juristas, dos ministros do STF, Marco Aurélio de
Mello, Antonio Bandeira de Mello e Joaquim Barbosa Gomes, o princípio
constitucional da igualdade, contido no art. 5º, refere-se a igualdade
formal de todos os cidadãos perante a lei. A igualdade de fato é tão
somente um alvo a ser atingido, devendo ser promovida, garantindo a
igualdade de oportunidades como manda o art. 3º da mesma Constituição
Federal. As políticas públicas de afirmação de direitos são, portanto,
constitucionais e absolutamente necessárias.
2- as cotas subvertem o princípio do mérito acadêmico, único requisito que deve ser contemplado para o acesso à universidade.
Vivemos
numa das sociedades mais injustas do planeta, onde o “mérito acadêmico”
é apresentado como o resultado de avaliações objetivas e não
contaminadas pela profunda desigualdade social existente. O vestibular
está longe de ser uma prova equânime que classifica os alunos segundo
sua inteligência. As oportunidades sociais ampliam e multiplicam as
oportunidades educacionais.
3- as cotas constituem uma medida inócua, porque o verdadeiro problema é a péssima qualidade do ensino público no país.
É
um grande erro pensar que, no campo das políticas públicas
democráticas, os avanços se produzem por etapas seqüenciais: primeiro
melhora a educação básica e depois se democratiza a universidade. Ambos
os desafios são urgentes e precisam ser assumidos enfaticamente de forma
simultânea.
4- as cotas baixam o nível acadêmico das nossas universidades.
Diversos
estudos mostram que, nas universidades onde as cotas foram
implementadas, não houve perda da qualidade do ensino. Universidades que
adotaram cotas (como a Uneb, Unb, UFBA e UERJ) demonstraram que o
desempenho acadêmico entre cotistas e não cotistas é o mesmo, não
havendo diferenças consideráveis. Por outro lado, como também evidenciam
numerosas pesquisas, o estímulo e a motivação são fundamentais para o
bom desempenho acadêmico.
Vale a pena rever entrevista com Douglas Belchior no vídeo:
5- a sociedade brasileira é contra as cotas.
Diversas
pesquisas de opinião mostram que houve um progressivo e contundente
reconhecimento da importância das cotas na sociedade brasileira. Mais da
metade dos reitores e reitoras das universidades federais, segundo
ANDIFES, já é favorável às cotas. Pesquisas realizadas pelo Programa
Políticas da Cor, na ANPED e na ANPOCS, duas das mais importantes
associações científicas do Brasil, bem como em diversas universidades
públicas, mostram o apoio da comunidade acadêmica às cotas, inclusive
entre os professores dos cursos denominados “mais competitivos”
(medicina, direito, engenharia etc). Alguns meios de comunicação e
alguns jornalistas têm fustigado as políticas afirmativas e,
particularmente, as cotas. Mas isso não significa, obviamente, que a
sociedade brasileira as rejeita.
6-
as cotas não podem incluir critérios raciais ou étnicos devido ao alto
grau de miscigenação da sociedade brasileira, que impossibilita
distinguir quem é negro ou branco no país.
Somos,
sem dúvida nenhuma, uma sociedade mestiça, mas o valor dessa mestiçagem
é meramente retórico no Brasil. Na cotidianidade, as pessoas são
discriminadas pela sua cor, sua etnia, sua origem, seu sotaque, seu sexo
e sua opção sexual. Quando se trata de fazer uma política pública de
afirmação de direitos, nossa cor magicamente se desmancha. Mas, quando
pretendemos obter um emprego, uma vaga na universidade ou, simplesmente,
não ser constrangidos por arbitrariedades de todo tipo, nossa cor
torna-se um fator crucial para a vantagem de alguns e desvantagens de
outros. A população negra é discriminada porque grande parte dela é
pobre, mas também pela cor da sua pele. No Brasil, quase a metade da
população é negra. E grande parte dela é pobre, discriminada e excluída.
Isto não é uma mera coincidência.
7- as cotas vão favorecer aos negros e discriminar ainda mais aos brancos pobres.
Esta
é, quiçá, uma das mais perversas falácias contra as cotas. O projeto
atualmente tramitando na Câmara dos Deputados, PL 73/99, já aprovado na
Comissão de Constituição e Justiça, favorece os alunos e alunas oriundos
das escolas públicas, colocando como requisito uma representatividade
racial e étnica equivalente à existente na região onde está situada cada
universidade. Trata-se de uma criativa proposta onde se combinam os
critérios sociais, raciais e étnicos. É curioso que setores que nunca
defenderam o interesse dos setores populares ataquem as cotas porque
agora, segundo dizem, os pobres perderão oportunidades que nunca lhes
foram oferecidas. O projeto de Lei 73/99 é um avanço fundamental na
construção da justiça social no país e na luta contra a discriminação
social, racial e étnica.
8- as cotas vão fazer da nossa, uma sociedade racista.
O
Brasil esta longe de ser uma democracia racial. No mercado de trabalho,
na política, na educação, em todos os âmbitos, os/as negros/as têm
menos oportunidades e possibilidades que a população branca. O racismo
no Brasil está imbricado nas instituições públicas e privadas. E age de
forma silenciosa. As cotas não criam o racismo. Ele já existe. As cotas
ajudam a colocar em debate sua perversa presença, funcionando como uma
efetiva medida anti-racista.
9- as cotas são inúteis porque o problema não é o acesso, senão a permanência.
Cotas
e estratégias efetivas de permanência fazem parte de uma mesma política
pública. Não se trata de fazer uma ou outra, senão ambas. As cotas não
solucionam todos os problemas da universidade, são apenas uma ferramenta
eficaz na democratização das oportunidades de acesso ao ensino superior
para um amplo setor da sociedade excluído historicamente do mesmo. É
evidente que as cotas, sem uma política de permanência, correm sérios
riscos de não atingir sua meta democrática.
10-
as cotas são prejudiciais para os próprios negros, já que os
estigmatizam como sendo incompetentes e não merecedores do lugar que
ocupam nas universidades.
Argumentações
deste tipo não são freqüentes entre a população negra e, menos ainda,
entre os alunos e alunas cotistas. As cotas são consideradas por eles,
como uma vitória democrática, não como uma derrota na sua auto-estima,
ser cotista é hoje um orgulho para estes alunos e alunas. Porque, nessa
condição, há um passado de lutas, de sofrimento, de derrotas e, também,
de conquistas. Há um compromisso assumido. Há um direito realizado.
Hoje, como no passado, os grupos excluídos e discriminados se sentem
mais e não menos reconhecidos socialmente quando seus direitos são
afirmados, quando a lei cria condições efetivas para lutar contra as
diversas formas de segregação. A multiplicação, nas nossas
universidades, de alunos e alunas pobres, de jovens negros e negras, de
filhos e filhas das mais diversas comunidades indígenas é um orgulho
para todos eles.
Marcha das Vadias segue pelas ruas do centro do Recife (Foto: Luna Markman/G1)
Em tempo: Mulheres e homens de todas as idades fazem uma marcha pelas principais
ruas do centro do Recife, na tarde do sábado do dia 26/05, contra o abuso
sexual. De acordo com o 11° Batalhão da Polícia Militar, mais de mil
pessoas participam da mobilização, que também ocorre em outras cidades
do Brasil.
Mulheres foram seminuas como forma de protesto
(Foto: Luna Markman/G1)
Muitas mulheres foram às ruas seminuas para passar uma mensagem:
"mostrar que a forma que a gente se veste não muda a nossa personalidade
nem tira os nossos direitos", disse uma das participantes, que preferiu
ter o nome preservado. "Nós queremos mudar a mentalidade das pessoas
que acham que a culpa é nossa de sofrer alguma violênca. Nós somos
vítimas", falou a dentista Patrícia Sampaio.
O protesto segue com pessoas segurando cartazes e entoando palavras de
ordem. Entre elas, a artista Gigi Bandler, do grupo de teatro feminista
Loucas da Pedra Lilás, que segura uma cartolina escrita "Jesus ama as
vadias". "O moralismo e o fundamentalismo religioso impedem que o país
avance na generosidade com as mulheres, com os gays e outras minorias",
explicou.
Uma das faixas da Avenida Conde da Boa Vista está tomada pela passeata.
Policiais militares acompanham o grupo e, até o momento, não
registraram nenhum incidente.
Em entrevista à Rádio Educadora, o presidente da Embratur fala do
projeto político de mudança e destaca incentivo da Embratur ao turismo
no MA.
“Amamos o Maranhão, respeitamos o Maranhão, mas fazemos oposição aos
problemas do nosso estado, frutos de uma política atrasada.” Assim
Flávio Dino (PCdoB) resumiu as ideias defendidas pelo PCdoB na proposta
de mudança política e administrativa para o Maranhão.
Em entrevista concedida ao Programa Roda Viva na Rádio Educadora AM na
manhã desta segunda, o presidente da Embratur destacou asmovimentações
políticas no interior do Maranhão e em São Luís. As articulações
políticas no período de pré-campanha têm tido a participação intensa de
Flávio Dino nas convenções, confirmando a união das siglas de oposição
no estado pelo projeto municipal, com vistas à disputa de 2014.
“Temos mais que uma aliança partidária, estamos diante de um movimento
político. Edivaldo representa ideias novas, com novas práticas
administrativas de quem conhece São Luís. Ele foi vereador, deputado
federal melhor votado na história da capital e revela capacidade
aglutinadora. Edivaldo é o comandante desse projeto de mudança em São
Luís. Com ele, São Luís deve deixar de ser a capital dos problemas para
ser a capital das soluções,” analisou.
Flávio garantiu ainda que participará ativamente das eleições municipais
no Maranhão. “Tenho obrigações em todo o Brasil, ajudando a presidenta
Dilma a governar e preciso estarem muitas cidades. Mas estarei presente,
dando força ao projeto de mudança que temos para nosso estado. Um
político não pode ser omisso, tem que ter lado, tem que ter ação."
Muitos ouvintes telefonaram para a Rádio Educadora para relatar
problemas de infraestrutura, saúde e segurança em diferentes municípios
do Maranhão. Para Flávio, a perpetuação desses e outros problemas
acontece pela falta de ação dos gestores em prol da população.
“Não admitimos que nosso fique sempre em último lugar em todos os
indicadores de qualidade de vida. Por isso, agradeço a sua indignação. É
preciso que nós não aceitemos essa realidade para que ela mude,”
respondeu Flávio Dino.
Durante a entrevista, o presidente da Embratur agradeceu o apoio que vem
recebendo de todo o Maranhão desde o falecimento de seu filho em
fevereiro deste ano, causada por erro médico. "Para além da política,
está a vida," disse.
Embratur
No trabalho como presidente da Embratur, Flávio Dino frisou a inserção
do Maranhão como um dos destinos turísticos indicados para os turistas
estrangeiros. Distante apenas uma hora de Fortaleza (CE) - uma das sedes
da Copa do Mundo - São Luís e os Lençois Maranhenses figuram entre os
locais que serão apresentados como opção turística no Brasil.
“A Embratur vem apoiando o Maranhão e São Luís no que diz respeito ao
turismo internacional, mas é preciso, por lei, que a iniciativa seja das
prefeituras e do governo do estado. Já conversamos com o secretário
estadual de Turismo, Jura Filho, e outros secretários de turismo do
estado no sentido de consolidar os destinos turísticos no estado,”
completou.
Flávio Dino ainda informou que no fim de semana passado uma comissão de
repórteres europeus veio a São Luís para conferir a cultura popular
junina e divulga-la em Portugal e Espanha.
A palavra grega oligarquia significa governo de
poucas pessoas, de uma classe ou de uma família. Caracteriza-se, ainda, pelo uso da máquina pública e da fraude
eleitoral, como formas de propiciar a manutenção do poder. Neste
diapasão, o poder oligárquico se serve do clientelismo.
Assim, utilizando-nos das lições dos mestres da História
Maranhense: Mário Meireles e Benedito Buzar, conseguimos classificar o
Maranhão como o estado que viveu sob a égide de três oligarquias
comandas, respectivamente, por Benedito Leite, Vitorino Freire e José
Sarney.
Benedito Leite, comandou o estado durante o início do
período republicano no país até o ano 1909, quando falece em Hyères, na
França. Segundo Meireles, “os governantes desse período eram postos por
Benedito Leite".
O nosso segundo personagem, Vitorino Freire, iniciou o seu reinado em
1945, precisamente em 23 de março, dia em que tomou posse no governo do
Estado o interventor Clodomir Serra e conforme Mário Meireles, “sob a
chefia de Vitorino, a cujo lado muitos dos nossos homens públicos se
haviam posto por motivo de seu prestígio pessoal junto ao candidato
Eurico Dutra”.
Da análise dos eventos históricos, um fato nos salta aos olhos, as
fraudes eleitorais que propiciavam o domínio de Vitorino Freire eram
realizadas pelo pai de José Sarney, que era desembargador do Tribunal de
Justiça, na época. Um outro aspecto chama atenção, é o fato de São Luís
(MA) ter recebido o título de ilha rebelde após a greve de 1951, que
foi realizada contra o governo de Vitorino.
A era Vitorinista perdurou até 1965, quando entra em voga o nosso
próximo monarca: Sarney, que toma posse em 1966 no Governo do Estado.
A era Sarney iniciou-se em 1965, no entanto, o crescimento do seu
nome começou na eleição de 1960 com a ascensão de Newton de Barros Belo,
eleito governador pelo PSD-PTB-UDN. Nesta época, Vitorino começa a
perder prestígio junto ao governo de Jânio Quadros e cresce o de José
Sarney. Assim, Sarney passa a ser o principal interlocutor entre Newton
Belo e o Palácio do Planalto.
Em 1965, foi criada a Frente de Libertação do Maranhão (pasmem!) e
Sarney venceu o pleito pela UDN com o apoio das esquerdas e dos
militares. Iniciava-se, assim, o ciclo de 40 anos que todos nós
conhecemos:
Diante do breve relato, nos parece que a sociedade maranhense está
acostumada com a situação, ou não consegue viver sem a dominância de
governos oligárquicos. Uma pergunta que teima em vir à tona: O Maranhão sabe viver sem uma oligarquia?
*Welliton Resende - Ex-auditor do TCE/MA, educador popular e militante do Movimento de Controle Social e Combate à Corrupção do MA.
As palavras têm poder. Muitas vezes não paramos para pensar o quanto
elas podem refletir a sociedade na qual vivemos. Somente quando lidamos
com uma linguagem sexista percebemos isso, porque, uma vez associada
intrinsecamente à nossa cultura, a linguagem representa a forte
influência do patriarcado.
Na quinta, 21 de junho, foi dia da Campanha por uma Educação não Discriminatória.
Organizada desde 1991, pela REDEM (Rede Latino-americana de Educação
Popular entre Mulheres), a Campanha passou a ter esse nome somente em
1998, antes tinha a denominação de “educação não-sexista”. Porém,
percebeu-se a necessidade de abranger o conceito de educação, porque a
mulher sofre diversos graus de discriminação de gênero quando observadas
sua classe social, idade, etnia, raça, sexualidade, etc.
Muitos ainda defendem a tese de que a nossa linguagem não é sexista,
algo que possui não só um argumento fraco como improvável. Basta
fazermos a simples análise: Por que o masculino deve sobrepor o
feminino? Por que “alunos” está correto quando nos referimos a uma sala
de aula com 10 meninas e 4 meninos? Se não há sexismo, por que então o
feminino não pode abranger também o masculino?
A resposta pode ser encontrada na própria construção histórica, onde o
homem sempre aparece enquanto sujeito realizador de grandes feitos. As
mulheres foram colocadas em segundo plano, trancafiadas no ambiente
doméstico e mesmo aquelas que não se contentaram com o papel social
imposto, foram esquecidas ou tiveram pouca visibilidade na história.
Falamos de Revolução Francesa, mas raramente de Olympe de Gouges. Conhecemos Olga e Zuzu Angel por causa dos filmes lançados recentemente. Patricia Galvão, a Pagu,
geralmente é vista somente como a esposa de Oswald de Andrade. Isso sem
falar das duas grandes guerras mundiais, onde as mulheres desempenharam
o papel que era ocupado somente pelos homens nas indústrias e nos
demais setores da sociedade, mas não são citadas nos livros de História.
Na História do mundo as mulheres parecem não ter participado, mas isso
não é verdade, sabemos que elas sempre estiveram lá, mas as palavras as
esqueceram.
Quando digo que as palavras tem poder, me refiro a essa
invisibilidade. A sermos educad@s a associar essa sobreposição à ordem
natural das coisas – ou naturalizada, melhor dizendo. Acostumarmos,
inconscientemente, com a idéia de que o homem construiu a história, de
que alunos abrange alunas, que usar ‘presidenta’ não causa impacto e que
‘presidente’ serve para os dois, sendo até mais agradável de ouvir e
falar – como alguns afirmam. Penso: presidenta soa estranho ou uma
mulher no poder é que soa?
Segundo Mikhail Bakhtin,
temos a “influência da cultura sobre a linguagem, com a ação da
linguagem sobre o desenvolvimento da cultura”. O que é de certa forma
preocupante, porque caso não venhamos a nos empoderar das palavras este
ciclo pode nunca ser quebrado, pois é através delas que pensamos.
Educamos as crianças através dessa linguagem carregada de machismo, e o
pior, não percebemos.
Essa “regra geral” gramatical, de que o plural é masculino, contém
mais uma característica que considero perigosa. É uma regra que
pressupõe sermos todos iguais, mas não somos e sabemos disso. Mulheres
ganham menos que os homens. Somos, em maior número, vítimas de violência
doméstica. Convivemos com jornadas duplas e triplas, além da divisão
sexual do trabalho. Porque, os filhos, literalmente, são da mãe!
Podemos dizer que a evolução histórica dos direitos da mulher tem
sido lenta. Ainda não temos direito ao nosso corpo, não temos o devido
espaço na política brasileira e quando atingimos patamares antes
impensáveis, somos discriminadas. Seja pela posição que ocupamos, por nossa raça ou sexualidade.
Recentemente, foi a provada a Lei 12.605/2012, que determina a flexão de gênero nos diplomas universitários
e podemos considerar isso um avanço, na Linguagem e na História das
Mulheres no Brasil. Porém, ainda há muito o que se lutar, principalmente
no tocante à discriminação e violência contida no significado das
palavras.
A Cia Kiwi de Teatro, com a peça Carne – Patriarcado e Capitalismo,
faz uma análise fantástica sobre a violência de gênero, mostrando,
inclusive que a flexão de gênero de determinadas palavras nem sempre
conota a mesma coisa, muito pelo contrário:
“Homem Público: homem que ocupa um papel social importante; Mulher Pública: Puta! Vadio: que não faz nada; Vadia: Puta! Atirado: Disponível, impetuoso; Atirada: Puta! Atrevido: Ousado; Atrevida: Puta Um qualquer: fulano, beltrano; Uma qualquer: Puta!”
Na quinta, em todo o mundo, as mais diversas formas de expressão da
linguagem como: centenas de milhares de textos, poemas, letras de
canções, desenhos, peças de teatro, concursos, programas de rádio e TV,
publicações, seminários, etc.; foram divulgadas como uma forma de
mostrar que homens e mulheres devem ser iguais em direitos. Esta é minha
contribuição para a Campanha. Espero que a sua seja mudar a história
através da linguagem, porque não podemos silenciar diante da opressão.
A Ucrânia já matou cerca de 80.000 cachorros de rua, das formas
mais cruéis possíveis (Envenenamento, queimando muitos deles vivos, ou
com tiros) com o pretexto de "limpar" suas ruas e preparar-se para o
campeonato Eurocopa 2012.
FIFA, COCA COLA e outros patrocinadores apoiaram e não disseram uma única palavra contra este massacre selvagem.
Querem calar a voz do radialista Josivaldo na bala
O
jornalista Josivaldo Salles de Carolina(Ma) é mais um homem da
comunicação que não se cala e denuncia desmandos de gestores na
administração suspeitos de desvio de dinheiro público na sua cidade
através de seu programa de rádio.
Veja o desespero em carta na íntegra abaixo que Josivaldo divulgou a todos da área da comunicação:
Josivaldo Salles: mais um marcado para morrer.
Amigos do face ,blogs, jornais,rádios e outros meios de comunicação publiquem esta informaçâo pois é unica defesa que temos!! Ontem por volta de
23 horas eu estava chegando em casa e ao dar entrada pelo portão da
minha residência dois elementos entram junto comigo, um com um revolver
aparentemente 32 prateado, e me renderam entraram dentro de minha casa e
passaram a me humilhar, dizendo nós viemos te trazer um recado,você
fala de mais você é linguarudo. Nos últimos dias eu
tenho feito denuncias do desvio do dinheiro da merenda escolar, do
dinheiro do transporte escolar e denunciando o sumiço das ambulâncias da
cidade denunciei também que no ultimo dia 13 o hospital municipal
amanheceu sem o café da manhã, sem produtos essenciais de limpeza para a
higienização do mesmo, denunciei casos de infecção hospitalar
registrados dentro do hospital. E de sábado para
domingo últimos um senhor de idade teve que esperar por mais de 24 horas
por atendimento medico uma vez que ele estava com traumatismo craniano
sendo levado depois de tanto tempo para imperatriz chegando lá em coma
profundo! Um outro senhor com
problemas de diabetes que já teve uma perna amputada e com outra toda
necrosada já esperando por ambulância a três dias, sem falar da falta
de pagamento dos carros que trabalham no transporte escolar tem região
aqui como a região da solta que já esta com 15 dias sem ter aulas para
as crianças por falta do transporte escolar. São muitos os
assuntos que trato no meu programa de rádio,deixo pra falar deles todos
numa outra oportunidade só quero te informar que esta é a segunda vez
que eles tentam calar minha voz,ha um ano atrás eles mandaram queimar
minha casa comigo dentro isso repercutiu bastantante, cobramos
constantemente a recuperação da creche do canto grande, sem condições de
atender as crianças que estão tendo de assistir aulas debaixo de um pé
de manga, esta é a segunda vêz será que na terceira eu ainda ficarei de
pé? Temo sim por mim e por minha familia!! Peço aos
companheiros de imprensa que divulguem espalhem em blogs de outros
companheiros,e jornais conhecidos esta é a unica arma que temos o
jornalismo!! Que deus nos proteja! Josivaldo Salles - Jornalista.
Não é preciso falar mais nada. É o "Maranhão dos Sarneys" como dizem por todos, pelo país a fora!
O jornalismo investigativo é uma vertente em franca expansão no país.
Aparentemente otimista, a afirmação pode encontrar eco na respeitável
quantidade de reportagens a que o público vem tendo acesso nas últimas
duas décadas. O jornalismo investigativo prospera à medida que a
democracia se fortalece e faz emergir escândalos, esquemas e facínoras.
Mas aumenta o otimismo em torno desse tipo de jornalismo também quando
se percebe o crescimento do interesse pelo tema, seja na forma de
lançamentos editoriais ou na realização de eventos que o discutam. A
criação da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) há
dez anos ilustra isso com muita evidência. Numa escala menor, a
realização do 2º Seminário Brasil-Argentina de Pesquisa e Investigação em Jornalismo (Bapijor), nos dias 17 e 18 de abril, em Florianópolis, também reforça a cena.
O evento reuniu jornalistas e acadêmicos dos dois países para debater
avanços na área, mas quero desatacar um punhado de aspectos que me
inclino a pensar como desafios. Se o jornalismo investigativo tivesse
uma agenda, penso que ela não poderia prescindir de enfrentar esses
cinco desafios, colhidos a partir das falas de alguns convidados do
Bapijor.
Terra sem lei
Num plano jurídico-institucional, duas condições são complicadoras do
trabalho de profissionais e veículos: a ausência de alguns marcos
regulatórios no setor da comunicação e a inexistência de sistemas
garantidores para a atuação dos jornalistas. O professor Guillermo
Mastrini, da Universidad Nacional de Quilmes, apresentou um levantamento
de como os governos progressistas da América Latina vêm construindo
formas de regulação da mídia em seus países. Na última década, Argentina
e Venezuela têm se destacado em termos de política de comunicação,
enquanto o Brasil demonstra pouca disposição para enfrentar o assunto.
Perduram a concentração dos meios nas mãos de poucos controladores, a
falta de transparência no sistema de concessões de radiodifusão, o vácuo
jurídico criado com o fim da lei de imprensa e a total inexistência de
uma lei geral de mídia eletrônica, entre outros impasses.
A diretora da Abraji, Luciana Kraemer, relatou que a Organização das
Nações Unidas criou em março passado um plano de segurança para
jornalistas, iniciativa que não contou com o voto da representação
brasileira. A jornalista lembrou ainda da existência de um Sistema
Internacional de Proteção aos Direitos Humanos, que abarcaria também
violações à liberdade de expressão, dimensão diretamente ligada ao
trabalho jornalístico. Em terras brasileiras, a alternativa para
assegurar melhores condições seria a aprovação do Projeto de Lei nº
4575/2009, que prevê a crição de um programa de proteção dos defensores
dos direitos humanos. Em tramitação no Congresso Nacional, a iniciativa
já tem projetos semelhantes adotados em cinco estados: Bahia, Minas
Gerais, Espírito Santo, Pernambuco e Pará. Mas enquanto o anteprojeto
não é votado em plenário, o país fica sem oferecer um sistema nacional
que proteja jornalistas, principalmente em investigações de casos que
violem outros direitos humanos.
Empirismo e instinto
Em termos operacionais, outros três aspectos se colocam como desafios
para o jornalismo investigativo: jornalistas precisam se aliar a
profissionais da tecnologia; é necessário priorizar a sistematização de
métodos de investigação; a mídia deve voltar a mira para si mesma.
Especializada em jornalismo em bases de dados, a jornalista Sandra
Crucianelli é quase uma doutrinadora. Para ela, as condições atuais
exigem que jornalistas adotem seus próprios meios de verificação de
informação e se consorciem a programadores de sistema e especialistas em
informática. Os repórteres precisam voltar a estudar matemática,
disciplina de base para dar mais precisão e fidelidade aos relatos
jornalísticos. Devem aprender linguagens computacionais, dominar
ferramentas e aplicativos, aliar técnicas jornalísticas e tecnologia da
informação, enfatiza.
Ao mesmo tempo em que Crucianelli abre o leque das possibilidades,
acadêmicos e profissionais voltam seus olhares para o interior da
atividade jornalística: na maioria das vezes, falta método e sobra
intuição. A jornalista Daniela Arbex, uma das mais premiadas repórteres
da sua geração, reconhece que impera o empirismo e o binômio tentativa e
erro. Algumas técnicas de apuração são até compartilhadas, inclusive em
cursos oferecidos pelos colegas de profissão, mas elas se restringem a
um ou outro aspecto da investigação, completa o professor Samuel Lima,
que pesquisa o assunto. Presumo até que, em se tratando de jornalismo
investigativo, haja cuidados sobressalentes dos repórteres em dividir
modus operandi que foram lapidados ao longo de suas carreiras e que se
tornaram verdadeiros segredos da profissão. Preservar a técnica
contribuiria para impedir avanços nos métodos na medida em que não se
motiva sua discussão, nem se testa sua eficácia e alcance.
Do sigilo do repórter ao segredo das redações. Um último desafio para
o jornalismo investigativo é voltar-se para a própria atividade
profissional e levantar informações ocultadas para preservar situações
particulares em detrimento do interesse público. No Brasil, vigora um
acordo tácito que faz com que a mídia não cubra a mídia. Isto é, os
meios de comunicação simplesmente preferem ignorar temas que tratem da
política, economia, ecologia e cultura midiáticas, como se esses
assuntos fossem de interesse restrito e não de caráter social.
Evidentemente que a aplicação desses filtros alija o grande público de
informações que podem impactar no seu imaginário e no seu cotidiano
social. Se a mídia não cobre a mídia, que dirá investigá-la, questiona o
jornalista Leandro Fortes.
Em tempos de CPI do Cachoeira, quando não só baluartes da moralidade
são colocados na berlinda, mas a lama também parece atravessar a soleira
de algumas redações jornalísticas, a ideia de contarmos com jornalistas
investigando os negócios da própria mídia é muito atraente e oportuna.
Uma agenda para o jornalismo investigativo não poderia prescindir de uma
abordagem deste calibre sob pena de se esvaziar ética e moralmente.
*Rogério Christofoletti: Professor da UFSC e pesquisador do objETHOS
Grandes desafios: Vera Baldez, Kleber e Raimundinho Lopes
Foi realizada nesta sexta feira
(22/06) na sede da Associação Recreativa Carajás no Turú, a eleição do novo
comando da agremiação esportiva do maranhense o Moto Club. Agora nos próximos
06 meses, será comandado pela empresária Vera Baldez que foi eleita por 38 dos 40 conselheiros presentes no evento eleitoral.
A nova presidente Vera Baldez, conta
com o apoio direto do craque e estrela do clube Kleber Pereira, a radialista e
companheira de chapa Helena Leite e do ex-jogador que deu muitas glorias ao
clube, Raimundinho Lopes.
O Moto hoje se encontra com
vários problemas, foi rebaixado para 2ª divisão do campeonato maranhense e
sofre com uma ruim e profunda situação
financeira.
A nova diretoria promete se
empenhar para colocar o Moto Club em um outro e real patamar, voltar para 1ª divisão e
conquistar títulos para sua grande e exigente torcida rubra negra.
Quanto a montagem do novo elenco
do Moto, Raimundinho Lopes cotado para ser o novo Diretor de Futebol comentou
em reportagem recente (veja aqui) ao GLOBOESPORTE.COM/MA:
Raimundinho Lopes
“Se
os jogadores que estiverem na base tiverem potencial para jogar na equipe
profissional, vão ser chamados, mas tem outros jogadores que também são jovens,
mas não estão mais na base, entre 20 e 23 anos, podemos aproveitá-los já
preparando o time para o futuro”, declarou Raimundinho.
Educadores exigem que seus direitos sejam respeitados
O
segundo semestre do ano letivo de 2012 pode não começar em agosto, se o
Estatuto do Educador não for aprovado até o final de julho deste ano.
Essa é a firme posição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Maranhão (Sinproesemma) como resposta à recusa do governo do
Estado em aprovar este ano o Estatuto do Educador, cuja revisão textual
foi concluída há mais de um mês e até o momento a proposta não foi
enviada para votação na Assembleia Legislativa, como foi o compromisso
assumido pelo Executivo, com a categoria, há um ano, no final da greve
de 2011.
O
impasse foi estabelecido em reunião realizada na noite desta
terça-feira, 19, na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), entre os
diretores do sindicato e o secretário de Estado, Bernardo Bringel, que,
atualmente, responde pelas pastas da Educação e do Planejamento.
A
direção do Sinproesemma solicitou a reunião com o governo para cobrar
dois compromissos do Executivo com a categoria: a concessão de
progressões e o envio da proposta de estatuto para a Assembleia
Legislativa. Atualmente, existe um acúmulo em torno de 25 mil
progressões que deveriam ser concedidas a professores da rede pública
estadual, que somam muitos anos de serviço na rede.
Júlio Pinheiro
Segundo
o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, entre esse total, cerca
de dez mil são professores que estão, atualmente, na referência 19 e já
deveriam estar no último nível da carreira de educador, que é a
referência 25. Além disso, a maioria desses dez mil professores já tem
tempo de serviço necessário para a aposentadoria. “Com a aprovação do
Estatuto do Educador, as progressões devem ser automáticas, por força da
lei, e isso tem impacto financeiro para o governo, por isso não há
interesse do Executivo em aprovar o estatuto este ano", explica o
sindicalista.
O
secretário João Bernardo Bringel disse que o governo não tem condições
financeiras de fazer o enquadramento na carreira dos educadores, como
prevê a proposta do Estatuto do Educador. Mas o presidente do sindicato
contrapõe afirmando que a categoria não pode ser penalizada por vários
anos de descaso dos governos do Maranhão com a educação.
“Para
conseguir a progressão, o educador tem que requerer o direito na
justiça, mas com o estatuto isso muda. O governo tem que apresentar,
pelo menos uma alternativa para resolver o impasse, mas não podemos
abrir mão da aprovação imediata do estatuto. É uma dívida do governo com
a categoria e se for necessário, vamos cobrar com a greve, por tempo
indeterminado, no início de agosto, se o estatuto não for aprovado até o
final de julho deste ano”, avisa o presidente do sindicato, Júlio
Pinheiro.