No que se pode contar, sabe-se que Pelé embolsou, como rei do futebol, nada menos que R$ 58 milhões em contratos publicitários em torno da Copa do Mundo no Brasil. Perto do que a Adidas está faturando com o Mundial, porém, é pouco. Com projeção de vender 8 milhões de camisas de seleções de seus 300 jogadores patrocinados, a multi alemão catapultou suas vendas, apenas na América Latina, de 179 milhões de euros para 1,57 bilhão de euros nos últimos meses. O maior faturamento se dá, é claro, no Brasil, onde são recolhidos milhões em impostos.
Nesta terça-feira 24, na Alemanha, o CEO da Adidas, Herbert Hainer, festejou o sucesso comercial da Copa para a empresa. “A presença da marca em campo e em todo o torneio no Brasil, bem como o sucesso da nossa campanha de marketing em mídias sociais em todo o mundo, é uma prova clara de que a Adidas é e continuará a ser a marca líder do futebol”, disse Hainer. "Tivemos enorme retorno, não só entre os nossos melhores jogadores mundiais, mas também entre os fãs de futebol em todo o mundo” , completou o vice-presidente Markus Baumman Ele ressaltou o sucesso de crítica e vendas da bola oficial da Copa. “Muitos jogadores já dizem que a Brazuca é uma das melhores bolas com a qual eles já jogaram.”
Entre empresas nacionais, a metalúrgica Tramontina é uma das mais exultantes, também com faturamento aproximando-se da casa do bilhão de reais em razão direta de seu engajamento da Copa. "Patrocinar futebol, clubes e jogadores é sensacional", comemora o empresário Clóvis Tramontina. "Quanto vale para uma marcar estar ao lado do povo neste momento? É incalculável", completa.
Igualmente não é fácil projetar os ganhos que o Brasil, enquanto destino de turismo internacional, vai obtendo com o Mundial. Presidente da agência FSB e colunista de 247, o relações públicas Francisco Soares Brandão estimou em 1 milhão e 500 mil minutos a exposição que os jogos da Copa darão ao Brasil na soma dos flashs e programas da mídia eletrônica global. Em seu artigo O Brasil Já Ganhou a Copa, Brandão compara essa geração 'espontânea' como algo equivalente veiculação de milhões de comerciais de 30 segundos durante um mês. "Ao custo inimaginável de trilhões de reais", assinala. Como diz o empresário Tramontina: "Quem sabe?". No todo, o impacto da Copa do Mundo já estimado entre 0,5% e até 1% do Produto Interno Bruto.
O ex-jogador inglês David Beckham fez, dentro do Brasil, um circuito off Copa, mergulhando na floresta amazônica para ter contato direto com a natureza e as populações ribeirinhas. Está encantado, com suas imagens disseminadas pelo mundo. Um dos garotos-propaganda mais caros do planeta, quanto vale ter um astro como Beckham falando sincera e gratuitamente falando bem do País para o mundo? Decididamente, esse resulto é alto, intangível.
BASE DA PIRÂMIDE - Na base da pirâmide de negócios, centros de comércio eletroeletrônicos como a rua Santa Efigênia, em São Paulo, aumentaram seu faturamento global em plenos menos 40% e razão da disparada de vendas de televisores e, também, dos pedidos de compra e instalação de antenas e conversores digitais. A Copa, enfim, dá lucro também para anônimos antenistas, que chegam a ter encomendas para 700 instalações neste mês.
No setor de hotéis, bares e restaurantes, o que se nas 12 cidades-sede é uma festa generalizada. A ocupação no Rio de Janeiro, o maior cartão postal do País, mantém-se acima dos 80% desde o início do mês e deverá chegar perto dos 100% à medida e que o Mundial afunila – e mesmo com a ida embora de 16 delegações.
Americanos, alemães, holandeses, belgas, colombianos, chilenos e, claro, argentinos, para citar as torcidas mais numerosas, continuam por aqui. As cenas de estádios lotados em todos os jogos, quase sem exceções, vai se repetir até a final. A Fifa, com todos os direitos que detém sobre a competição, deve arrecadar nada menos que R$ 10 bilhões – um recorde para todas as competições já organizadas.
CHEFES DE ESTADO - Até mesmo na infraestrutura, onde centrava-se o principal da crítica anterior à Copa – agora virada em unanimidade a favor, ao menos até que a Seleção Brasileira permaneça na competição -, o governo pode exibir a ampliação na capacidade dos aeroportos em 70 milhões de passageiros/ano, desafogando uma forte demanda reprimida. Os estádios, como já se sabe, estão sendo elogiados por suas arquiteturas, e tem passado no teste do público, em razão do conforto para assistir, e dos jogadores, pelos ótimos gramados para jogar.
Do ponto de vista política, à parte a sucessão presidencial, o ganho outra vez para a Nação chamada Brasil é incomensurável. Daqui, cerca de 19 mil profissionais de mídia têm transmitido notícias ao mundo de um país em festa – com os incidentes normais de percurso, como brigas, não muitas, entre torcedores, uma invasão de campo, roubos de ingressos e atos minoritários de vandalismo. As grandes cidades estão lotadas. Enquanto milhares de torcedores irão embora agora, outros milhares chegarão – todos com uma impressão inicial melhorada do Brasil. Para a partida final, no Maracanã, 22 chefes de Estado já confirmaram presença ao lado da presidente Dilma Rousseff. A seguir, começa uma reunião de cúpula dos Brics. Em mais dois anos, Olimpíadas do Rio de Janeiro. O Brasil, queira-se ou não, está na crista da moda.
Fonte: Brasil 24/7
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