Após muitos anos de alto índice de desorganização, irresponsabilidade
dos cartolas e falta de apoio empresarial, o futebol do nosso Maranhão evoluiu.
Essa evolução tem como principal responsável à ascensão do
clube do Sampaio Correa que juntamente com a sua gigantesca torcida se
organizou, dando grandes resultados, com boas importantes participações no
futebol brasileiro e participação efetiva dos torcedores com sua grande
presença no estádio Castelão e Nhozinho Santos, durantes as partidas em casa.
Aproveitando essa boa fase que o futebol maranhense passa [inclusive
elogiado pela crônica esportiva do país], o arquirrival do Sampaio, o Moto
Club, também segue o ritmo e já se organiza para participar na série D, degrau
importante pra chegar à elite do futebol. A ascensão do Sampaio Correa dispensa
comentários.
Acontece amig@s que mesmo com um certo avanço organizativo
no nosso futebol há um grande problema político-administrativo para ser
reparado, problema esse que leva os clubes, que gastam muito recursos com
jogadores, materiais, manutenção e pessoal, a perderem um razoável quantia na
renda em todos os jogos para o famoso “Bicão”.
Essa figura que pode ser chamado de outros nomes, como: fileiro,
garapeiro, 0800, ou seja, lembra aquela polêmica sobre tirar vantagens nas
costas do outros, a famosa “Lei do Gerson”, onde o ex-craque da seleção brasileira, Gerson
numa propaganda de cigarro, narrou essa pérola: "Gosto de levar vantagem
em tudo, certo?", sintetizando de uma vez só o jeitinho brasileiro de
fazer o errado parecer certo.
Na cadeira é o lugar preferido dos bicôes |
Deixando um pouco de lado esse episódio da “Lei do Gerson,
identificando informações nos borderôs dos jogos do Sampaio da série B e Copa
do Brasil, até agora em 2014, conseguimos fazer a relação de quanto essa figura
tem uma grande influência nas rendas das partidas realizadas no estádio
Castelão. Ele consegue “filar mais de 20% dos recursos que deveriam ser
aplicados no clube mandante, no caso o Sampaio.
Vejam agora como está a presença dessa figura nos jogos da “Bolívia”,
somente em 2014:
Sampaio x Interporto, renda de 4.048 pagaram ingresso e
1.530 filaram;
Sampaio x Paraná, 14.470 pagaram enquanto 3.330 filaram;
Sampaio x Oeste, 10.185 pagaram e 2.554 entraram de graça;
Sampaio x Palmeiras, 18.555 pagaram e os biqueiros somaram
4.204.
Sampaio x Luverdense, 9.373 pagaram ingressos e 2.527
deixaram de pagar ingresso.
Sabemos que em todo tipo evento deve haver cortesias, porém
esse tipo de modalidade de ingresso deve sofrer limitações, já calculada muito
antes da partida iniciar. Não o que vemos na prática, muita gente dando “carteirada”
nos portões de entrada do estádio, uma verdadeira evasão de renda.
O "Bicão" bate no peito e diz muitas frases antes, durante
e após o jogo: “Só vou se derem a entrada”, “entrei de graça” e “quando eu vou,
eu não pago”. E ainda é o primeiro a baixar o sarrafo quando o time não joga
bem.
Portanto, A FMF e os clubes, deveriam evitar essa “festa” e
valorizar ainda mais quem paga a entrada. O ato de pagar ele tem um símbolo
para lá de importante, não só como dever de pagar o seu entretenimento através
do esporte como ajudar financeiramente o seu clube a honrar suas dívidas, bem
como investir na melhoria do seu plantel e sua estrutura.
"Bicão" não manda no Castelão e sim o tubarão!
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