Do Blog Luis Nassif Online 
Por Luís Nassif
Vamos tentar encaixar algumas peças nesse quebra-cabeças do Ministério dos Esportes.
Como tenho escrito seguidamente, a velha mídia tem sua prateleira de  escândalos reais ou potenciais, com indícios ou sem provas, velhos ou  novos, que são utilizados de acordo com as conveniências do momento.
Duas questões chamam a atenção: independentemente do mérito ou da  veracidade, as duas denúncias contra o Ministério dos Esportes são  velhas. A da Veja já tinha sido levantada na própria campanha eleitoral  de Brasília – conforme vocês conferiram no Blog. A do Fantástico já  tinha sido denunciada pelo Estadão no início do ano.
A ONG do PM de Brasília desviou R$ 4 milhões do Ministério e seus  proprietários foram presos e respondem a processos. Na época contou para  o Correio Braziliense a mesma história que contou para a Veja. O  Correio queria atingir a campanha de Agnelo; Veja queria atingir Orlando  Silva. Pelo próprio blog do acusado, fica-se com a sensação de que a  revista pegou o mesmo depoimento e trocou o nome de Agnelo pelo de  Orlando.
A tal ONG da pivô de basquete Karina tinha  convênio antigo. Como as prefeituras podiam fechar convênio diretamente  com o Ministério, é evidente que sua ONG se beneficiou dos contatos no  Ministério para oferecer os serviços às prefeituras. Conseguiu atuar em  17 cidades.
É uma das ONGs investigadas no programa Segundo Tempo.
O Programa, de estímulo ao esporte nos municípios, tem 350 convênios,  pelo menos 10 problemáticos. Nenhum convênio com prefeitura deu  problema; todos os problemáticos são com ONGs.
Quando assumiu, Dilma Rousseff ordenou que fossem suspensos todos os convênios com ONGs. O que foi feito.
Qual o objetivo de requentar as denúncias?
Uma hipótese seria o endurecimento do governo com a Fifa, nas negociações da Lei Geral da Copa – normatizada há duas semanas.
Três pontos ficaram pendentes e foram questionados pela Fifa:
1. Meia entrada para idosos, que é Lei Federal.
2. Meia entrada para estudantes, que depende da legislação de cada estado.
3. Venda de bebidas nos estádios.
Mas houve um quarto ponto,  que foi o direito de imagem a todas as  emissoras de televisão, de filmar de dentro do estádio. Na Copa da  África do Sul, a filmagem poderia custar sete anos de prisão para os  envolvidos.
Este ponto pode ter sido o deflagrador do movimento requenta-denúncia. 
Foto postada pelo blogueiro

 
 
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