terça-feira, 6 de setembro de 2011

O melhor do britpop em 10 videoclipes


Do Yahoo Notícias, por Guilherme Bryan


Em 18 de agosto, fez 20 anos da estreia oficial do Oasis, que nessa data, em 1991, tocou pela primeira no clube Boardwalk, na cidade-natal, Manchester, na Inglaterra. Rapidamente, a banda dos irmãos Liam e Noel Gallagher se tornou uma das principais referências do que ficou conhecido como “britpop” abreviatura de “pop britânico”, que reúne artistas muito diversificados, mas que misturam o rock and roll com uma linguagem mais radiofônica. Eles também podem ser identificados pela escolha de diretores inovadores para dirigir os videoclipes que estrelam, tanto que dali surgiram as 10 obras-primas escolhidas abaixo. Vamos exibir 02 (dois) vídeos, estaremos divulgando os vídeos restantes nas próximas postagens:
1 – Suede – Animal Nitrate. Direção: Pedro Romhanyi. 1993
Esse videoclipe causou polêmica e foi banido da MTV por mostrar dois homens se beijando. Porém, a qualidade da produção é tão grande que ela foi premiada com o primeiro MTV Euro Video Song Contest, entregue em 1993. Em imagens bastante aceleradas e piscando na tela, mostra a banda tocando num estúdio com imensas cortinas de seda, intercala com imagens de um prédio no subúrbio de Londres e do vocalista Brett Anderson contracenando com um rapaz com cabeça de porco.

2 – Oasis – Wonderwall. Direção: Nigel Dick. 1995
Em imagens em preto e branco, um palhaço caminha por uma sala vazia e coloca um disco do Oasis para girar numa vitrola. É quando começa a canção e Liam Gallagher aparece tocando e cantando sentado numa cadeira posicionada no mesmo cenário, de costas para a câmera. A partir daí, por meio de cortes singelos, Liam canta olhando para a câmera e os outros integrantes da banda aparecem em diferentes ambientes e em ângulos inusitados. A sobreposição de imagens girando como se fossem um disco de vinil se tornou um marco, assim como o violão pintado de azul e tocado por Noel, e a tela dividida em vários quadrados, remetendo a “A Hard Day’s Night”, dos Beatles.


3 – Radiohead – Fake Plastic Trees. Direção: Jake Scott. 1995
Esse marcante videoclipe mostra, em câmera lenta e com algumas imagens fora de foco, os integrantes da banda, principalmente o vocalista Thom York, sendo mostrado de cima para baixo dentro de um carrinho de supermercado e passeando pelos corredores, onde aparecem outros personagens, como uma senhora de pano na cabeça, uma mulher de vestido laranja, um garoto careca com camiseta de time de basquete, uma adolescente e dois bebês.
4 – Verve – Bitter Sweet Symphony. Direção: Walter A. Stern. 1998
Esse videoclipe chamou atenção ao mostrar o vocalista Richard Ashcroft dublando a música em perfeito sincronismo labial enquanto caminha pelas ruas movimentadas de Londres, sem nunca mudar de direção e sempre esbarrando nas outras pessoas, até terminar ao lado dos outros integrantes da banda. A fotografia em tons azulados provocou sensação na época e a canção fez muito sucesso e sempre aparece em listas das melhores de todos os tempos.
5 – Blur – Coffee & TV. Direção: Hammer & Tongs. 1999
A comovente história de uma caixinha de leite que ganha vida e parte em busca do guitarrista da banda, Graham Coxon, para acabar com a tristeza de seus familiares, se apaixona por outra caixinha de leite e tem um final surpreendente. Esse é um dos melhores videoclipes da história, realizado pela dupla Hammer & Tongs, na verdade o diretor Garth Jennings e o produtor Nick Goldsmith, a partir da caixinha chamada Milky, criada pelo Jim Henson’s Creature Shop, o criador dos Muppets.
6 – Manic Street Preachers – If You Tolerate This Your Children Will Be Next. Direção: Wiz. 1999
Com título retirado de um adesivo dos opositores ao regime de Franco durante a Guerra Civil Espanhola, esse videoclipe mostra os membros da banda tocando num local todo azul, presos a fios, como se fossem marionetes. Aos poucos, descobre-se que eles estão presos numa piscina e do lado de fora há quatro pessoas sem olhos e sem bocas. Um belíssimo trabalho a respeito da opressão, que foi eleito, em 1999, o melhor videoclipe do ano pela revista britânica “New Musical Express”.
7 – Coldplay – The Scientist. Direção: Jamie Thraves. 2002
Esse videoclipe começa focalizando de cima para baixo o vocalista Chris Martin cantando deitado num colchão azul. Começa, então, a narrativa invertida, com ele passando por diferentes situações numa rua e num parque até chegar a um automóvel, onde sofreu um acidente. As imagens da capotagem ao contrário são incríveis. Também é um belo exemplo de defesa do uso do cinto de segurança, que foi premiado, no VMA daquele ano, como melhor videoclipe de grupo e de inovação, e melhor direção.
8 – Libertines – Up The Bracket. Direção: Gina Birch. 2002
Videoclipe simples, mas envolvente, que começa com os integrantes da banda divididos em quatro janelas horizontais e posicionadas no centro da tela. Em seguida, eles aparecem na tela inteira na mesma rua e no interior de uma casa, tocando e cantando vestidos com o uniforme da guarda britânica, diante de várias garotas.
9 – Arctic Monkeys – Leave Before The Lights Come On. Direção: John Hardwick. 2006
Realizado no quarteirão cultural de Sheffield, na Inglaterra, esse videoclipe começa com o ator Paddy Considine caminhando pelas ruas e a atriz Kate Ashfield ameaçando saltar do topo de um prédio, até ser vista pelo rapaz, que tenta salvá-la. Ela se apaixona por ele e, após assustá-lo ao tentar conquistá-lo, passa a persegui-lo. O resultado é decepcionante e ela volta ao topo do prédio, reiniciando a história com outro rapaz.
10 – Kasabian – Empire. Direção: W.I.Z. 2006
Indicado a melhor videoclipe do ano pela revista “Q” e rodado em Bucareste, na Romênia, essa produção mostra os integrantes do Kasabian como membros do décimo primeiro regimento Hussars, durante a Guerra da Crimeia, que ocorreu entre 1853 e 1856, envolvendo o Império Russo contra uma coligação de Reino Unido, França e o Piemonte-Sardenha, na atual Itália. A edição sonora é surpreendente, pois, ao mesmo tempo, em que utiliza ruídos externos à música, utiliza algumas passagens dela, por exemplo, para cadenciar as passadas dos soldados. Ah, e claro que não faltam dezenas de figurantes, canhões, mortes e muitos tiros. Apesar dos pedidos para parar, a banda inteira é dizimada.

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